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O Ego e os mecanismos de defesa

O ego tem como base o principio da realidade, focado no mundo exterior,  o fator que pondera o ID, sendo constituido a partir dos dois ou três anos de idade.

Quando esse princípio de realidade entra em conflito com o ID e o Superego, passa a desenvolver mecanismos de defesa para poder conviver com esse princípio, e tornar sua realidade suportável para si mesmo. Esses mecanismos de defesa foram definidos por Freud, propondo ampliar a reflexão sobre este tema. Ana Freud, sua filha, desenvolveu uma obra detalhada sobre o assunto, discorrendo sobre pelo menos nove destes mecanismos de defesa, que vou descrever de forma resumida:

REPRESSÃO: o ego rebaixa conteúdos dolorosos da consciência para o inconsciente

NEGAÇÃO: recusa da aceitação da realidade

DESLOCAMENTO: A mente transfere uma reação emocional a um objeto ou pessoa para outro objeto ou pessoa

RACIONALIZAÇÃO: Uso de desculpas para justificar comportamentos inaceitáveis.

COMPENSAÇÃO: A pessoa encobre uma fraqueza destacando outra característica mais positiva,

FORMAÇÃO REATIVA: inversão do impulso desejado. Por exemplo,  o indivíduo prega uma moral exacerbada, mas pratica perversões sexuais as mais diversas.

PROJEÇÃO: Atribui a outras pessoas  conteúdos que na verdade são seus.

ISOLAMENTO: Consiste em separar um pensamento ou uma ação de seu contexto geral.

ANULAÇÃO: Cancela uma ação indesejada através de outra

INTROJEÇÃO: Incorpora à estrutura do ego elementos de outro indivíduo.

REGRESSÃO: Faz o ego retornar a um estágio anterior de desenvolvimento

FIXAÇÃO: Quando o indivíduo não progride e estaciona seu desenvolvimento.

SUBLIMAÇÃO : redireciona a energia de um impulso para outra atividade socialmente aceitável.

SUPRESSÃO: é o bloqueio consciente de um sentimento ou pensamento desagradável.

IDENTIFICAÇÃO:  Aumenta o valor do ego através da aquisição de um elemento de referência.

O que faz um individuo se unir em grupos? Segundo Freud, o que faz a união em grupos é a relação libidinal entre as pessoas, isso quer dizer que esses lações são regidos pelas relações amorosas, quer sejam o amor próprio, pelos pais, o amor sexual, filial, de amizade E também uma relação simbólica entre, seus membros, no sentido de suprir uma falta, por meio de um modelo. Nesse contexto imaginário surge a figura do líder, com o qual o grupo se identifica, ou ainda, deixam de lado o "eu ideal" do ego para agir em favor do amor ao líder

Sendo assim, o sujeito ao participar de um grupo se sente mais forte, na medida  em que substitui o seu eu ideal pela figura do líder com quem mantém a identidade, assim com os ideais do grupo passam a ser os ideais do indivíduo também. Dentro do contexto social, ocorre a identificação do indivíduo com os interesses, valores, sìmbolos e objetivos que caracterizam um determinado grupo.