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O Ego e os Mecanismos de Defesa

Na psicanálise, especialmente na teoria freudiana, o ego é uma das três instâncias psíquicas que compõem a mente, ao lado do id (instância dos impulsos e desejos inconscientes) e do superego (instância moral e crítica). O ego atua como mediador entre as exigências do id, as normas do superego e a realidade externa, buscando o equilíbrio psíquico do sujeito.

Para cumprir essa função, o ego recorre a estratégias inconscientes chamadas mecanismos de defesa. Esses mecanismos têm como objetivo proteger o sujeito da angústia, lidando com conflitos internos, desejos reprimidos e situações externas ameaçadoras.

Entre os principais mecanismos de defesa descritos por Freud e ampliados por Anna Freud, destacam-se:

  • Repressão: exclusão inconsciente de pensamentos ou desejos inaceitáveis.

  • Negação: recusa em reconhecer aspectos da realidade dolorosa.

  • Projeção: atribuição a outra pessoa de sentimentos ou desejos próprios.

  • Racionalização: justificativas lógicas para atitudes motivadas por impulsos inconscientes.

  • Formação reativa: adoção de comportamentos opostos aos desejos reprimidos.

  • Sublimação: canalização de impulsos em atividades socialmente valorizadas.

Esses mecanismos são naturais e fazem parte do funcionamento psíquico de todos os indivíduos. No entanto, quando usados de forma rígida ou excessiva, podem gerar sintomas, sofrimentos e conflitos inconscientes.

Assim, na clínica psicanalítica, identificar os mecanismos de defesa ajuda a compreender como o sujeito lida com seus desejos, medos e culpas, possibilitando um processo de elaboração e autoconhecimento.