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MÓDULO 3: CONCEITO DO EU E DA PERSONALIDADE - IMPRESSÃO GERAL

Sigmund Freud, formado em medicina, recebia diferentes pacientes que eram acometidas por histeria, que segundo o entendimento da época, tratava-se de perturbações no útero que resultava em efeitos físicos e mentais nas pacientes. Através da experiência com diferentes casos, Freud “suspeitou” sobre os sintomas não terem exatamente origem no corpo físico, mas no psiquismo da pessoa.

No período dos séculos XIX e início do século XX, não havia o mesmo entendimento de hoje sobre a dimensão inconsciente do aparelho psíquico, de modo que se acreditava que o sujeito estava totalmente no controle dos seus pensamentos, emoções e ações, exceto nos casos de possessão demoníaca, segundo o entendimento do viés religioso. Freud observou que parecia haver no interior do ser humano uma instância na qual era reprimido os conteúdos que causavam desprazer: conteúdos indesejados que emergiam durante a vigília, causando desconforto emocional e efeitos psicossomáticos (físicos).

Gradativamente Freud “descobriu” através do atendimento clínico, o Inconsciente, no qual está incluso o Id, o Superego, e as memórias. A partir de um entendimento prévio e pela prática, Freud desenvolveu outros conceitos e aperfeiçoou sua compreensão e teorização sobre o aparelho psíquico.

O id é a instância inconsciente da personalidade, onde reside toda a libido (ou energia libidinal), bem semelhante a um animal instintivo que busca o prazer, a satisfação das necessidades físicas, e a eliminação de qualquer desconforto ou desprazer; se atentando apenas para o presente, sendo inconsequente. Com o passar do tempo, a medida que ocorre interação com outras pessoas, parte do id vai se diferenciando e se tornando consciente de si, “um ser que sabe da sua própria existência” e que vai mediar o mundo externo (pessoas e objetos) com o mundo interno (pulsões inconscientes que geram sensações físicas), que foi denominado de ego.

As crianças tendem a ser inconsequentes, e não olham para o passado ou futuro, no entanto, conforme os adultos impõem limites e regras, surge uma outra instância psíquica, o superego, que é a internalização das regras, leis e proibições ensinadas a criança, que vai impor ao ego exigências de como agir, podendo fazer uso da vergonha ou sentimento de culpa caso o sujeito não aja conforme suas exigências.

Dentro da construção imagem, onde o id,o ego eo super ego se tornam mecanismos que proporcionam os destinos das ações. Cabe se dizer que tal mecanismo, seja uma política interna de todas interações com os objetos, pessoas e coisas.