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Principais matrizes teoricas da psicologia social

O estudo do ego e dos mecanismos de defesa, de acordo com a teoria psicanalítica de Sigmund Freud, oferece várias lições valiosas sobre o funcionamento da mente humana e o enfrentamento de conflitos psicológicos. Aqui estão algumas lições resumidas:

  1. Estrutura da Mente:
    • O ego é uma parte fundamental da estrutura mental, atuando como mediador entre as demandas impulsivas do id e as pressões morais do superego. Entender essa dinâmica é crucial para compreender o comportamento humano.
  2. Conflitos Psicológicos:
    • O ego enfrenta constantes conflitos entre as demandas opostas do id, que busca satisfação imediata, e do superego, que representa normas morais internalizadas. Esses conflitos são inerentes à experiência humana.
  3. Mecanismos de Defesa:
    • Os mecanismos de defesa são estratégias psicológicas inconscientes adotadas pelo ego para lidar com ansiedades e proteger-se contra ameaças. Reconhecer esses mecanismos é essencial para compreender como as pessoas lidam com o estresse emocional.
  4. Repressão e Inconsciente:
    • A repressão, um mecanismo de defesa fundamental, envolve o empurrar de pensamentos, desejos ou memórias dolorosas para o inconsciente. Compreender a dinâmica do inconsciente e seu impacto nas experiências conscientes é crucial.
  5. Adaptação à Realidade:
    • O ego desempenha um papel vital na adaptação à realidade, avaliando as demandas do id à luz das circunstâncias externas. Isso destaca a importância da percepção realista e da tomada de decisões eficazes.
  6. Compreensão do Comportamento:
    • O estudo do ego e dos mecanismos de defesa fornece insights sobre por que as pessoas podem agir de maneiras aparentemente contraditórias ou irracionais. Muitos comportamentos podem ser entendidos como estratégias do ego para lidar com conflitos internos.
  7. Autoconhecimento e Desenvolvimento Pessoal:
    • O entendimento desses conceitos psicanalíticos pode facilitar o autoconhecimento, permitindo que as pessoas reconheçam padrões de comportamento, compreendam melhor suas motivações e, potencialmente, trabalhem na resolução de conflitos internos.
  8. Aplicação Clínica:
    • Na prática clínica, compreender o ego e os mecanismos de defesa é crucial para psicólogos e terapeutas, pois fornece uma base teórica para entender as dinâmicas psicológicas subjacentes e orientar a psicoterapia.

Essas lições ajudam a iluminar aspectos importantes da psicologia humana, oferecendo uma estrutura para a compreensão das complexidades mentais e emocionais que influenciam o comportamento.

O Real, Simbólico e Imaginário. Na psicanálise, à medida que a pessoa vai falando, vai descobrindo mais sobre ela mesma, então a linguagem é essencial e a psicanálise pode ajudar na hora de entender essa linguagem.

À medida que o sujeito vai falando ele vai se conhecendo e também percebendo o modo como ele funciona, o modo como ele foi estabelecendo certos compromissos com aquilo que na vida se apresenta como uma patologia, ou seja, como um determinado sintoma.

Mario Antonio Coutinho Jorge, na obra Fundamentos da Psicanálise: De Freud a Lacan (RJ: Zahar, 2000), propõe a seguinte compreensão:

  • Real = não sentido, lugar do ser. Isto é, o real atravessa nossa psique, mas não é inequivocamente formulado em palavras, é algo do mundo físico ou orgânico, no máximo o percebemos; não por acaso alguns autores aproximam este elemento ao id freudiano.
  • Imaginário = sentido, lugar do eu. Ou seja, o imaginário é o lugar do “eu”, não à toa associado muitas vezes ao ego da teoria de Freud. O imaginário é o lugar do sentido (um sentido) porque o “eu” se firma a partir do significado que atribui a si e a fatores externos, o lugar de suas ideias, crenças, defesas, resistências.
  • Simbólico = duplo sentido, lugar do sujeito (ou até mesmo: múltiplos sentidos). Isto é, o simbólico é o lugar do discurso e da formação do(s) sujeito(s). Então, demanda a interação entre psiques, no mundo social, pela linguagem e na linguagem. Até por haver a dimensão do social, há quem compare a dimensão lacaniana do simbólico ao superego de Freud.

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