OS OBJETOS PERDIDOS NA FASE EM QUE AS INSCRIÇÕES DO EU AINDA SÃO TRAÇOS
Citação de Joao Jose Klein em julho 20, 2025, 9:39 pmNa fase em que as inscrições do eu são traços ocorre o que Freud denominou de inaugural ou primordial. O recém nascido encontra-se no estado de desamparo inicial que é a abertura à estruturação do psiquismo, observando-se um desencontro entre este desamparo, o estado de urgência e o objeto original que se perdeu.
Penso que à primeira vista, em um parágrafo destes, pode causar espécie a colocação: "o objeto inicial que se perdeu".
Primeiramente, o objeto não precisa ser algo real e tangível, como o seio materno, uma chupeta ou uma mamadeira, podendo ser, também, simbólico, como uma voz, o amor de um ente querido, etc. O recém nascido, a princípio, perde o contato total com o corpo materno (calor, batimento cardíaco, alimento que são objetos - sendo a primeira perda vivida). Este objeto perdido é irrecuperável e ao longo da vida será buscada uma forma de substituição.
Em seguida, temos que esse objeto inicial perdido marca o início do desejo e da subjetividade.
E, finalmente, essa perda é constitutiva do psiquismo: o sujeito passa a se estruturar a partir da falta, buscando em novos objetos, pessoas, relações, etc, algo que jamais será idêntico ao original.
Na fase em que as inscrições do eu são traços ocorre o que Freud denominou de inaugural ou primordial. O recém nascido encontra-se no estado de desamparo inicial que é a abertura à estruturação do psiquismo, observando-se um desencontro entre este desamparo, o estado de urgência e o objeto original que se perdeu.
Penso que à primeira vista, em um parágrafo destes, pode causar espécie a colocação: "o objeto inicial que se perdeu".
Primeiramente, o objeto não precisa ser algo real e tangível, como o seio materno, uma chupeta ou uma mamadeira, podendo ser, também, simbólico, como uma voz, o amor de um ente querido, etc. O recém nascido, a princípio, perde o contato total com o corpo materno (calor, batimento cardíaco, alimento que são objetos - sendo a primeira perda vivida). Este objeto perdido é irrecuperável e ao longo da vida será buscada uma forma de substituição.
Em seguida, temos que esse objeto inicial perdido marca o início do desejo e da subjetividade.
E, finalmente, essa perda é constitutiva do psiquismo: o sujeito passa a se estruturar a partir da falta, buscando em novos objetos, pessoas, relações, etc, algo que jamais será idêntico ao original.