O ego e os mecanismos de defesa
Citação de Paula Cristina Coutinho Quaresma Pimentel em março 11, 2024, 4:45 pmÉ através do sistema percepção-consciência que o ego busca conciliar as pulsões do id em relação ao mundo externo, sendo que no ego predomina a razão e no id as paixões. De acordo com Freud, o ego é, portanto, a parte do id que foi modificada pela influência direta do mundo externo, através deste sistema percepção consciência. O médico diz ainda que, o ego, antes de tudo, é um ego corporal. Não é simplesmente uma entidade de superfície, mas é, ele próprio, a projeção de uma superfície.
Na primeira infância, temos as primeiras identificações de natureza geral enraizadas e a primeira identificação é responsável pelo nascimento do superego, que é a identificação com o pai.
O superego é a última instância a se desenvolver na estrutura da personalidade. É o herdeiro do Complexo de Édipo, resultante da identificação da criança com o pai. O superego representa a força moral, as leis e os valores internalizados pela criança através do sistema de punições (que instala o sentimento de culpa) e de recompensa. E institui-se como uma expressão mais integralizada da libido do id. Enquanto o ego é o representante do mundo externo, o superego se contrapõe a ele como representante do mundo interno (do Id)
Freud verificou que os afetos podiam ser deslocados para pensamentos por meio de mecanismos inconscientes designados por ele como: dissociação, recalcamento e supressão. Pensamentos que, mais tarde, poderiam vincular os mesmos afetos a outros objetos/projeção.
Em relação os mecanismos de defesa, o médico e Anna Freud (sua filha), identificaram cinco importantes características. De acordo com eles, as defesas são:
1 - A maneira mais efetiva de enfrentar os conflitos e os afetos;
2 – São parcialmente inconscientes;
3 – São distintas entre si;
4 – São passíveis de serem transformadas, ainda que se assemelhem com os sintomas psiquiátricos;
5 – Podem exercer uma função adaptativa. No entanto, também podem ser patológicas.
Se o Id só é observável quando uma pulsão se propaga até o ego em busca de satisfação, causando sentimentos de tensão e desprazer e o superego só se torna visível quando afronta o ego, ficando evidenciado através do sentimento de culpa gerado pela sua crítica, o ego é a instância que permite a observação direta e que viabiliza o acesso as outras duas. O ego utiliza medidas defensivas para se defender dos ataques das pulsões e dos afetos associados a estas. Tais medidas são parcialmente inconscientes e podem ser utilizadas, tanto como uma forma de adaptação, como também podem se transformar em patologias (neuroses) em função da intensidade, da incidência e do rigor.
Os principais mecanismos de defesa são: a repressão, a negação, a racionalização, o isolamento, a formação reativa, a projeção, a regressão, a identificação, a dissociação, o deslocamento, a sublimação e a idealização.
Com relação ao processo de identificação na inserção do sujeito em um grupo, Freud destaca que sempre existe o “outro”, que serve de modelo, objeto e ou rival na constituição do ego, preterindo a oposição onisciente entre psicologia individual e psicologia social.
Freud descarta a ideia de que a formação dos grupos sociais ocorra por conta de uma pulsão social primária. De acordo com o médico, o indivíduo é inserido em um grupo através da identificação que ocorre em dois momentos: primeiramente com o objeto (o líder), em seguida com os demais membros do grupo que se encontram identificados mutuamente. Ao se identificar, o indivíduo renuncia o ideal do ego para dar lugar ao objeto de suas pulsões libidinais, ou seja, o líder ou um objetivo, assim como foi feito pelos demais, ou seja, pelos diferentes egos. A essência da mente grupal encontra-se, portanto, nos laços emocionais.
Contudo, em condições não patológicas, o líder não é uma entidade suprema. Ele é escolhido por reunir particularidades almejadas por todos, por isso tem mais autonomia de ação que os demais membros e ao substituir o ideal de todos estabelece uma ligação entre eles, pois todos acabam se identificando, uns com os outros, através de seu ideal de ego agora compartilhado com o líder. O grupo passa a ter assim um ideal de grupo que se torna o ideal do sujeito, que não medirá esforços para cumprir com todas as exigências do grupo, pois estas se transformaram em suas também. É a libido que garante as conexões do grupo (líder com cada um dos membros e membros mutuamente). Esses laços se tornam efetivos em função da dessexualização dos impulsos sexuais (energia da libido/desejo que, por sua vez, direciona os impulsos vitais).
São nos grupos transitórios e efêmeros que se pode observar como o indivíduo renuncia seu ideal de ego em favor do ideal do grupo, tal como é corporificado no líder. A identificação revela o quanto o “outro” é universal na experiência subjetiva e o quanto o apoderamento de um elemento que venha do outro tem repercussão na subjetividade levando Freud a não ver oposição entre à psicologia individual e a social.
É através do sistema percepção-consciência que o ego busca conciliar as pulsões do id em relação ao mundo externo, sendo que no ego predomina a razão e no id as paixões. De acordo com Freud, o ego é, portanto, a parte do id que foi modificada pela influência direta do mundo externo, através deste sistema percepção consciência. O médico diz ainda que, o ego, antes de tudo, é um ego corporal. Não é simplesmente uma entidade de superfície, mas é, ele próprio, a projeção de uma superfície.
Na primeira infância, temos as primeiras identificações de natureza geral enraizadas e a primeira identificação é responsável pelo nascimento do superego, que é a identificação com o pai.
O superego é a última instância a se desenvolver na estrutura da personalidade. É o herdeiro do Complexo de Édipo, resultante da identificação da criança com o pai. O superego representa a força moral, as leis e os valores internalizados pela criança através do sistema de punições (que instala o sentimento de culpa) e de recompensa. E institui-se como uma expressão mais integralizada da libido do id. Enquanto o ego é o representante do mundo externo, o superego se contrapõe a ele como representante do mundo interno (do Id)
Freud verificou que os afetos podiam ser deslocados para pensamentos por meio de mecanismos inconscientes designados por ele como: dissociação, recalcamento e supressão. Pensamentos que, mais tarde, poderiam vincular os mesmos afetos a outros objetos/projeção.
Em relação os mecanismos de defesa, o médico e Anna Freud (sua filha), identificaram cinco importantes características. De acordo com eles, as defesas são:
1 - A maneira mais efetiva de enfrentar os conflitos e os afetos;
2 – São parcialmente inconscientes;
3 – São distintas entre si;
4 – São passíveis de serem transformadas, ainda que se assemelhem com os sintomas psiquiátricos;
5 – Podem exercer uma função adaptativa. No entanto, também podem ser patológicas.
Se o Id só é observável quando uma pulsão se propaga até o ego em busca de satisfação, causando sentimentos de tensão e desprazer e o superego só se torna visível quando afronta o ego, ficando evidenciado através do sentimento de culpa gerado pela sua crítica, o ego é a instância que permite a observação direta e que viabiliza o acesso as outras duas. O ego utiliza medidas defensivas para se defender dos ataques das pulsões e dos afetos associados a estas. Tais medidas são parcialmente inconscientes e podem ser utilizadas, tanto como uma forma de adaptação, como também podem se transformar em patologias (neuroses) em função da intensidade, da incidência e do rigor.
Os principais mecanismos de defesa são: a repressão, a negação, a racionalização, o isolamento, a formação reativa, a projeção, a regressão, a identificação, a dissociação, o deslocamento, a sublimação e a idealização.
Com relação ao processo de identificação na inserção do sujeito em um grupo, Freud destaca que sempre existe o “outro”, que serve de modelo, objeto e ou rival na constituição do ego, preterindo a oposição onisciente entre psicologia individual e psicologia social.
Freud descarta a ideia de que a formação dos grupos sociais ocorra por conta de uma pulsão social primária. De acordo com o médico, o indivíduo é inserido em um grupo através da identificação que ocorre em dois momentos: primeiramente com o objeto (o líder), em seguida com os demais membros do grupo que se encontram identificados mutuamente. Ao se identificar, o indivíduo renuncia o ideal do ego para dar lugar ao objeto de suas pulsões libidinais, ou seja, o líder ou um objetivo, assim como foi feito pelos demais, ou seja, pelos diferentes egos. A essência da mente grupal encontra-se, portanto, nos laços emocionais.
Contudo, em condições não patológicas, o líder não é uma entidade suprema. Ele é escolhido por reunir particularidades almejadas por todos, por isso tem mais autonomia de ação que os demais membros e ao substituir o ideal de todos estabelece uma ligação entre eles, pois todos acabam se identificando, uns com os outros, através de seu ideal de ego agora compartilhado com o líder. O grupo passa a ter assim um ideal de grupo que se torna o ideal do sujeito, que não medirá esforços para cumprir com todas as exigências do grupo, pois estas se transformaram em suas também. É a libido que garante as conexões do grupo (líder com cada um dos membros e membros mutuamente). Esses laços se tornam efetivos em função da dessexualização dos impulsos sexuais (energia da libido/desejo que, por sua vez, direciona os impulsos vitais).
São nos grupos transitórios e efêmeros que se pode observar como o indivíduo renuncia seu ideal de ego em favor do ideal do grupo, tal como é corporificado no líder. A identificação revela o quanto o “outro” é universal na experiência subjetiva e o quanto o apoderamento de um elemento que venha do outro tem repercussão na subjetividade levando Freud a não ver oposição entre à psicologia individual e a social.
Citação de Adilson dos Santos em março 11, 2024, 6:22 pmOs principais mecanismos de defesa são a repressão e a negação
Os principais mecanismos de defesa são a repressão e a negação