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Principais Matrizes Teóricas da Psicologia Social

A Psicologia social teve sua emergência em solo norte-americano no século XX. O behaviorismo tornou-se hegemônico por volta dos anos 30, e proporcionou o surgimento de uma compreensão individualizante do socius, por entender que a psicologia dos indivíduos serviria para compreender a sociedade. A imigração dos pensadores gestaltistas, em decorrência da ascensão de Hitler, foi o estopim para o surgimento de uma psicologia social cognitivista que, como a behaviorista, mantinha uma postura individualizante, experimentalista e a-histórica, mantendo uma distinção entre indivíduo e sociedade. A Psicologia social passou a ser compreendida como o estudo das interações humanas e debruçou-se sobre os problemas relativos às atitudes e aos valores, que podiam ser negativos, como o preconceito, ou positivos, como a liderança. Outro foco bastante abordado pela psicologia social norteamericana foi o funcionamento do grupo como dispositivo de produtividade, seguindo as demandas do capitalismo avançado daquele país.

Essa teoria tornou-se hegemônica após a Segunda Guerra Mundial, devido aos planos de reestruturação das universidades europeias e japonesas e pelo amplo desenvolvimento das pesquisas nos Estados Unidos. No entanto, nos anos 70, essa hegemonia começou a ser abalada pelos questionamentos de psicólogos latinoamericanos, ao afirmarem que os modelos teóricos estadunidenses não condiziam com a realidade dos povos de seus países. No Brasil, tal abalo desencadeou uma crise de paradigmas que acabou por firmar na Psicologia social do País a perspectiva sociológica, que primava pelo compromisso com a população e com suas respectivas mazelas.

Como consequência, observamos hoje um quadro bastante influenciado pela teoria crítica, pela representação social e pelas teorias das instituições, que caracterizam algumas diferenças e semelhanças na área.