Origem da Psicanálise
Essa primeira parte da formação foi muito esclarecedora a respeito da origem da psicanálise, desde o processo do abandono do método da hipnose até a inserção da livre como principal forma de atuação, o decorrer das construções teóricas também ficaram evidentes de tal forma que é possível compreender o processo de descoberta dos conceitos de consciência, a qual temos acesso, de pré-consciente e de um inconsciente profundo e obscuro, entendendo que este último funciona a partir de suas próprias leis. No intuito da examinação das estruturas internas e como elas afetam a vida, Freud também nos traz a tópica das instâncias referente ao Id, Ego e Supergo, sendo um o desejo primitivo, o segundo um mediador e o terceiro o representante da moral, nesses estudos surgiram também as questões de como atuam as resistências, as repressões e principalmente a sublimação, trazendo a tona o funcionamento do inconsciente juntamente com as demais estruturas que trabalham pra suportar a descoberta do que fica tão bem escondido e reprimido.
No que diz respeito a psicanálise e a cultura fica explícita a ligação direta com nossa atual logística de vida baseada no consumo, diga-se capitalismo, em busca de suprir a falta de não se sabe o quê, o vazio que se nega, o sofrimento pra o qual o sujeito não quer estar voltado, em prol de uma vivência que tenta encobrir esse buraco, profundo e obscuro, nos ofertado enquanto coisas aprisionadas em nosso inconsciente onde está o conhecimento necessário para o saber sobre esse sofrimento. Em suma vive-se numa corrida de consumo como se este, por sua vez, fosse a base da felicidade utópica estabelecida socialmente que tenta apagar constantemente os sujeitos enquanto seres continuamente faltantes.