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Literatura, Psicanálise e Filosofia

A literatura é responsável pelo surgimento da cultura e do pensamento ocidental, junto com a filosofia grega, desde os pré-socráticos.

O texto literário confunde-se com o texto filosófico, não se pode delimitar um e outro.

O discurso literário confunde-se com o discurso filosófico tanto em seu conteúdo das obras literárias, podendo ser filosófico; como na forma, às vezes lírica ou poética, dos textos filosóficos.

A filosofia é vista como a mãe de todas as ciências; já a literatura é menos científica, na atualidade, marcada por racionalismo e cientificismo burgueses, relegada a segundo plano, ainda que com o mesmo valor que a filosofia.

A história cultural emerge da sublimação, pois a civilização surge devido aos desvios dos instintos por objetos superiores, como construção de pontes e catedrais, produção artística (literária, musical, dramática, visual ou plástica), como também, grandes obras filosóficas.

Freud utilizou a literatura clássica para amparar e elaborar a teoria da base estrutural da psique humana, o Complexo de Édipo ou a constituição do sujeito.

A filosofia é um discurso reflexivo por excelência e a literatura é um discurso estético por excelência; já a Psicanálise é um discurso sofisticado e revolucionário de interpretação da psique humana. Todas estão inter-relacionadas por seus temas em comum e pela forma de trabalhá-los na linguagem.

Freud se utilizou da literatura e filosofia para elaborar sua teoria, porque não havia ainda teoria alguma, empiricamente comprovada sobre a psique humana.

Platão foi responsável pela contradição entre discurso estético e filosófico, que atualmente, mantém relação dialética de troca constante nos temas e estilos de representação.

O discurso filosófico reflete sobre a verdade e a essência ontológica do cosmos.

A Psicanálise, é mais que uma teoria, porque é um método terapêutico aplicável empiricamente, no consultório psiquiátrico/psicanalítico, no tratamento de neuroses sintomáticas. como: fobias, histerias, obsessões, transtorno obsessivo-compulsivo, etc.

O discurso utilizado em outra área, tem seu objeto alterado, mudando seu sentido de ser e de gerar significados e práticas, ocasionando perdas de sentido, distorções, falhas, buracos e incompletudes, porque os problemas, desafios e demanda também são modificados, sobre o discurso retirado de outra área do saber.

A crítica literária se dá em quatro tipos:

  • Autor da obra: como trabalho especulativo, com os mesmos problemas da relevância da intenção do autor para obras literárias.
  • Conteúdo: comentários sobre as motivações inconscientes dos personagens, ou sobre a significação psicanalítica de objetos ou fatos do texto. O valor é limitado e com frequência é redutiva, pois sintetiza a ideia central da especificidade da literatura, que consiste em ver o texto literário como um todo, sob uma única teoria psicológica ou tese filosófica, perspectiva histórica, tornando reduzidos seu real tamanho e valor cultural.

As ferramentas de interpretação utilizadas para enriquecer as reflexões e discussões do texto literário podem ser: o princípio do prazer, o Complexo de Édipo, o materialismo histórico-dialético, a teoria queer, a desconstrução, a desconstrução, o feminismo, a fenomenologia, o existencialismo, etc.

A particularidade do texto literário como discurso, é que ele jamais pode ser reduzido a uma única perspectiva epistemológica, social e histórica.

A teoria psicanalítica impactou os estudos literários como modalidade de interpretação, como uma teoria sobre a linguagem, a identidade e o sujeito. É uma metalinguagem ou vocabulário técnico autorizado que pode ser aplicado à obras literárias e outras situações para entender o que, de fato, está acontecendo. É uma crítica alerta a temas e relações psicanalíticas. (Culler, 1999).

A Psicanálise e a filosofia materialista de Karl Marx, são métodos interpretativos da economia, das relações sociais, da psique humana e que podem ser aplicados em áreas das ciências humanas, como na arte e estética literária.

O Marxismo abre novas possibilidades de interpretação, examinando as relações sociais de classe; a Psicanálise, analisa as questões interpessoais do desejo inconsciente. Ambos revelam uma realidade oculta latente, tanto em escritos literários, como em documentos históricos ou jornalísticos.

Através da análise psicanalítica ou filosófica, é possível conhecer o inconsciente da obra, ver o "como" e o "que" significa a formação dessa obra ou subtexto.

A análise do texto literário pela Psicanálise freudiana, é similar ao método utilizado na obra "A interpretação dos sonhos", pois ambos são analisados a partir do inconsciente.

A revisão secundária do sonho é ferramenta para se produzir o "subtexto", na análise literária. A crítica psicanalítica, produz uma realidade própria, na análise metódica dos trechos com sintomas, no texto-sonho: deformações, ambiguidades, omissões e elisões, que acessam o conteúdo latente, ou impulsos inconscientes da sua criação.

Observação: Senti dificuldade em sintetizar tanto conteúdo. Então há trechos dos autores citados no texto também.

 

 

 

 

 

 

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David Tonasso

A melhor parte foi o auto conhecimento pra mim, pois é um pouco diferente quando analisamos nós mesmo mas foi uma experiência que me agradou e que com certeza eu faria de novo, pois é uma  maneira diferente de nos autoconhecer.

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David Tonasso

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