O Corpo como elemento fundamental na construção do EU
Há pessoas que não se sentem a vontade com a aparência que tem. Na verdade, é difícil achar uma que esteja. Mas, qual a relevância disso na construção do EU.
Conversando com algumas pessoas sobre a questão da imagem, indaguei-as se por acaso estavam felizes com a sua imagem ou se tinham algo que as incomodavam. Todas afirmaram não estarem satisfeitas à própria imagem. Logo em seguida fiz a seguinte pergunta: Se pudessem mudar o que as incomodavam, mudariam? e a grande maioria disse que sim. No decorrer da conversa percebi que existem algumas pessoas que possuem dificuldades em se socializarem por causa desse problema. Tem dificuldades em se verem como são e por esse motivo procuram não se relacionar com ninguém. Buscar uma forma de se aceitar como são é um desafio, pois não é só como se vêem, mas também como elas acreditam de como são vistas.
A imagem corporal se vincula à vida pulsional do sujeito e é essencialmente libidinal e dinâmica. Além disto, a imagem do corpo organiza o meio em função da sua própria estrutura. Atualmente, principalmente nas redes sociais, vemos uma corrida quase que desenfreada em busca do corpo perfeito, que, em princípio pode se justificar por ter uma vida mais saudável. Mas, saudável até que ponto? Há relatos de pessoas que por meio de cirurgias passaram a se parecer com outras pessoas ou coisas como por exemplo o "KEN HUMANO". Como está o EU dessa pessoa? Em que momento houve a falta de pessoas instituídas para auxiliar pessoas nessa situação a serem introduzidas no mundo? Ou a partir dessas situações como serão as próximas gerações? Muitas crises identitárias.
Entender as diferenças que é que nos fazem únicos, diferentes uns dos outros, nem melhor, nem pior, apenas diferentes, é um passo importante para se ter uma auto imagem mais concreta e ou aceitável viabilizando a construção do EU, tendo sua própria identidade.