Modulo 5 Conhecimentos adquiridos
Citação de Marilaine Ventino em janeiro 8, 2024, 1:24 amCONHECIMENTOS ADQUIRIDOS NO MÓDULO 5
Freud era fascinado pelas Neuroses ( doenças psíquicas então consideradas imaginação, mas com sintomas físicos, sem causa fisiológica).
Com a intenção de compreender o funcionamento das neuroses e da histeria, Freud desenvolveu a metapsicologia( era assim chamada sua teoria).Desenvolvendo um conceito que gira em torno de um conceito que é a base do entendimento de todo seu pensamento. O princípio do Prazer.
PRINCIPIO DO PRAZER: Também chamado de libido, é basicamente uma forma de energia biológica imanente á natureza humana, volta -se para a auto preservação do corpo e a satisfação das necessidades fisiológicas do organismo, como excretar, repousar, alimentar-se, e copular no ato sexual.
Para Freud precisamos reprimir algumas de nossas tendencias ao prazer, pela necessidade de trabalhar. Se isso não nos fosse necessário simplesmente poderíamos ficar deitados o dia todo, sem fazer nada.
Mas todo ser humano precisa sofrer repressão do principio do prazer, o que para alguns quando a repressão se torna excessiva pode nos tornar doentes.
Estamos preparados para sofrer a repressão se ela nos oferecer algo em troca; mas se a exigências forem excessivas provavelmente adoeceremos. Esta é a Neurose, é importante entender que ela faz parte daquilo que é criativo no ser humano, sendo também parte da nossa infelicidade, a oportunidade de satisfazer estes desejos, os que temos condições é a sublimação. Que para Freud significa dirigi-los para uma finalidade de maior valor para a sociedade.
Se a libido é uma constante da natureza humana, uma das formas que o ser humano encontra para lidar com a repressão da sua energia libidinal é a sublimação que é a produção simbólica da frustração do prazer de modo a se tornar menos insuportável lidar com esta frustração, tanto construindo cidades, como também por produções artísticas e filosóficas.
Procurando entender o aparelho psíquico Freud recorre a literatura clássica .
Da tragédia grega, surgiu um dos conceitos mais importante da teoria freudiana: O complexo de Édipo, entendido por ele como principal principio repressor do prazer.
É através dele que é formado o superego- a voz punitiva da consciência, ocorre quando a proibição imaginária ou real pelo pai simboliza a autoridade superior que será mais tarde introjetada( torna-se sua), onde a criança começa a formar o superego.
O sujeito que surge do processo edípico, é dividido precariamente em consciente e inconsciente.
ORIGEM DO COMPLEXO DE ÉDIPO: Na narrativa grega na antiguidade, do poeta Sófocles chamada Édipo Rei. Conta a historia de Édipo que após vencer o enigma da esfinge, rebela-se contra um rei tirano( seu pai, mas Édipo desconhece o parentesco) o mata e toma posse de seu reino, casando-se com sua esposa( sua mãe, sem que nem ela e nem ele soubessem deste parentesco).
Segundo argumenta Freud , esse enredo trágico, absurdo e imoral é na verdade a base da estrutura da psique humana.
Freud explica que somos uma espécie que nasce imatura, diante de outras espécies que já nascem andam e se alimentam sozinhas, dependemos exclusivamente de alguém para cuidar de nossas necessidade fisiológicas básicas, o que leva o bebê ao entendimento do corpo materno uma simbiose ( relação mútua de sobrevivência, de forma que o bebê e o corpo da mãe sejam um) sendo incapaz de entender a separação corrida no nascimento.
O corpo da mãe torna-se a base do principio do prazer oral ( aleitamento materno) e afetivo ( colo, contato pele a pele, calor do corpo cheiro e feromônios) tornando-o este o primeiro objeto de prazer do ser humano.
A medida que crescemos, vamos no separando do corpo materno, e adentrando a cultura( linguagem) independência e contato com outras crianças, para Freud quem representa esta separação é o pai, que é o símbolo máximo da lei e da ordem ( metaforizado pelo falo), retirando-a de seu principio básico do prazer – o corpo da mãe.
RECALQUE: Em medias aos 5 anos de idade o ser humano recalca seu desejo fundamental de simbiose com o corpo da mãe. Para Freud o recalque é um mecanismo de defesa da psique diante de um acontecimento traumático, o cérebro recalca-o para o inconsciente , ou seja retira o trauma da consciência do sujeito, jogando aquilo que é insuportável no esquecimento.
Recalcar não é esquecer, pois o inconsciente não esquece o trauma, ele volta com o desejo, o principio do prazer recalcado, seja oral, sexual, através de sonhos, através do ato falho, da afasia, ou ainda na forma de humor, ou chiste, além de retornar na forma de neurose (obsessão, compulsão, ansiedade, histeria, problemas digestivos, problemas no sono, ou ate psicose) .
DE ACORDO COM EAGLETON: Não se trata de mais um complexo: ele é a estrutura das relações pelas quais chegamos a ser homens e mulheres que somos. Um dos problemas que ele nos cria ~e o de sempre sermos parciais e incompletos – indica a transição do principio do prazer para o principio da realidade.
Devemos então entender que o complexo de édipo como um processo inerente à condição humana, que é a falta traumática do corpo da mãe, e a repressão ( recalque) do principio do prazer para viver em sociedade.
DIALOGO ENTRE REFLEXÃO, ESTÉTICA E INTERPRETAÇÃO.
A filosofia é o discurso de reflexão por excelência.
A literatura é o discurso estético, por excelência.
A psicanálise é o discurso sofisticado e revolucionário de interpretação da psique humana.
Não apresentam fronteiras bem estabelecidas entre si, estando inter relacionadas , tanto pelos temas em comum, quanto pelas formas de trabalhá lhos na linguagem.
LIMITES E ESPECIFIDADES ENTRE OS CAMPOS DO SABER
Se são discursos que se iniciam sem fronteiras bem definidas, mas a tentativa de delimitá-las é milenar, e constitui a fundação do discurso filosófico.
Freud não gostava de ideia de ser um autor de um tratado filosófico, nem de uma tese abstrata sobre o ser humano seu objetivo era produzir teoria cientifica, empírica comprovável sobre a psique do homo sapiens.
Preocupado com a elaboração de um método que elaborasse a verdade, Platão na antiguidade manda expulsar da Poli poetas, por causa da maneira de representação distorcida da realidade, já que dominavam a estética e a verossimilhança. O discurso de Platão engendra como filosófico o que corresponde á busca metódica pela verdade, embora Platão recorra ao literário, não somente como forma, as como caminho do conhecimento.
PSICANÁLISE CONCEBIDA PARA O CONSULTÓRIO
Da mesma forma que o discurso filosófico foi concebido com o objetivo de refletir sobre a verdade e a essência ontológica do cosmos na Grécia Antiga, a Psicanalise foi concebida como mais que uma teoria , um método terapêutico aplicável empiricamente ao consultório psiquiátrico-psicanalítico.
PSICANALISE E FILOSOFIA APLICADAS Á LITERATURA
Dispositivos interpretativos promovem novas perspectivas de interpretação prescrutando as relações sociais de classe (marxismo), quanto as interpessoais do desejo inconsciente como faz a psicanalise. Procurando entender o que está acontecendo, tentando desvendar uma lógica latente invisível -o que há por trás, que não foi escrito, que não foi narrado.
Aplicar a psicanalise a uma obra literária, em filosofia, produz em subtexto para a obra, um texto que está visível em certos pontos ,as sintomático, ou uma enfase exagerada e nós como leitores podemos “ escrever” , mesmo que o romance em si não escreva.
ANALISE FREUDIANA DOS SONHOS E SUA RELAÇÃO COM A LINGUAGEM LITERÁRIA
O método de analise de texto literário a partir da teoria psicanalítica se assemelha muito ao que Freud propôs em sua obra “ A Interpretação dos Sonhos de 1.900.Além de encarar o sonho como uma deformação da realidade, Freud também via como uma produção simbólica da realidade, uma reorganização do que o sujeito vive que é regida pelo seu inconsciente.
Os métodos analíticos dos sonhos são muito valiosos para a critica literária e sua postura de analise do texto.
A matéria prima do sonho, chamada pro Freud de “conteúdo latente” são os desejos inconscientes , estímulos corporais vividos durante o sono, as imagens colhidas durante o dia anterior.
O sonho em si, é produto de uma transformação intensiva deste material conhecida como “ trabalho onírico”, que são basicamente técnicas que o inconsciente utiliza para condensar e deslocar seu material, para descobrir maneiras inteligíveis de representá-lo, o sonho produzido por este trabalho, o sonho de que nos recordamo é chamado conteúdo manifesto.
O sonho não é apenas a “expressão” ou reprodução do inconsciente: entre este e o sonho há um processo de “produção” ou “transformação”, a essência do sonho, para Freud não está na matéria-prima ou no conteúdo latente, mas no próprio trabalho onírico conhecido com revisão secundária que consiste na reorganização do sonho de modo a apresentá-lo na forma d e uma narrativa relativamente compreensível, a revisão secundária sistematiza o sonho, preenche suas lacunas, soluciona suas contradições e ordena seus elementos caóticos em uma fabula mais coerente.
É justamente esta revisão secundária do sonho, proposta por Freud em sua campanha psicanalítica que se torna interessante para a critica literária produzir seu subtexto, a partir de sua obra literária, passando a ser entendido pela critica psicanalítica com a forma de produção de uma realidade própria.
CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS NO MÓDULO 5
Freud era fascinado pelas Neuroses ( doenças psíquicas então consideradas imaginação, mas com sintomas físicos, sem causa fisiológica).
Com a intenção de compreender o funcionamento das neuroses e da histeria, Freud desenvolveu a metapsicologia( era assim chamada sua teoria).Desenvolvendo um conceito que gira em torno de um conceito que é a base do entendimento de todo seu pensamento. O princípio do Prazer.
PRINCIPIO DO PRAZER: Também chamado de libido, é basicamente uma forma de energia biológica imanente á natureza humana, volta -se para a auto preservação do corpo e a satisfação das necessidades fisiológicas do organismo, como excretar, repousar, alimentar-se, e copular no ato sexual.
Para Freud precisamos reprimir algumas de nossas tendencias ao prazer, pela necessidade de trabalhar. Se isso não nos fosse necessário simplesmente poderíamos ficar deitados o dia todo, sem fazer nada.
Mas todo ser humano precisa sofrer repressão do principio do prazer, o que para alguns quando a repressão se torna excessiva pode nos tornar doentes.
Estamos preparados para sofrer a repressão se ela nos oferecer algo em troca; mas se a exigências forem excessivas provavelmente adoeceremos. Esta é a Neurose, é importante entender que ela faz parte daquilo que é criativo no ser humano, sendo também parte da nossa infelicidade, a oportunidade de satisfazer estes desejos, os que temos condições é a sublimação. Que para Freud significa dirigi-los para uma finalidade de maior valor para a sociedade.
Se a libido é uma constante da natureza humana, uma das formas que o ser humano encontra para lidar com a repressão da sua energia libidinal é a sublimação que é a produção simbólica da frustração do prazer de modo a se tornar menos insuportável lidar com esta frustração, tanto construindo cidades, como também por produções artísticas e filosóficas.
Procurando entender o aparelho psíquico Freud recorre a literatura clássica .
Da tragédia grega, surgiu um dos conceitos mais importante da teoria freudiana: O complexo de Édipo, entendido por ele como principal principio repressor do prazer.
É através dele que é formado o superego- a voz punitiva da consciência, ocorre quando a proibição imaginária ou real pelo pai simboliza a autoridade superior que será mais tarde introjetada( torna-se sua), onde a criança começa a formar o superego.
O sujeito que surge do processo edípico, é dividido precariamente em consciente e inconsciente.
ORIGEM DO COMPLEXO DE ÉDIPO: Na narrativa grega na antiguidade, do poeta Sófocles chamada Édipo Rei. Conta a historia de Édipo que após vencer o enigma da esfinge, rebela-se contra um rei tirano( seu pai, mas Édipo desconhece o parentesco) o mata e toma posse de seu reino, casando-se com sua esposa( sua mãe, sem que nem ela e nem ele soubessem deste parentesco).
Segundo argumenta Freud , esse enredo trágico, absurdo e imoral é na verdade a base da estrutura da psique humana.
Freud explica que somos uma espécie que nasce imatura, diante de outras espécies que já nascem andam e se alimentam sozinhas, dependemos exclusivamente de alguém para cuidar de nossas necessidade fisiológicas básicas, o que leva o bebê ao entendimento do corpo materno uma simbiose ( relação mútua de sobrevivência, de forma que o bebê e o corpo da mãe sejam um) sendo incapaz de entender a separação corrida no nascimento.
O corpo da mãe torna-se a base do principio do prazer oral ( aleitamento materno) e afetivo ( colo, contato pele a pele, calor do corpo cheiro e feromônios) tornando-o este o primeiro objeto de prazer do ser humano.
A medida que crescemos, vamos no separando do corpo materno, e adentrando a cultura( linguagem) independência e contato com outras crianças, para Freud quem representa esta separação é o pai, que é o símbolo máximo da lei e da ordem ( metaforizado pelo falo), retirando-a de seu principio básico do prazer – o corpo da mãe.
RECALQUE: Em medias aos 5 anos de idade o ser humano recalca seu desejo fundamental de simbiose com o corpo da mãe. Para Freud o recalque é um mecanismo de defesa da psique diante de um acontecimento traumático, o cérebro recalca-o para o inconsciente , ou seja retira o trauma da consciência do sujeito, jogando aquilo que é insuportável no esquecimento.
Recalcar não é esquecer, pois o inconsciente não esquece o trauma, ele volta com o desejo, o principio do prazer recalcado, seja oral, sexual, através de sonhos, através do ato falho, da afasia, ou ainda na forma de humor, ou chiste, além de retornar na forma de neurose (obsessão, compulsão, ansiedade, histeria, problemas digestivos, problemas no sono, ou ate psicose) .
DE ACORDO COM EAGLETON: Não se trata de mais um complexo: ele é a estrutura das relações pelas quais chegamos a ser homens e mulheres que somos. Um dos problemas que ele nos cria ~e o de sempre sermos parciais e incompletos – indica a transição do principio do prazer para o principio da realidade.
Devemos então entender que o complexo de édipo como um processo inerente à condição humana, que é a falta traumática do corpo da mãe, e a repressão ( recalque) do principio do prazer para viver em sociedade.
DIALOGO ENTRE REFLEXÃO, ESTÉTICA E INTERPRETAÇÃO.
A filosofia é o discurso de reflexão por excelência.
A literatura é o discurso estético, por excelência.
A psicanálise é o discurso sofisticado e revolucionário de interpretação da psique humana.
Não apresentam fronteiras bem estabelecidas entre si, estando inter relacionadas , tanto pelos temas em comum, quanto pelas formas de trabalhá lhos na linguagem.
LIMITES E ESPECIFIDADES ENTRE OS CAMPOS DO SABER
Se são discursos que se iniciam sem fronteiras bem definidas, mas a tentativa de delimitá-las é milenar, e constitui a fundação do discurso filosófico.
Freud não gostava de ideia de ser um autor de um tratado filosófico, nem de uma tese abstrata sobre o ser humano seu objetivo era produzir teoria cientifica, empírica comprovável sobre a psique do homo sapiens.
Preocupado com a elaboração de um método que elaborasse a verdade, Platão na antiguidade manda expulsar da Poli poetas, por causa da maneira de representação distorcida da realidade, já que dominavam a estética e a verossimilhança. O discurso de Platão engendra como filosófico o que corresponde á busca metódica pela verdade, embora Platão recorra ao literário, não somente como forma, as como caminho do conhecimento.
PSICANÁLISE CONCEBIDA PARA O CONSULTÓRIO
Da mesma forma que o discurso filosófico foi concebido com o objetivo de refletir sobre a verdade e a essência ontológica do cosmos na Grécia Antiga, a Psicanalise foi concebida como mais que uma teoria , um método terapêutico aplicável empiricamente ao consultório psiquiátrico-psicanalítico.
PSICANALISE E FILOSOFIA APLICADAS Á LITERATURA
Dispositivos interpretativos promovem novas perspectivas de interpretação prescrutando as relações sociais de classe (marxismo), quanto as interpessoais do desejo inconsciente como faz a psicanalise. Procurando entender o que está acontecendo, tentando desvendar uma lógica latente invisível -o que há por trás, que não foi escrito, que não foi narrado.
Aplicar a psicanalise a uma obra literária, em filosofia, produz em subtexto para a obra, um texto que está visível em certos pontos ,as sintomático, ou uma enfase exagerada e nós como leitores podemos “ escrever” , mesmo que o romance em si não escreva.
ANALISE FREUDIANA DOS SONHOS E SUA RELAÇÃO COM A LINGUAGEM LITERÁRIA
O método de analise de texto literário a partir da teoria psicanalítica se assemelha muito ao que Freud propôs em sua obra “ A Interpretação dos Sonhos de 1.900.Além de encarar o sonho como uma deformação da realidade, Freud também via como uma produção simbólica da realidade, uma reorganização do que o sujeito vive que é regida pelo seu inconsciente.
Os métodos analíticos dos sonhos são muito valiosos para a critica literária e sua postura de analise do texto.
A matéria prima do sonho, chamada pro Freud de “conteúdo latente” são os desejos inconscientes , estímulos corporais vividos durante o sono, as imagens colhidas durante o dia anterior.
O sonho em si, é produto de uma transformação intensiva deste material conhecida como “ trabalho onírico”, que são basicamente técnicas que o inconsciente utiliza para condensar e deslocar seu material, para descobrir maneiras inteligíveis de representá-lo, o sonho produzido por este trabalho, o sonho de que nos recordamo é chamado conteúdo manifesto.
O sonho não é apenas a “expressão” ou reprodução do inconsciente: entre este e o sonho há um processo de “produção” ou “transformação”, a essência do sonho, para Freud não está na matéria-prima ou no conteúdo latente, mas no próprio trabalho onírico conhecido com revisão secundária que consiste na reorganização do sonho de modo a apresentá-lo na forma d e uma narrativa relativamente compreensível, a revisão secundária sistematiza o sonho, preenche suas lacunas, soluciona suas contradições e ordena seus elementos caóticos em uma fabula mais coerente.
É justamente esta revisão secundária do sonho, proposta por Freud em sua campanha psicanalítica que se torna interessante para a critica literária produzir seu subtexto, a partir de sua obra literária, passando a ser entendido pela critica psicanalítica com a forma de produção de uma realidade própria.