O homem um ser em decisão
Citação de ADÉRICA YNIS FERREIRA CAMPOS em junho 21, 2025, 5:05 pmAs descobertas da psicanálise feitas por Freud, as descobertas de que temos uma esfera consciente e uma esfera inconsciente, de que temos instâncias que regulam os nossos desejos, o Id, o Ego e o Superego, todas essas conquistas para a melhor compreensão do psiquismo humano abalaram fortemente a visão que o homem tinha de si mesmo. O homem deixou de confiar em sua razão, em sua vontade, para considerar que poderia estar sendo apenas um joguete de forças psíquicas descontroladas. Mas isso não tira do homem a responsabilidade por tentar gerir suas emoções e sentimentos, a responsabilidade por tentar direcionar suas energias psíquicas, sexuais, para coisas construtivas e belas.
Por isso que a psicanálise, acima de tudo, nos mostra que o homem é um ser em decisão, vivendo em um mundo em decisão. O homem é o único animal dotado de livre arbítrio, da capacidade de transcender o ambiente e fazer-se livre, autodeterminando-se em um mundo que não está pré-constituído, mas que é construído a cada momento que o homem toma uma decisão, por isso um mundo em decisão, um mundo que não é nem natural nem artificial, mas uma ambiência humana criada a cada instante em que um homem, ao tocar o mundo, toma uma decisão.
Então a psicanálise com o seu método da conversão livre no qual o paciente livremente vai rememorando os acontecimentos da sua vida é também uma forma de reconstituir aqueles momentos críticos nos quais o paciente não conseguiu decidir conforme a sua vontade ou as suas convicções. O objetivo da psicanálise seria então promover o autoconhecimento para que o paciente possa decidir melhor a partir de agora e construir o futuro que sonha para si. E, é claro, a psicanálise também promoveria um acerto de contas com o passado a partir do momento em que a energia psíquica condensada nos momentos frustrantes de decisões equivocadas é liberada através da fala.
O homem como ser vivo é gerador e sujeito de uma história, autor e destinatário de regras, e a cada decisão que ele toma torna-se mais responsável por sua felicidade, por construir um mundo também em decisão, que se descortina maravilhosamente a cada passo dado com consciência. O homem se constitui a partir das condições materiais, sociais e históricas — e, por sua vez, ao atuar, transforma essas mesmas condições, devolvendo sentido ao mundo.
É como diz Sartre no livro “O que é a subjetividade?”, onde trata a subjetividade como um momento necessário dentro de um processo dialético, em que o sujeito atravessa o mundo e o mundo atravessa o sujeito. Cabe então ao homem decidir com consciência para agir assertivamente na constituição da realidade, agindo e sendo moldado em recíproca relação com o ambiente.
As descobertas da psicanálise feitas por Freud, as descobertas de que temos uma esfera consciente e uma esfera inconsciente, de que temos instâncias que regulam os nossos desejos, o Id, o Ego e o Superego, todas essas conquistas para a melhor compreensão do psiquismo humano abalaram fortemente a visão que o homem tinha de si mesmo. O homem deixou de confiar em sua razão, em sua vontade, para considerar que poderia estar sendo apenas um joguete de forças psíquicas descontroladas. Mas isso não tira do homem a responsabilidade por tentar gerir suas emoções e sentimentos, a responsabilidade por tentar direcionar suas energias psíquicas, sexuais, para coisas construtivas e belas.
Por isso que a psicanálise, acima de tudo, nos mostra que o homem é um ser em decisão, vivendo em um mundo em decisão. O homem é o único animal dotado de livre arbítrio, da capacidade de transcender o ambiente e fazer-se livre, autodeterminando-se em um mundo que não está pré-constituído, mas que é construído a cada momento que o homem toma uma decisão, por isso um mundo em decisão, um mundo que não é nem natural nem artificial, mas uma ambiência humana criada a cada instante em que um homem, ao tocar o mundo, toma uma decisão.
Então a psicanálise com o seu método da conversão livre no qual o paciente livremente vai rememorando os acontecimentos da sua vida é também uma forma de reconstituir aqueles momentos críticos nos quais o paciente não conseguiu decidir conforme a sua vontade ou as suas convicções. O objetivo da psicanálise seria então promover o autoconhecimento para que o paciente possa decidir melhor a partir de agora e construir o futuro que sonha para si. E, é claro, a psicanálise também promoveria um acerto de contas com o passado a partir do momento em que a energia psíquica condensada nos momentos frustrantes de decisões equivocadas é liberada através da fala.
O homem como ser vivo é gerador e sujeito de uma história, autor e destinatário de regras, e a cada decisão que ele toma torna-se mais responsável por sua felicidade, por construir um mundo também em decisão, que se descortina maravilhosamente a cada passo dado com consciência. O homem se constitui a partir das condições materiais, sociais e históricas — e, por sua vez, ao atuar, transforma essas mesmas condições, devolvendo sentido ao mundo.
É como diz Sartre no livro “O que é a subjetividade?”, onde trata a subjetividade como um momento necessário dentro de um processo dialético, em que o sujeito atravessa o mundo e o mundo atravessa o sujeito. Cabe então ao homem decidir com consciência para agir assertivamente na constituição da realidade, agindo e sendo moldado em recíproca relação com o ambiente.