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O Supereu.

A culpa, enquanto vivenciada, sem a clareza de de sua origem, seja essa real -no sentido de denunciar atos incoerentes com os princípios e valores do indivíduo-, seja fantasiada -por um supereu que (se) julga fundamentado em imagens desejáveis e, possivelmente, inalcançáveis, frutos de uma relação narcísica com os primeiros olhares externos a determinar-lhe valor de sujeito/objeto ou de objeto sujeito a valoração-, pode provocar em quem as carrega, movimentos autodestrutivos cíclicos e repetitivos. Enquanto não se rompe esse espelho distorcido, a autopunição dá voltas em torno de si, com o intuito de ferir, mas ao mesmo tempo impedir que a dor seja intensa demais, crua demais, insuportável ou enlouquecedora a ponto de levar o culpado a  arrancar-se os olhos, como o fez Édipo.