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O que aprendi no módulo 5

Unidade 5 - Literatura, psicanálise e filosofia

  • Descrever a relação entre Literatura, Psicanálise e Filosofia.
  • Reconhecer os limites da Filosofia e da Psicanálise em relação à estética literária.
  • Interpretar obras literárias sob o viés psicanalítico e fisolófico.

Obra fundamental, “A interpretação dos sonhos” (1900).

Conceitos-chave: condensação, deslocamento, simbolismo e dramatização.

Freud rompe com a ligação antiga de sonho e profecia.

Os sonhos passam a ser particularidades do inconsciente.

Os sonhos revelam desejos reprimidos pela consciência.

Condensação: mecanismo de abreviação dos pensamentos latentes. Os sentidos são aglutinados em um único símbolo.

Deslocamento: Um desvio das intensidades dos valores psíquicos dos elementos que constituem os sonhos. Aspectos centrais aparecem de forma mais discreta e aspectos secundários aparecem com maior riqueza de detalhes.

Simbolismo: O inconsciente produz símbolos que constituem metáforas de pensamentos originais.

Dramatização: Encenação, operando na união de fragmentos oníricos condensados, deslocados e carregados de símbolos, conferindo-lhes um contexto e uma ambientação. É a contextualização de todos os elementos do sonho.

 Texto - “Literatura, Psicanálise e Filosofia”

A literatura não é invenção pura e simplesmente.

A Literatura como objeto cultural está muito além de ser um mero passatempo recreativo ou um “mero alimento para engrandecer a alma do encantado leitor”

O texto literário, nesse sentido, se confunde com o texto filosófico, pois o discurso literário não tem uma fronteira muito bem definida em relação ao discurso filosófico, tanto pelo conteúdo quanto pela forma.

No começo a teoria de Freud se chamava metapsicologia.

Buscava entender como funcionam as neuroses e a histeria.

Princípio do prazer (ou libido) - forma de energia biológica imanente à natureza humana, voltada à autopreservação do corpo e à satisfação das necessidades fisiológicas do organismo.

O que tem dominado a história humana até agora é a necessidade de trabalhar.

Essa necessidade significa que precisamos reprimir algumas das nossas tendências ao prazer e à satisfação.

Todo ser humano precisa sofrer repressão do “princípio do prazer” em favor do “princípio da realidade”.

A repressão pode ser excessiva e nos tornar em doentes.

Estamos dispostos a aceitar a repressão desde que ela nos dê algo em troca.

Neurose acontece quando as exigências que nos são feitas são excessivas.

Essa neurose é parte daquilo que em nós é criativo, sendo também parte da nossa infelicidade.

Uma maneira que podemos enfrentar os desejos que temos condições de satisfazer é sublimando-os, sublimação para Freud é dirigir os desejos para uma finalidade de maior valor social.

Sublimação: produção simbólica da frustração do prazer.

O complexo de Édipo é o início da moral, da consciência, do direito e de todas as formas de autoridade social e religiosa. Proibição real ou imaginária do incesto pelo pai simboliza toda autoridade superiorque será mais tarde encontrada.

A forma como vc se relaciona com o pai é a forma como vc se relaciona com toda e qualquer figura de autoridade.

O sujeito que surge do processo edípico é um sujeito DIVIDIDO, separado precariamente em consciente e inconsciente, e o inconsciente pode ressurgir a qualquer momento para persegui-lo.

O que rola na narrativa épica de “Édipo Rei” é a base da estrutura do psique humano.

Como o ser humano nasce sempre prematuro e dependente de sua mãe para tudo, o bebê tem sobre o corpo materno o entendimento de uma simbiose (relação mútua de sobrevivência).

O corpo da mãe torna-se a base do prazer oral e afetivo, sendo o primeiro objeto de prazer do ser humano.

Conforme vamos crescendo, vamos nos separando do corpo materno e adentrando o reino da cultura, por meio da aquisição da fala, da independência na alimentação, no contato com o outro.

O pai introduz a criança no mundo da cultura retirando-a do seu princípio básico de prazer.

O ser humano recalca o desejo pela mãe, abrindo mão desse estágio fundamental de conforto e proteção.

O recalque é um mecanismo de defesa da psique humana. O cérebro joga aquilo que é insuportável no esquecimento.

Passamos do estado de natureza para o estado de cultura.

Não é o pai em si quem tira a criança do princípio do prazer, mas é algo inerente à condição humana, que é a falta do corpo da mãe e da repressão do princípio do prazer para vivermos em sociedade.

A Literatura, a Filosofia e a Psicanálise não apresentam fronteiras bem estabelecidas, mas estão inter-relacionadas tanto pelo conteúdo quanto pela forma.

Platão dizia que na Literatura não prevalecia o real, mas a estética e a verossimilhança.

E a filosofia seria a busca pela verdade.

Mas no fim Platão não consegue separar tão bem as duas coisas.

A psicanálise foi concebida como 

Ao aplicar a teoria psicanalítica ao texto literário ou uma tese filosófica, sempre haverá perdas de sentido, distorções, falhas, buracos e incompletudes. Isso porque quando se modifica o objeto real, modificam-se também os problemas