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O Ego e os Mecanismos de Defesa

A importância da identificação na estruturação da personalidade do sujeito, porque dessa identificação depende o que a criança fará com o que herdou de seus ascendentes. A identificação marca o futuro das pessoas, ela começa com o nascimento através da relação, inicialmente, com a mãe e depois com o pai. A mãe é quem apresenta o pai à criança e é quem o designa como genitor, então, antes de investir neles, e de se identificar com eles, a criança atribui aos pais seu lugar de pais.

Através da Teoria Paterno-Infantil de Winnicott, mostra-se que é pela osmose, pela pele desse primeiro vínculo com a mãe que ocorrem as primeiras identificações, referindo-se à identificação projetiva e introjetiva, e se descreve as três formas sintáticas de identificação descritas por Eiguer. Nas relações interpessoais, os Egos vão se impregnando e incluindo aspectos do funcionamento da personalidade do outro, com isso sofrendo modificações.

A criança se identificará com os pais da mesma forma como os pais com a criança. Inconscientemente, eles oferecem ao filho seu modelo pessoal, mas também, sairão mudados.

Sobre a  identificação projetiva precede a introjetiva. A esse primeiro mecanismo em questão Eiguer deu a denominação de identificação projetiva de comunicação. Em seu trabalho sobre função da identificação, adota três formas sintáticas de identificação: atributiva, reflexiva e passiva.
Na identificação Atributiva, o movimento é centrífugo (que se afasta ou tende a se afastar do centro, que faz desviar-se do centro). “Eu o identifico a mim mesmo”, “Eu o identifico a alguém que não sou eu, mas que faz parte de mim”. O sujeito é ativo; o outro é passivo, chama de “identificação do primeiro tipo”.
Na identificação Reflexiva, o movimento é centrípeto dirigindo-se para o centro; que procura aproximar-se do centro; que atrai para o centro, chama de “identificação do segundo tipo”.
A identificação Passiva refere-se a três personagens, sendo que um é ativo (o outro), o segundo é passivo sendo o sujeito que é objeto dessa identificação, e o terceiro, que não está presente no vínculo, é, finalmente, bastante central.

Para a  Psicanalise, como se sabe, a fase edipiana é a etapa decisiva na vida da criança. A interdição paterna no complexo de Édipo é a  “repressão originária atraindo a si todas as outras” . Ao ser constituído seu primeiro núcleo, a repressão começa.

O inconsciente consiste nos materiais reprimidos: “O inconsciente não é perder a memória; é não se lembrar do que se sabe” /LACAN.

Para Freud, os afetos não são reprimidos, mas somente deslocados . O que se reprime – a matéria-prima do inconsciente ; que Lacan traduz por representante da representação e considera “estritamente equivalente à noção e ao termo de significante”
Para Lacan, o inconsciente é “estruturado em função do simbólico” ; é em seu fundo, estruturado, tramado, encadeado, tecido de linguagem”.