Módulo V - Literatura, Psicanálise e Filosofia
Citação de Lbraz em maio 7, 2025, 7:47 pmRespostas Módulo 5
Relação entre Literatura, Psicanálise e Filosofia:
A convergência entre elas é buscar o entendimento da condição, existência e experiência humana com atenção a aquilo que não é dito. E todas podem levar a reflexão e entendimento de si e do mundo pela razão, imaginação e inconsciente.
A filosofia faz isso por meio da reflexão, do questionamento e pensamento critico. Sobre “quem somos”, “por que somos”, “o correto e incorreto”. Sendo ela, a filosofia, a mais critica no seu entendimento de conceito e mundo, com conceitos, argumentos e sistemas.
A Literatura da forma a isso, Filosofia, através da linguagem, personagens, historias, pensamentos e sentimento. Cria a liberdade para se expressar o mundo interno e externo, personagens para refletir realidades.Utiliza de recursos de linguagem como figuras, poemas e estilos diversos. É a mais flexível entre as três, pois pode flutuar entre a fantasia e a criação estética.
A psicanálise através da escuta, procura os desejos, conflitos e medos ocultos/inconscientes ou não, mas que o sujeito não consegue entender porque se escapa dele.Analisando a fala por falhas, lapsos e sonhos. E o silencio pela resistência ou recalque inconsciente.A psicanalise trabalha por associação livre a leitura da linguagem, e a linguagem como um sintoma do inconsciente.
Cada uma delas tem seu campo próprio, finalidade e métodos, mas se centralizam na linguagem, no sujeito e como lidam com o que não pode ser dito. Freud amparou se na literatura clássica e filosofia para desenvolver as suas teorias e demostrou a formação original psíquica através do mito de Édipo.
Os Limites entre Filosofia, Literatura e Psicanálise:
Literatura é o discurso estético por excelência. Trabalha dentro dos limites das experiências humanas como criação, podendo ser historias reais ou fictícias, é livre de lógicas e repleta de ambiguidades. Não visa estruturas e modelos de pensamentos, assim como não é clínica.
Psicanálise é o discurso sofisticado e revolucionário da interpretação da psique humana. Não se confunde com questões filosóficas, não questiona filosoficamente e nem usa recursos estéticos. A fala livre é seu material bruto, sem modelos e lógicas. Lida com lapsos, repetições e a não-fala, os interpretando e transformando o sofrimento psíquico.
Filosofia é o discurso da reflexão por excelência. Essa não abandona seu teor rigoroso lógico e conceitual, por isso não aceita a ambiguidade literária e nem os conflitos da psique, pois não se limita só ao ser humano. Trata-se de questionamentos e pensamentos críticos do tempo, sociedade, mundo e etc., buscando verdades, respostas e aberturas para argumentação.
A filosofia pensa com lógica, a psicanálise escuta para transformar e a literatura desenha com palavras.
Como analisar obras literárias sob o viés psicanalítico e filosófico?
Para análises sob determinada perspectiva, deve-se usar “novos óculos”. Assim como aprender outros idiomas, usamos gramaticas de base e aplicamos essas estruturas, o mesmo se faz para a análise psicanalítica e filosófica.
A psicanálise analisa: O espaço simbólico. Observa os conflitos psíquicos dos personagens. Os traços: a repressão, a culpa, o desejo ou recalque, entre outras. Através de sonhos, elementos ou comportamentos repetitivos, que poderão ser um sintoma. E os movimentos de sublimação, condensação e deslocamento.
Considerando o objeto, a análise psicanalítica pode voltar a atenção para:
- autor da obra
- conteúdo
- construção formal
- leitor
Na obra “O lustre” de Clarice Lispector, analisada no artigo “Imagens Aquosas e Dimensões Pulsionais”.
A autora capta formas e dá ao leitor ritmo nas representações simbólicas que significam pulsões. Neste ela demonstra a pulsão de morte e vida através do elemento Água.
Já a filosofia analisa a problemática existencial da obra/texto e suas questões, que se relacionam com o conhecimento humano, espacial, social e etc. A análise pode se dar por indagações filosóficas, relacionar o conteúdo com correntes filosóficas e como os personagens representam essas ideias filosóficas. Por exemplo, o niilismo presente na obra Crime e Castigo, Dostoievski.
Exemplo de análise sob ambas perspectivas: Na obra, Miss Algrave (extraído dos testes desse módulo).
Sob o olhar psicanalítico personagem sublima seu desejo sexuais em rigidez e perfeccionismo. Podemos identificar nas palavras “coque severo, datilografia perfeita”.
E do ponto de vista filosófico, ela aponta questões quanto a moralidade com repulsa. O que ela repudia em si, os desejos sexuais suprimidos, julga no outro. Podemos identificar no trecho “...as mulheres esperando homens nas esquinas, só faltava vomitar...”
Uma boa análise filosófica seria: Essa repulsa da personagem faz a se sentir superior?
Respostas Módulo 5
Relação entre Literatura, Psicanálise e Filosofia:
A convergência entre elas é buscar o entendimento da condição, existência e experiência humana com atenção a aquilo que não é dito. E todas podem levar a reflexão e entendimento de si e do mundo pela razão, imaginação e inconsciente.
A filosofia faz isso por meio da reflexão, do questionamento e pensamento critico. Sobre “quem somos”, “por que somos”, “o correto e incorreto”. Sendo ela, a filosofia, a mais critica no seu entendimento de conceito e mundo, com conceitos, argumentos e sistemas.
A Literatura da forma a isso, Filosofia, através da linguagem, personagens, historias, pensamentos e sentimento. Cria a liberdade para se expressar o mundo interno e externo, personagens para refletir realidades.Utiliza de recursos de linguagem como figuras, poemas e estilos diversos. É a mais flexível entre as três, pois pode flutuar entre a fantasia e a criação estética.
A psicanálise através da escuta, procura os desejos, conflitos e medos ocultos/inconscientes ou não, mas que o sujeito não consegue entender porque se escapa dele.Analisando a fala por falhas, lapsos e sonhos. E o silencio pela resistência ou recalque inconsciente.A psicanalise trabalha por associação livre a leitura da linguagem, e a linguagem como um sintoma do inconsciente.
Cada uma delas tem seu campo próprio, finalidade e métodos, mas se centralizam na linguagem, no sujeito e como lidam com o que não pode ser dito. Freud amparou se na literatura clássica e filosofia para desenvolver as suas teorias e demostrou a formação original psíquica através do mito de Édipo.
Os Limites entre Filosofia, Literatura e Psicanálise:
Literatura é o discurso estético por excelência. Trabalha dentro dos limites das experiências humanas como criação, podendo ser historias reais ou fictícias, é livre de lógicas e repleta de ambiguidades. Não visa estruturas e modelos de pensamentos, assim como não é clínica.
Psicanálise é o discurso sofisticado e revolucionário da interpretação da psique humana. Não se confunde com questões filosóficas, não questiona filosoficamente e nem usa recursos estéticos. A fala livre é seu material bruto, sem modelos e lógicas. Lida com lapsos, repetições e a não-fala, os interpretando e transformando o sofrimento psíquico.
Filosofia é o discurso da reflexão por excelência. Essa não abandona seu teor rigoroso lógico e conceitual, por isso não aceita a ambiguidade literária e nem os conflitos da psique, pois não se limita só ao ser humano. Trata-se de questionamentos e pensamentos críticos do tempo, sociedade, mundo e etc., buscando verdades, respostas e aberturas para argumentação.
A filosofia pensa com lógica, a psicanálise escuta para transformar e a literatura desenha com palavras.
Como analisar obras literárias sob o viés psicanalítico e filosófico?
Para análises sob determinada perspectiva, deve-se usar “novos óculos”. Assim como aprender outros idiomas, usamos gramaticas de base e aplicamos essas estruturas, o mesmo se faz para a análise psicanalítica e filosófica.
A psicanálise analisa: O espaço simbólico. Observa os conflitos psíquicos dos personagens. Os traços: a repressão, a culpa, o desejo ou recalque, entre outras. Através de sonhos, elementos ou comportamentos repetitivos, que poderão ser um sintoma. E os movimentos de sublimação, condensação e deslocamento.
Considerando o objeto, a análise psicanalítica pode voltar a atenção para:
- autor da obra
- conteúdo
- construção formal
- leitor
Na obra “O lustre” de Clarice Lispector, analisada no artigo “Imagens Aquosas e Dimensões Pulsionais”.
A autora capta formas e dá ao leitor ritmo nas representações simbólicas que significam pulsões. Neste ela demonstra a pulsão de morte e vida através do elemento Água.
Já a filosofia analisa a problemática existencial da obra/texto e suas questões, que se relacionam com o conhecimento humano, espacial, social e etc. A análise pode se dar por indagações filosóficas, relacionar o conteúdo com correntes filosóficas e como os personagens representam essas ideias filosóficas. Por exemplo, o niilismo presente na obra Crime e Castigo, Dostoievski.
Exemplo de análise sob ambas perspectivas: Na obra, Miss Algrave (extraído dos testes desse módulo).
Sob o olhar psicanalítico personagem sublima seu desejo sexuais em rigidez e perfeccionismo. Podemos identificar nas palavras “coque severo, datilografia perfeita”.
E do ponto de vista filosófico, ela aponta questões quanto a moralidade com repulsa. O que ela repudia em si, os desejos sexuais suprimidos, julga no outro. Podemos identificar no trecho “...as mulheres esperando homens nas esquinas, só faltava vomitar...”
Uma boa análise filosófica seria: Essa repulsa da personagem faz a se sentir superior?