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Modulo 2 Imagem e conceito do eu na Psicanálise

Podemos compreender a constituição do eu, dentro da psicanálise, através do desenvolvimento do ser humano que recém -nascido, se depara com sua impotência, que não pode experimentar um comportamento, efetivo, articulado e eficiente, sendo este o estado de desamparo.

Que se apresenta na parte motora- a prematuridade e no aparelho psíquico, não sabendo lidar com as tensões, nem dominá-las.

Estado de desamparo ao nascer: é o que o ser humano experimenta ao nascer com sua total incapacidade de lidar com abundância de estímulos e com suas próprias forças remover o excesso através da satisfação. Nesta cruzamento entre uma progressiva invasão de estímulos e sua inaptidão de evadir-se deles por sua própria força , que o estado de desamparo se torna constructo teórico, que segundo Feres é o requisito para se tornar humano, ou humanizar-se. A incapacidade do ser humano diante de si mesmo e do mundo é o que está de forma intima ligado ao desamparo.

Segundo Freud é este estádio que possibilita o caminho rumo ao campo humano. Há a necessidade de de outro ser humano já instituído o auxilie para o recém nascido possa introduzir- se ao mundo que já existe, possibilitando o desenvolvimento do seu próprio eu.

Ou seja, no estádio do espelho é necessário que o outro dê nome aquilo que eu estou vendo, dependo do outro para identificar sob o olhar do outro a mim mesmo.

Dependo do outro para registrar o que vejo sobre quem eu sou.

Da espera do desejo do outro no que introduzirá enquanto ideais funda-se o supereu, a instância psíquica, responsável pela introjecção da lei paterna. É a instância  que vigia e pune as transgressões.

Somos feitos através do olhar do outro.