Modulo I - A Origem da Psicanálise
Sigmund Freud desenvolveu a psicanálise no final do século XIX, em um contexto marcado pela Revolução Industrial, mudanças sociais significativas e avanços científicos. Ele vivia em Viena, uma sociedade conservadora e repressiva, especialmente no que dizia respeito à sexualidade e aos papéis sociais. Esse ambiente influenciou profundamente o desenvolvimento de suas teorias.
Conceitos centrais da psicanálise
1. Consciente: Refere-se à parte da mente que está acessível e contém pensamentos e sentimentos dos quais temos plena percepção no momento presente.
2. Inconsciente: É a dimensão mais profunda da mente, onde estão guardados desejos reprimidos, memórias traumáticas e impulsos que influenciam nossos comportamentos e pensamentos, muitas vezes sem que nos demos conta.
3. Sublimação: É o mecanismo de defesa pelo qual impulsos instintivos, principalmente ligados à sexualidade e à agressividade, são transformados em atividades socialmente aceitas, como arte, ciência ou trabalho.
Psicanálise, a sociedade e a cultura:
Freud percebeu que os conflitos internos dos indivíduos estavam intimamente ligados às normas sociais e culturais. A repressão de desejos, especialmente sexuais, era incentivada pelas estruturas da sociedade de sua época. A psicanálise trouxe à luz como essas repressões moldam tanto os indivíduos quanto a cultura.
Freud também destacou que a cultura é uma forma de sublimação coletiva: as artes, as religiões e as instituições sociais são resultados de esforços humanos para canalizar e controlar impulsos inconscientes. Ao analisar mitos, obras de arte e religiões, ele propôs que essas expressões culturais são reflexos do inconsciente coletivo e dos conflitos humanos universais.
Assim, a psicanálise não só revelou a complexidade da mente humana, mas também ofereceu um novo olhar para entender a dinâmica entre indivíduo, sociedade e cultura.