Principais matrizes teóricas da psicologia social
Citação de Glauberjaza em outubro 18, 2024, 12:33 pmNa Psicanálise Lacaniana , os registros do Imaginário , Simbólico e Real são fundamentais para a compreensão da constituição do sujeito e sua relação com a realidade. Esses três registros organizaram a experiência subjetiva e têm uma relação direta com a maneira como as imagens são percebidas e interpretadas. Quando esses registros estão relacionados aos paradigmas da imagem , torna-se possível explorar como a psicanálise interpretar a imagem como uma representação ou aproximação do Real.
Registros da Psicanálise: Imaginário, Simbólico e Real
- O Imaginário : O Imaginário é o campo das imagens , da percepção e das identificações. Ele está diretamente ligado à construção da identidade e à maneira como o sujeito se vê no mundo. Na famosa teoria da fase do espelho de Lacan, a criança identifica-se com sua imagem refletida no espelho e cria uma percepção de si como um “eu” coeso. O Imaginário, portanto, está relacionado à formação do ego e à idealização da imagem de si mesmo. No entanto, essa imagem não é necessariamente verdadeira, mas uma construção ilusória e narcísica.
- O Simbólico : O Simbólico é o domínio da linguagem , das regras e normas sociais. Ele organiza o mundo do sujeito através de significados (palavras) que mediam a experiência. No registro Simbólico, o sujeito é inserido em uma rede de significados sociais que regulam seu comportamento e desejos. Através da linguagem, o sujeito expressa suas demandas e tenta se situar em relação à realidade. O Simbólico é essencial para a compreensão e comunicação, mas também impõe limites, uma vez que a linguagem nunca consegue capturar completamente a totalidade da experiência subjetiva.
- O Real : O Real, na perspectiva lacaniana, é aquilo que não pode ser simbolizado nem capturado pelo Imaginário. Ele está fora do campo da linguagem e da percepção e se refere ao aquilo que é irrepresentável, ao que escapa à nossa compreensão. O Real é, portanto, o que perturba ou desestrutura o sujeito, como o trauma ou o desejo impossível de ser satisfeito. O Real é o último limite da experiência humana, algo que não pode ser totalmente compreendido ou expresso.
Três Paradigmas da Imagem e os Registros da Psicanálise
- Imagem como Reflexo (Imaginário) : No paradigma da imagem como reflexo, ela é vista como uma representação direta ou espelho da realidade. Este conceito está intimamente ligado ao registro do Imaginário na psicanálise. Assim como o sujeito se confirma no espelho na fase do espelho de Lacan, a imagem-reflexo oferece uma sensação de coerência e identidade , mas é, ao mesmo tempo, uma ilusão. A imagem não reflete a verdade essencial do sujeito ou da realidade, mas uma idealização. O Imaginário, portanto, é limitado à aparência e à projeção, mas não captura o Real.
- Imagem como Signo (Simbólico) : Neste paradigma, a imagem é entendida como um signo que precisa ser interpretado. Ela está inserida em um sistema de significados, ou seja, ela faz parte de uma rede de significados. Esse paradigma está relacionado diretamente com o registro Simbólico da psicanálise, que é o campo da linguagem e da representação. A imagem não tem um significado inerente a si mesma, mas adquire sentido através das regras e convenções culturais que a organizam. Nesse sentido, a imagem como signo funciona como um elemento dentro do sistema simbólico, onde o sujeito encontra sua posição na sociedade por meio da linguagem e da interpretação.
- Imagem como Traço do Real : Aqui, a imagem não é apenas uma representação ou signo, mas um traço do Real — algo que aponta para o que está além da linguagem e do simbolismo. Este paradigma se aproxima do registro do Real, na medida em que a imagem pode tocar aquilo que não pode ser plenamente simbolizado. A imagem, nesse caso, faz surgir algo de perturbador ou indizível, algo que rompe com a lógica simbólica e expõe o sujeito ao desconhecido. Um exemplo disso seria a fotografia de um trauma, que, embora capturado, nunca pode ser completamente descrito ou interpretado dentro das estruturas simbólicas. A imagem, aqui, aproxima-se do Real na medida em que revela o impossível de ser simbolizado.
A Imagem como Representação ou Aproximação do Real
A imagem, sob o ponto de vista psicanalítico, pode ser tanto uma representação quanto uma aproximação do Real, dependendo do registro em que ela é evidenciada.
- No Imaginário, a imagem é principalmente uma representação ilusória . Ela cria uma aparência que o sujeito toma como real, mas que na verdade é baseada em identificações idealizadas. A imagem, nesse caso, é mascara o Real.
- No Simbólico, a imagem é um significativo , uma parte de um sistema de significação. Ela serve para organizar e representar a realidade de acordo com as regras e convenções da linguagem, mas nunca captura completamente o Real, pois a linguagem é limitada em relação ao que é inefável.
- No Real, a imagem se aproxima de uma ruptura , onde o que é representado desafia as capacidades do sujeito de simbolizar. A imagem pode apontar para o que não pode ser dito, para o que escapa à compreensão, mas que ainda assim diz respeito ao sujeito de maneira profunda.
Conclusão
Os registros do Imaginário, Simbólico e Real, na psicanálise, oferecem um arcabouço para compreender as diferentes formas de interação do sujeito com a imagem. No Imaginário, a imagem é uma ilusão que fornece identidade e coerência, mas que não captura a verdade profunda do sujeito. No Simbólico, a imagem é um signo inserido na rede da linguagem e dos significados sociais, sendo interpretada dentro dessa lógica. Já no Real, a imagem se torna uma aproximação de algo inefável, de um trauma ou desejo impossível de ser plenamente simbolizado.
A imagem, portanto, pode ser uma representação eficaz de partes da realidade, mas, ao mesmo tempo, aponta para os limites da nossa compreensão e para aquilo que nunca poderá ser completamente compreendido: o Real.
Na Psicanálise Lacaniana , os registros do Imaginário , Simbólico e Real são fundamentais para a compreensão da constituição do sujeito e sua relação com a realidade. Esses três registros organizaram a experiência subjetiva e têm uma relação direta com a maneira como as imagens são percebidas e interpretadas. Quando esses registros estão relacionados aos paradigmas da imagem , torna-se possível explorar como a psicanálise interpretar a imagem como uma representação ou aproximação do Real.
Registros da Psicanálise: Imaginário, Simbólico e Real
- O Imaginário : O Imaginário é o campo das imagens , da percepção e das identificações. Ele está diretamente ligado à construção da identidade e à maneira como o sujeito se vê no mundo. Na famosa teoria da fase do espelho de Lacan, a criança identifica-se com sua imagem refletida no espelho e cria uma percepção de si como um “eu” coeso. O Imaginário, portanto, está relacionado à formação do ego e à idealização da imagem de si mesmo. No entanto, essa imagem não é necessariamente verdadeira, mas uma construção ilusória e narcísica.
- O Simbólico : O Simbólico é o domínio da linguagem , das regras e normas sociais. Ele organiza o mundo do sujeito através de significados (palavras) que mediam a experiência. No registro Simbólico, o sujeito é inserido em uma rede de significados sociais que regulam seu comportamento e desejos. Através da linguagem, o sujeito expressa suas demandas e tenta se situar em relação à realidade. O Simbólico é essencial para a compreensão e comunicação, mas também impõe limites, uma vez que a linguagem nunca consegue capturar completamente a totalidade da experiência subjetiva.
- O Real : O Real, na perspectiva lacaniana, é aquilo que não pode ser simbolizado nem capturado pelo Imaginário. Ele está fora do campo da linguagem e da percepção e se refere ao aquilo que é irrepresentável, ao que escapa à nossa compreensão. O Real é, portanto, o que perturba ou desestrutura o sujeito, como o trauma ou o desejo impossível de ser satisfeito. O Real é o último limite da experiência humana, algo que não pode ser totalmente compreendido ou expresso.
Três Paradigmas da Imagem e os Registros da Psicanálise
- Imagem como Reflexo (Imaginário) : No paradigma da imagem como reflexo, ela é vista como uma representação direta ou espelho da realidade. Este conceito está intimamente ligado ao registro do Imaginário na psicanálise. Assim como o sujeito se confirma no espelho na fase do espelho de Lacan, a imagem-reflexo oferece uma sensação de coerência e identidade , mas é, ao mesmo tempo, uma ilusão. A imagem não reflete a verdade essencial do sujeito ou da realidade, mas uma idealização. O Imaginário, portanto, é limitado à aparência e à projeção, mas não captura o Real.
- Imagem como Signo (Simbólico) : Neste paradigma, a imagem é entendida como um signo que precisa ser interpretado. Ela está inserida em um sistema de significados, ou seja, ela faz parte de uma rede de significados. Esse paradigma está relacionado diretamente com o registro Simbólico da psicanálise, que é o campo da linguagem e da representação. A imagem não tem um significado inerente a si mesma, mas adquire sentido através das regras e convenções culturais que a organizam. Nesse sentido, a imagem como signo funciona como um elemento dentro do sistema simbólico, onde o sujeito encontra sua posição na sociedade por meio da linguagem e da interpretação.
- Imagem como Traço do Real : Aqui, a imagem não é apenas uma representação ou signo, mas um traço do Real — algo que aponta para o que está além da linguagem e do simbolismo. Este paradigma se aproxima do registro do Real, na medida em que a imagem pode tocar aquilo que não pode ser plenamente simbolizado. A imagem, nesse caso, faz surgir algo de perturbador ou indizível, algo que rompe com a lógica simbólica e expõe o sujeito ao desconhecido. Um exemplo disso seria a fotografia de um trauma, que, embora capturado, nunca pode ser completamente descrito ou interpretado dentro das estruturas simbólicas. A imagem, aqui, aproxima-se do Real na medida em que revela o impossível de ser simbolizado.
A Imagem como Representação ou Aproximação do Real
A imagem, sob o ponto de vista psicanalítico, pode ser tanto uma representação quanto uma aproximação do Real, dependendo do registro em que ela é evidenciada.
- No Imaginário, a imagem é principalmente uma representação ilusória . Ela cria uma aparência que o sujeito toma como real, mas que na verdade é baseada em identificações idealizadas. A imagem, nesse caso, é mascara o Real.
- No Simbólico, a imagem é um significativo , uma parte de um sistema de significação. Ela serve para organizar e representar a realidade de acordo com as regras e convenções da linguagem, mas nunca captura completamente o Real, pois a linguagem é limitada em relação ao que é inefável.
- No Real, a imagem se aproxima de uma ruptura , onde o que é representado desafia as capacidades do sujeito de simbolizar. A imagem pode apontar para o que não pode ser dito, para o que escapa à compreensão, mas que ainda assim diz respeito ao sujeito de maneira profunda.
Conclusão
Os registros do Imaginário, Simbólico e Real, na psicanálise, oferecem um arcabouço para compreender as diferentes formas de interação do sujeito com a imagem. No Imaginário, a imagem é uma ilusão que fornece identidade e coerência, mas que não captura a verdade profunda do sujeito. No Simbólico, a imagem é um signo inserido na rede da linguagem e dos significados sociais, sendo interpretada dentro dessa lógica. Já no Real, a imagem se torna uma aproximação de algo inefável, de um trauma ou desejo impossível de ser plenamente simbolizado.
A imagem, portanto, pode ser uma representação eficaz de partes da realidade, mas, ao mesmo tempo, aponta para os limites da nossa compreensão e para aquilo que nunca poderá ser completamente compreendido: o Real.