LITERATURA, PSICANÁLISE E FILOSOFIA
Citação de Aylton Batista de Oliveira em setembro 26, 2024, 7:43 pmCURSO: FORMAÇÃO EM PSICANÁLISE CLÍNICA
AYLTON BATISTA DE OLIVEIRA
LITERATURA, PSICANÁLISE E FILOSOFIA
A Literatura, Psicanálise e Filosofia são três áreas do conhecimento humano que andas de mãos dadas, uma não pode sobreviver sem a outra, em alguns momentos parem ser o mesmo em outros, cada uma tem suas diferenças em suas especialidades peculiares.
A Literatura, Psicanálise e Filosofia tem uma relação muitas vezes travada que atravessa os séculos de história desde o ocidente até a Grécia clássica, com Homero e os filósofos clássicos como os pré-socráticos, passando por Platão, Aristóteles, Sófocles até Nietzsche e escritores como Dostoievski, dramaturgos como Shekespeare, e Psiquiatras como Freud e outros.
Neste Capítulo tão importante, analisaremos a relação entre a Literatura, Psicanálise e Filosofia. Usaremos como base a obra: “Teorias Críticas da Literatura”.
Estudamos sobre as questões especificas de cada discurso, temas que os aproxima a ponto de se tornarem um amalgama, que se confundem em certos momentos e se complementam, e ao mesmo tempo, em outros momentos os afastam.
Vimos os limites e contradições e os choques entre os discursos literários, filosóficos e psicanalíticos, uma vez que as três áreas não possuem limites claros entre si, porém se completam e se misturam por estarem muito próximo em suas ideias.
Existem uma relação profunda e íntima entre Literatura, Psicanalise e Filosofia. Entretanto, há um limite entre a Filosofia, a Psicanalise em relação a estética da Literatura e ainda poderemos interpretar as obras literárias sob a visão da psicanálise e da filosofia.
Com Platão tivemos o início do discurso filosófico clássico, e com Freud tivemos o posicionamento entre ciência e filosofia.
O Diálogo da Literatura com a Filosofia e com a Psicanálise.
A literatura traz em si não só entretenimento, mas, constitui-se de um discurso fundamental da cultura e do pensamento humano, assim como a filosofia grega desde o período pré-socrático.
Neste sentido o texto literário mistura-se com, muitas vezes, com o texto filosófico, desde o período de Platão e até mesmo antes dele, em outras palavra o texto literário não tem fronteiras definidas em relação ao discurso filosófico, no que diz respeito ao conteúdo, muitas vezes filosóficos, mas, também quanto a forma lite rária,
Por vezes lírica e poética, outras vezes, narrativas ou discursos, de cunho filosófico. Muitos textos de Platão, são narrativas dialogadas, em que se discute temas, com amor ou ódio.
A filosofia é a mãe de todas as ciências, e a literatura é considerada menos cientifica no período histórico moderno, marcado pelo racionalismo e pelo cientificismo burguês, um forma de vida que foi ganhando espaço hegemônico na sociedade ocidental., com maior ênfase a partir do século XVII, por causa das filosofias da época.
O Pensamento Revolucionário de Freud
Freud, teve um profundo contato com o cientificismo positivista da alta modernidade. Não se deteve a forma rudimentar e medíocre com que as doenças neuro-psíquicas eram tratadas. Não se deteve ao pobre estudo filosófico com que o cérebro humano era tratado na época.
Freud era aficionado pelas neuroses, doenças psíquicas, até então consideradas como imaginação dos pacientes por terem sintomas físicos, sem ter causas físicas. Usam como tratamento métodos pseudocientíficos, como banhos, sangrias
A teoria de Freud foi incialmente chamada de Metapsicologia, tinha como objetivo entender como funcionavam as neuroses e a histeria, neurose mais intensa, que acometia mais as mulheres, com ataques de nervos e desmaios.
A Metapsicologia tinha como conceito fundamental entender o pensamento humano: o princípio do prazer ou libido, que é uma forma de energia biológica imanente à natureza do ser humano, voltada para a autopreservação do corpo e à satisfação das necessidades básicas da fisiológia do organismo, como: excretar, repousas, alimentar, copular, dessedentar.
Freud, buscou na literatura clássica grega, entender o misterioso aparelho psíquico e dar um nome para esse princípio castrador primordial do prazer, que é o “Complexo de Édipo”, que é um princípio castrador primordial do prazer.
O pai é o elemento castrador que gera a separação do bebe do corpo da mãe, este processo gera o recalque. O recalque é um mecanismo de defesa da psique humana, diante de um fato traumático, que é a separação do corpo materno, então, o cérebro recalca o trauma para o inconsciente, ou seja, retira o trauma do consciente, jogando o que é insuportável para o esquecimento.
Lembrando que o recalque não é esquecido por completo, o prazer recalcado, seja ele oral ou sexual, pois, o inconsciente não esquece, mas, retorna com o desejo através dos sonhos, de atos falho, afasia, (bloqueios de lembranças de uma palavra ou fato pontual), além de humor ou gracejos.
O Recalque poderá retornar em forma de uma neurose, um sintoma de compulsão, ansiedade, histeria, problemas digestivos, sono, ou de psicose, paranoias, alucinações, obsessão.
Para Freud o Complexo de Édipo é o início da moral, da consciência, do direito e de todas as formas de autoridade superior que será mais tarde encontrada ao introjetar (tomar posse) essa lei patriarcal, a criança começar a forma aquilo que Freud chama de “superego”, a voz punitiva da consciência.
A medida que o bebê vai crescendo, vai se separando do corpo materno, que é o reino da natureza, e entrando no reino da cultura, pela fala, independência alimentar e contato com outras crianças, etc.
A Literatura, a Psicanálise e a Filosofia andam de mãos dadas e ao mesmo tempo por vezes andam separadas. O texto literário jamais poderá ser reduzido a uma única perspectiva epistemológica, social e histórica, e esse é o seu valor verdadeiro, e tem um discurso especifico.
CURSO: FORMAÇÃO EM PSICANÁLISE CLÍNICA
AYLTON BATISTA DE OLIVEIRA
LITERATURA, PSICANÁLISE E FILOSOFIA
A Literatura, Psicanálise e Filosofia são três áreas do conhecimento humano que andas de mãos dadas, uma não pode sobreviver sem a outra, em alguns momentos parem ser o mesmo em outros, cada uma tem suas diferenças em suas especialidades peculiares.
A Literatura, Psicanálise e Filosofia tem uma relação muitas vezes travada que atravessa os séculos de história desde o ocidente até a Grécia clássica, com Homero e os filósofos clássicos como os pré-socráticos, passando por Platão, Aristóteles, Sófocles até Nietzsche e escritores como Dostoievski, dramaturgos como Shekespeare, e Psiquiatras como Freud e outros.
Neste Capítulo tão importante, analisaremos a relação entre a Literatura, Psicanálise e Filosofia. Usaremos como base a obra: “Teorias Críticas da Literatura”.
Estudamos sobre as questões especificas de cada discurso, temas que os aproxima a ponto de se tornarem um amalgama, que se confundem em certos momentos e se complementam, e ao mesmo tempo, em outros momentos os afastam.
Vimos os limites e contradições e os choques entre os discursos literários, filosóficos e psicanalíticos, uma vez que as três áreas não possuem limites claros entre si, porém se completam e se misturam por estarem muito próximo em suas ideias.
Existem uma relação profunda e íntima entre Literatura, Psicanalise e Filosofia. Entretanto, há um limite entre a Filosofia, a Psicanalise em relação a estética da Literatura e ainda poderemos interpretar as obras literárias sob a visão da psicanálise e da filosofia.
Com Platão tivemos o início do discurso filosófico clássico, e com Freud tivemos o posicionamento entre ciência e filosofia.
O Diálogo da Literatura com a Filosofia e com a Psicanálise.
A literatura traz em si não só entretenimento, mas, constitui-se de um discurso fundamental da cultura e do pensamento humano, assim como a filosofia grega desde o período pré-socrático.
Neste sentido o texto literário mistura-se com, muitas vezes, com o texto filosófico, desde o período de Platão e até mesmo antes dele, em outras palavra o texto literário não tem fronteiras definidas em relação ao discurso filosófico, no que diz respeito ao conteúdo, muitas vezes filosóficos, mas, também quanto a forma lite rária,
Por vezes lírica e poética, outras vezes, narrativas ou discursos, de cunho filosófico. Muitos textos de Platão, são narrativas dialogadas, em que se discute temas, com amor ou ódio.
A filosofia é a mãe de todas as ciências, e a literatura é considerada menos cientifica no período histórico moderno, marcado pelo racionalismo e pelo cientificismo burguês, um forma de vida que foi ganhando espaço hegemônico na sociedade ocidental., com maior ênfase a partir do século XVII, por causa das filosofias da época.
O Pensamento Revolucionário de Freud
Freud, teve um profundo contato com o cientificismo positivista da alta modernidade. Não se deteve a forma rudimentar e medíocre com que as doenças neuro-psíquicas eram tratadas. Não se deteve ao pobre estudo filosófico com que o cérebro humano era tratado na época.
Freud era aficionado pelas neuroses, doenças psíquicas, até então consideradas como imaginação dos pacientes por terem sintomas físicos, sem ter causas físicas. Usam como tratamento métodos pseudocientíficos, como banhos, sangrias
A teoria de Freud foi incialmente chamada de Metapsicologia, tinha como objetivo entender como funcionavam as neuroses e a histeria, neurose mais intensa, que acometia mais as mulheres, com ataques de nervos e desmaios.
A Metapsicologia tinha como conceito fundamental entender o pensamento humano: o princípio do prazer ou libido, que é uma forma de energia biológica imanente à natureza do ser humano, voltada para a autopreservação do corpo e à satisfação das necessidades básicas da fisiológia do organismo, como: excretar, repousas, alimentar, copular, dessedentar.
Freud, buscou na literatura clássica grega, entender o misterioso aparelho psíquico e dar um nome para esse princípio castrador primordial do prazer, que é o “Complexo de Édipo”, que é um princípio castrador primordial do prazer.
O pai é o elemento castrador que gera a separação do bebe do corpo da mãe, este processo gera o recalque. O recalque é um mecanismo de defesa da psique humana, diante de um fato traumático, que é a separação do corpo materno, então, o cérebro recalca o trauma para o inconsciente, ou seja, retira o trauma do consciente, jogando o que é insuportável para o esquecimento.
Lembrando que o recalque não é esquecido por completo, o prazer recalcado, seja ele oral ou sexual, pois, o inconsciente não esquece, mas, retorna com o desejo através dos sonhos, de atos falho, afasia, (bloqueios de lembranças de uma palavra ou fato pontual), além de humor ou gracejos.
O Recalque poderá retornar em forma de uma neurose, um sintoma de compulsão, ansiedade, histeria, problemas digestivos, sono, ou de psicose, paranoias, alucinações, obsessão.
Para Freud o Complexo de Édipo é o início da moral, da consciência, do direito e de todas as formas de autoridade superior que será mais tarde encontrada ao introjetar (tomar posse) essa lei patriarcal, a criança começar a forma aquilo que Freud chama de “superego”, a voz punitiva da consciência.
A medida que o bebê vai crescendo, vai se separando do corpo materno, que é o reino da natureza, e entrando no reino da cultura, pela fala, independência alimentar e contato com outras crianças, etc.
A Literatura, a Psicanálise e a Filosofia andam de mãos dadas e ao mesmo tempo por vezes andam separadas. O texto literário jamais poderá ser reduzido a uma única perspectiva epistemológica, social e histórica, e esse é o seu valor verdadeiro, e tem um discurso especifico.