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O ego e os mecanismos de defesa

Freud explicou que os mecanismos de defesa são maneiras inconscientes que o ego usa para se proteger de ansiedades e conflitos internos. Por exemplo, a repressão envolve bloquear pensamentos ameaçadores, enquanto a negação é a recusa em aceitar uma realidade dolorosa. A projeção faz com que pessoas vejam seus próprios sentimentos em outras, e a racionalização é a busca de justificativas lógicas para comportamentos. Outros mecanismos incluem a formação reativa, onde alguém expressa sentimentos opostos ao que realmente sente, e o deslocamento, que transfere emoções de uma situação mais assustadora para outra menos ameaçadora. A sublimação transforma impulsos indesejados em ações socialmente aceitáveis, a intelectualização analisa situações emocionalmente, evitando viver as emoções, e a regressão é um retorno a comportamentos de fase anterior quando alguém está sob estresse.

Lacan, por sua vez, também se inspirou em Freud, mas trouxe novas ideias, destacando a importância da linguagem e da relação entre o ego e o inconsciente. Ele falava sobre a ruptura, que interrompe o sentido da angústia ao lidar com significantes. A identificação é o modo como o ego se forma, buscando similaridades com os outros para lidar com ansiedades sobre a própria identidade. Assim como Freud, Lacan também menciona o deslocamento, mas com foco nas mudanças de significantes. Outros conceitos dele incluem a aproximação, que envolve a busca por conexão com o outro, e a inversão, onde um desejo se transforma em seu oposto. Em resumo, tanto Freud quanto Lacan contribuíram para entender como os mecanismos de defesa funcionam, cada um à sua maneira, considerando aspectos diferentes da psique e da linguagem.