Principais Matrizes Teóricas da Psicologia Social
Citação de DIEGO BONIFACIO em dezembro 2, 2025, 11:53 pmA Psicologia Social é um campo que cresce sempre que o ser humano se encontra com o outro. Por isso, suas matrizes teóricas vão se multiplicando conforme as formas de viver, conviver e significar o mundo também se transformam. Hoje, podemos olhar para cinco grandes e influentes matrizes que estruturam o campo de maneira contemporânea.
A matriz sociopsicológica clássica continua sendo um dos pilares. Nela, o foco está nos processos cognitivos, afetivos e comportamentais que emergem da interação entre indivíduo e grupo. Fenômenos como atitudes, estereótipos, persuasão, conformidade e influência social ainda são centrais para compreender como cada pessoa negocia, diariamente, seus desejos com as expectativas do ambiente.
A matriz sociológica permanece fundamental, mas hoje ganha novas camadas. Ela destaca que não existe sujeito fora das forças sociais que o moldam — instituições, desigualdades, papéis sociais e normas coletivas. É a perspectiva que lembra que comportamento não é apenas “escolha pessoal”, mas também fruto da cultura, da classe social, das políticas e dos discursos que nos atravessam.
Já a matriz histórico-cultural, inspirada principalmente em Vygotsky e desenvolvida por diversas correntes latino-americanas, compreende o sujeito como alguém que se constitui na linguagem, na história e nas práticas compartilhadas. Aqui, a Psicologia Social olha para o cotidiano, para as significações, para aquilo que cada pessoa cria e recria em seu contexto. É uma matriz que conversa muito com a vida real, com as ruas, com as relações e com as narrativas sociais.
A partir da segunda metade do século XX, emergiu com força a matriz crítica, que questiona as estruturas de poder, desigualdade, opressão e ideologia. Influenciada pela Teoria Crítica, pelo marxismo, pelo feminismo, pelos estudos decoloniais e por movimentos sociais, essa matriz rejeita a ideia de neutralidade e coloca o psicólogo social diante do compromisso ético de transformar realidades injustas. Aqui, o sujeito é pensado dentro das tramas do poder — e também como agente de resistência.
Por fim, uma das matrizes mais contemporâneas é a Psicologia Social Discursiva e Construcionista, que entende que a realidade social é produzida pela linguagem. Ou seja, não apenas descrevemos o mundo: nós criamos o mundo quando falamos, nomeamos, narramos e interpretamos. Essa matriz analisa conversas, discursos, práticas linguísticas, mostrando como identidades e relações são constantemente construídas e reconstruídas nas palavras e nos encontros.
Essas matrizes não competem entre si. Elas se iluminam mutuamente e ajudam a perceber que o humano é complexo demais para caber em uma única lente. Juntas, elas revelam que somos feitos de histórias, estruturas, afetos, discursos e possibilidades — e que a Psicologia Social, em sua diversidade, é justamente o espaço onde tudo isso se encontra.
A Psicologia Social é um campo que cresce sempre que o ser humano se encontra com o outro. Por isso, suas matrizes teóricas vão se multiplicando conforme as formas de viver, conviver e significar o mundo também se transformam. Hoje, podemos olhar para cinco grandes e influentes matrizes que estruturam o campo de maneira contemporânea.
A matriz sociopsicológica clássica continua sendo um dos pilares. Nela, o foco está nos processos cognitivos, afetivos e comportamentais que emergem da interação entre indivíduo e grupo. Fenômenos como atitudes, estereótipos, persuasão, conformidade e influência social ainda são centrais para compreender como cada pessoa negocia, diariamente, seus desejos com as expectativas do ambiente.
A matriz sociológica permanece fundamental, mas hoje ganha novas camadas. Ela destaca que não existe sujeito fora das forças sociais que o moldam — instituições, desigualdades, papéis sociais e normas coletivas. É a perspectiva que lembra que comportamento não é apenas “escolha pessoal”, mas também fruto da cultura, da classe social, das políticas e dos discursos que nos atravessam.
Já a matriz histórico-cultural, inspirada principalmente em Vygotsky e desenvolvida por diversas correntes latino-americanas, compreende o sujeito como alguém que se constitui na linguagem, na história e nas práticas compartilhadas. Aqui, a Psicologia Social olha para o cotidiano, para as significações, para aquilo que cada pessoa cria e recria em seu contexto. É uma matriz que conversa muito com a vida real, com as ruas, com as relações e com as narrativas sociais.
A partir da segunda metade do século XX, emergiu com força a matriz crítica, que questiona as estruturas de poder, desigualdade, opressão e ideologia. Influenciada pela Teoria Crítica, pelo marxismo, pelo feminismo, pelos estudos decoloniais e por movimentos sociais, essa matriz rejeita a ideia de neutralidade e coloca o psicólogo social diante do compromisso ético de transformar realidades injustas. Aqui, o sujeito é pensado dentro das tramas do poder — e também como agente de resistência.
Por fim, uma das matrizes mais contemporâneas é a Psicologia Social Discursiva e Construcionista, que entende que a realidade social é produzida pela linguagem. Ou seja, não apenas descrevemos o mundo: nós criamos o mundo quando falamos, nomeamos, narramos e interpretamos. Essa matriz analisa conversas, discursos, práticas linguísticas, mostrando como identidades e relações são constantemente construídas e reconstruídas nas palavras e nos encontros.
Essas matrizes não competem entre si. Elas se iluminam mutuamente e ajudam a perceber que o humano é complexo demais para caber em uma única lente. Juntas, elas revelam que somos feitos de histórias, estruturas, afetos, discursos e possibilidades — e que a Psicologia Social, em sua diversidade, é justamente o espaço onde tudo isso se encontra.
