Origem da psicanálise
A psicanálise é uma abordagem terapêutica que busca compreender e tratar os conflitos psíquicos que afetam o bem-estar emocional e mental das pessoas. A origem da psicanálise se dá no século XIX, a partir dos estudos da psique humana pelo médico Sigmund Freud, considerado o pai da psicanálise. Freud trabalhava no Hospital Geral de Viena, em 1881, quando começou a se interessar pelos casos de histeria, uma doença nervosa que causava sintomas físicos sem causa orgânica aparente. Freud foi a Paris para aprender sobre a hipnose, uma técnica usada pelo neurologista Jean-Martin Charcot para tratar os pacientes histéricos. De volta a Viena, Freud se associou ao médico Josef Breuer, que havia descoberto que era possível aliviar os sintomas da histeria fazendo os pacientes recordarem e verbalizarem suas experiências traumáticas. Esse método ficou conhecido como catarse. Freud aprimorou esse método, introduzindo a noção de inconsciente, que seria a parte da mente que guarda os desejos, sentimentos e memórias reprimidos. Freud também desenvolveu o conceito de libido, que seria a energia psíquica que impulsiona a vida sexual e afetiva das pessoas. Freud propôs que a personalidade humana é formada por três instâncias: o id, o ego e o superego. O id seria a fonte dos impulsos primitivos e inconscientes, que buscam a satisfação imediata. O ego seria a parte racional e consciente, que media as demandas do id e da realidade. O superego seria a parte moral e crítica, que representa as normas e valores internalizados da sociedade. Freud também elaborou a teoria do desenvolvimento psicossexual, que afirma que a personalidade se forma nas primeiras fases da vida, de acordo com a forma como a criança lida com a sua sexualidade. As fases seriam: oral, anal, fálica, latência e genital. Freud ainda criou o método da associação livre, que consiste em pedir ao paciente que fale tudo o que lhe vem à mente, sem censura ou julgamento. Esse método permite ao psicanalista acessar o inconsciente