O que aprendi no módulo 5
Citação de Charles de Sousa em agosto 22, 2025, 9:22 pmUnidade 5 - Literatura, psicanálise e filosofia
- Descrever a relação entre Literatura, Psicanálise e Filosofia.
- Reconhecer os limites da Filosofia e da Psicanálise em relação à estética literária.
- Interpretar obras literárias sob o viés psicanalítico e fisolófico.
Obra fundamental, “A interpretação dos sonhos” (1900).
Conceitos-chave: condensação, deslocamento, simbolismo e dramatização.
Freud rompe com a ligação antiga de sonho e profecia.
Os sonhos passam a ser particularidades do inconsciente.
Os sonhos revelam desejos reprimidos pela consciência.
Condensação: mecanismo de abreviação dos pensamentos latentes. Os sentidos são aglutinados em um único símbolo.
Deslocamento: Um desvio das intensidades dos valores psíquicos dos elementos que constituem os sonhos. Aspectos centrais aparecem de forma mais discreta e aspectos secundários aparecem com maior riqueza de detalhes.
Simbolismo: O inconsciente produz símbolos que constituem metáforas de pensamentos originais.
Dramatização: Encenação, operando na união de fragmentos oníricos condensados, deslocados e carregados de símbolos, conferindo-lhes um contexto e uma ambientação. É a contextualização de todos os elementos do sonho.
Texto - “Literatura, Psicanálise e Filosofia”
A literatura não é invenção pura e simplesmente.
A Literatura como objeto cultural está muito além de ser um mero passatempo recreativo ou um “mero alimento para engrandecer a alma do encantado leitor”
O texto literário, nesse sentido, se confunde com o texto filosófico, pois o discurso literário não tem uma fronteira muito bem definida em relação ao discurso filosófico, tanto pelo conteúdo quanto pela forma.
No começo a teoria de Freud se chamava metapsicologia.
Buscava entender como funcionam as neuroses e a histeria.
Princípio do prazer (ou libido) - forma de energia biológica imanente à natureza humana, voltada à autopreservação do corpo e à satisfação das necessidades fisiológicas do organismo.
O que tem dominado a história humana até agora é a necessidade de trabalhar.
Essa necessidade significa que precisamos reprimir algumas das nossas tendências ao prazer e à satisfação.
Todo ser humano precisa sofrer repressão do “princípio do prazer” em favor do “princípio da realidade”.
A repressão pode ser excessiva e nos tornar em doentes.
Estamos dispostos a aceitar a repressão desde que ela nos dê algo em troca.
Neurose acontece quando as exigências que nos são feitas são excessivas.
Essa neurose é parte daquilo que em nós é criativo, sendo também parte da nossa infelicidade.
Uma maneira que podemos enfrentar os desejos que temos condições de satisfazer é sublimando-os, sublimação para Freud é dirigir os desejos para uma finalidade de maior valor social.
Sublimação: produção simbólica da frustração do prazer.
O complexo de Édipo é o início da moral, da consciência, do direito e de todas as formas de autoridade social e religiosa. Proibição real ou imaginária do incesto pelo pai simboliza toda autoridade superiorque será mais tarde encontrada.
A forma como vc se relaciona com o pai é a forma como vc se relaciona com toda e qualquer figura de autoridade.
O sujeito que surge do processo edípico é um sujeito DIVIDIDO, separado precariamente em consciente e inconsciente, e o inconsciente pode ressurgir a qualquer momento para persegui-lo.
O que rola na narrativa épica de “Édipo Rei” é a base da estrutura do psique humano.
Como o ser humano nasce sempre prematuro e dependente de sua mãe para tudo, o bebê tem sobre o corpo materno o entendimento de uma simbiose (relação mútua de sobrevivência).
O corpo da mãe torna-se a base do prazer oral e afetivo, sendo o primeiro objeto de prazer do ser humano.
Conforme vamos crescendo, vamos nos separando do corpo materno e adentrando o reino da cultura, por meio da aquisição da fala, da independência na alimentação, no contato com o outro.
O pai introduz a criança no mundo da cultura retirando-a do seu princípio básico de prazer.
O ser humano recalca o desejo pela mãe, abrindo mão desse estágio fundamental de conforto e proteção.
O recalque é um mecanismo de defesa da psique humana. O cérebro joga aquilo que é insuportável no esquecimento.
Passamos do estado de natureza para o estado de cultura.
Não é o pai em si quem tira a criança do princípio do prazer, mas é algo inerente à condição humana, que é a falta do corpo da mãe e da repressão do princípio do prazer para vivermos em sociedade.
A Literatura, a Filosofia e a Psicanálise não apresentam fronteiras bem estabelecidas, mas estão inter-relacionadas tanto pelo conteúdo quanto pela forma.
Platão dizia que na Literatura não prevalecia o real, mas a estética e a verossimilhança.
E a filosofia seria a busca pela verdade.
Mas no fim Platão não consegue separar tão bem as duas coisas.
A psicanálise foi concebida como
Ao aplicar a teoria psicanalítica ao texto literário ou uma tese filosófica, sempre haverá perdas de sentido, distorções, falhas, buracos e incompletudes. Isso porque quando se modifica o objeto real, modificam-se também os problemas
Unidade 5 - Literatura, psicanálise e filosofia
- Descrever a relação entre Literatura, Psicanálise e Filosofia.
- Reconhecer os limites da Filosofia e da Psicanálise em relação à estética literária.
- Interpretar obras literárias sob o viés psicanalítico e fisolófico.
Obra fundamental, “A interpretação dos sonhos” (1900).
Conceitos-chave: condensação, deslocamento, simbolismo e dramatização.
Freud rompe com a ligação antiga de sonho e profecia.
Os sonhos passam a ser particularidades do inconsciente.
Os sonhos revelam desejos reprimidos pela consciência.
Condensação: mecanismo de abreviação dos pensamentos latentes. Os sentidos são aglutinados em um único símbolo.
Deslocamento: Um desvio das intensidades dos valores psíquicos dos elementos que constituem os sonhos. Aspectos centrais aparecem de forma mais discreta e aspectos secundários aparecem com maior riqueza de detalhes.
Simbolismo: O inconsciente produz símbolos que constituem metáforas de pensamentos originais.
Dramatização: Encenação, operando na união de fragmentos oníricos condensados, deslocados e carregados de símbolos, conferindo-lhes um contexto e uma ambientação. É a contextualização de todos os elementos do sonho.
Texto - “Literatura, Psicanálise e Filosofia”
A literatura não é invenção pura e simplesmente.
A Literatura como objeto cultural está muito além de ser um mero passatempo recreativo ou um “mero alimento para engrandecer a alma do encantado leitor”
O texto literário, nesse sentido, se confunde com o texto filosófico, pois o discurso literário não tem uma fronteira muito bem definida em relação ao discurso filosófico, tanto pelo conteúdo quanto pela forma.
No começo a teoria de Freud se chamava metapsicologia.
Buscava entender como funcionam as neuroses e a histeria.
Princípio do prazer (ou libido) - forma de energia biológica imanente à natureza humana, voltada à autopreservação do corpo e à satisfação das necessidades fisiológicas do organismo.
O que tem dominado a história humana até agora é a necessidade de trabalhar.
Essa necessidade significa que precisamos reprimir algumas das nossas tendências ao prazer e à satisfação.
Todo ser humano precisa sofrer repressão do “princípio do prazer” em favor do “princípio da realidade”.
A repressão pode ser excessiva e nos tornar em doentes.
Estamos dispostos a aceitar a repressão desde que ela nos dê algo em troca.
Neurose acontece quando as exigências que nos são feitas são excessivas.
Essa neurose é parte daquilo que em nós é criativo, sendo também parte da nossa infelicidade.
Uma maneira que podemos enfrentar os desejos que temos condições de satisfazer é sublimando-os, sublimação para Freud é dirigir os desejos para uma finalidade de maior valor social.
Sublimação: produção simbólica da frustração do prazer.
O complexo de Édipo é o início da moral, da consciência, do direito e de todas as formas de autoridade social e religiosa. Proibição real ou imaginária do incesto pelo pai simboliza toda autoridade superiorque será mais tarde encontrada.
A forma como vc se relaciona com o pai é a forma como vc se relaciona com toda e qualquer figura de autoridade.
O sujeito que surge do processo edípico é um sujeito DIVIDIDO, separado precariamente em consciente e inconsciente, e o inconsciente pode ressurgir a qualquer momento para persegui-lo.
O que rola na narrativa épica de “Édipo Rei” é a base da estrutura do psique humano.
Como o ser humano nasce sempre prematuro e dependente de sua mãe para tudo, o bebê tem sobre o corpo materno o entendimento de uma simbiose (relação mútua de sobrevivência).
O corpo da mãe torna-se a base do prazer oral e afetivo, sendo o primeiro objeto de prazer do ser humano.
Conforme vamos crescendo, vamos nos separando do corpo materno e adentrando o reino da cultura, por meio da aquisição da fala, da independência na alimentação, no contato com o outro.
O pai introduz a criança no mundo da cultura retirando-a do seu princípio básico de prazer.
O ser humano recalca o desejo pela mãe, abrindo mão desse estágio fundamental de conforto e proteção.
O recalque é um mecanismo de defesa da psique humana. O cérebro joga aquilo que é insuportável no esquecimento.
Passamos do estado de natureza para o estado de cultura.
Não é o pai em si quem tira a criança do princípio do prazer, mas é algo inerente à condição humana, que é a falta do corpo da mãe e da repressão do princípio do prazer para vivermos em sociedade.
A Literatura, a Filosofia e a Psicanálise não apresentam fronteiras bem estabelecidas, mas estão inter-relacionadas tanto pelo conteúdo quanto pela forma.
Platão dizia que na Literatura não prevalecia o real, mas a estética e a verossimilhança.
E a filosofia seria a busca pela verdade.
Mas no fim Platão não consegue separar tão bem as duas coisas.
A psicanálise foi concebida como
Ao aplicar a teoria psicanalítica ao texto literário ou uma tese filosófica, sempre haverá perdas de sentido, distorções, falhas, buracos e incompletudes. Isso porque quando se modifica o objeto real, modificam-se também os problemas