Principais Matrizes Teóricas da Psicologia Social
Citação de Feliperf em setembro 14, 2025, 7:28 pmA psicologia social é uma disciplina que investiga como os pensamentos, sentimentos e comportamentos dos indivíduos são influenciados pela presença real, imaginada ou simbólica dos outros. Desde suas origens, ela se desenvolveu em duas vertentes principais: a psicológica, que foca nos processos mentais individuais em contextos sociais, e a sociológica, que analisa como as estruturas sociais moldam o comportamento humano.
Na vertente sociológica, Émile Durkheim foi um dos pioneiros ao afirmar que os “fatos sociais” — normas, valores, instituições — existem fora do indivíduo, mas exercem uma força coercitiva sobre ele. Já Serge Moscovici introduziu o conceito de representações sociais, mostrando como o conhecimento coletivo influencia a forma como percebemos o mundo. Lesin e Brühl, por sua vez, contribuíram com reflexões sobre os vínculos entre cultura, linguagem e subjetividade, ampliando o entendimento das dinâmicas grupais e da construção da identidade.
Na vertente psicológica, a psicanálise de Freud teve papel fundamental ao revelar que o inconsciente não é apenas individual, mas também social. Freud via os grupos como espaços de regressão, onde o indivíduo se identifica com líderes e pares, muitas vezes renunciando ao seu superego. Lacan, posteriormente, aprofundou essa visão ao propor que o sujeito é constituído pela linguagem e pelo desejo do Outro, sendo o social uma estrutura simbólica que molda o inconsciente.
É nesse contexto que podemos inserir a ideia da “Piscamáscara” — uma metáfora que representa os mecanismos psíquicos que o sujeito utiliza para se apresentar ao mundo social. Na psicanálise, essa “máscara” pode ser entendida como um conjunto de defesas inconscientes (recalque, negação, projeção) que protegem o ego de conteúdos dolorosos. Também pode ser vista como o “semblante”, conceito lacaniano que designa aquilo que o sujeito mostra ao outro como representação de si, ocultando o real. A Piscamáscara, portanto, é a interface entre o sujeito e o mundo, uma ficção necessária para existir socialmente, mas que também limita o acesso ao desejo autêntico.
Hoje, a psicologia social se debruça sobre temas como identidade, preconceito, influência das mídias, relações de poder e construção de subjetividades. Ela dialoga com questões de gênero, raça, classe e tecnologia, buscando compreender como os indivíduos se posicionam em um mundo cada vez mais interconectado e mediado por algoritmos.
No futuro, espera-se que a psicologia social se torne ainda mais interdisciplinar, incorporando elementos da neurociência, da filosofia e da análise crítica da cultura. O impacto das redes sociais, da inteligência artificial e das realidades virtuais sobre a formação do eu e das relações humanas será um campo fértil para novas investigações.
Assim, a psicologia social — seja pela lente da psicanálise, da sociologia ou da psicologia cognitiva — continua sendo uma ferramenta poderosa para entender como o sujeito se constrói e se transforma em meio às forças invisíveis que o cercam.
A psicologia social é uma disciplina que investiga como os pensamentos, sentimentos e comportamentos dos indivíduos são influenciados pela presença real, imaginada ou simbólica dos outros. Desde suas origens, ela se desenvolveu em duas vertentes principais: a psicológica, que foca nos processos mentais individuais em contextos sociais, e a sociológica, que analisa como as estruturas sociais moldam o comportamento humano.
Na vertente sociológica, Émile Durkheim foi um dos pioneiros ao afirmar que os “fatos sociais” — normas, valores, instituições — existem fora do indivíduo, mas exercem uma força coercitiva sobre ele. Já Serge Moscovici introduziu o conceito de representações sociais, mostrando como o conhecimento coletivo influencia a forma como percebemos o mundo. Lesin e Brühl, por sua vez, contribuíram com reflexões sobre os vínculos entre cultura, linguagem e subjetividade, ampliando o entendimento das dinâmicas grupais e da construção da identidade.
Na vertente psicológica, a psicanálise de Freud teve papel fundamental ao revelar que o inconsciente não é apenas individual, mas também social. Freud via os grupos como espaços de regressão, onde o indivíduo se identifica com líderes e pares, muitas vezes renunciando ao seu superego. Lacan, posteriormente, aprofundou essa visão ao propor que o sujeito é constituído pela linguagem e pelo desejo do Outro, sendo o social uma estrutura simbólica que molda o inconsciente.
É nesse contexto que podemos inserir a ideia da “Piscamáscara” — uma metáfora que representa os mecanismos psíquicos que o sujeito utiliza para se apresentar ao mundo social. Na psicanálise, essa “máscara” pode ser entendida como um conjunto de defesas inconscientes (recalque, negação, projeção) que protegem o ego de conteúdos dolorosos. Também pode ser vista como o “semblante”, conceito lacaniano que designa aquilo que o sujeito mostra ao outro como representação de si, ocultando o real. A Piscamáscara, portanto, é a interface entre o sujeito e o mundo, uma ficção necessária para existir socialmente, mas que também limita o acesso ao desejo autêntico.
Hoje, a psicologia social se debruça sobre temas como identidade, preconceito, influência das mídias, relações de poder e construção de subjetividades. Ela dialoga com questões de gênero, raça, classe e tecnologia, buscando compreender como os indivíduos se posicionam em um mundo cada vez mais interconectado e mediado por algoritmos.
No futuro, espera-se que a psicologia social se torne ainda mais interdisciplinar, incorporando elementos da neurociência, da filosofia e da análise crítica da cultura. O impacto das redes sociais, da inteligência artificial e das realidades virtuais sobre a formação do eu e das relações humanas será um campo fértil para novas investigações.
Assim, a psicologia social — seja pela lente da psicanálise, da sociologia ou da psicologia cognitiva — continua sendo uma ferramenta poderosa para entender como o sujeito se constrói e se transforma em meio às forças invisíveis que o cercam.