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Principais Matrizes Teóricas da Psicologia Social

A psicologia social é o entendimento da relação sujeito e sociedade, buscando compreender os indivíduos, que possuem um a história particular, um aparato biológico e sua relação com a sociedade. Os três tipos de psicologia social são:

Psicologia social psicológica: analisa o modo de ser dos indivíduos com relação aos demais, mesmo que o entro não seja concreto, real, produzindo conteúdos a partir da imaginação, bem como as influencias provenientes dessa relação.

Psicologia social sociológica: busca na experiência social vivenciada pelo indivíduo, nos grupos sociais nos quais esta inserido uma compreensão acerca dos fenômenos que os cercam.

Psicologia social crítica ou histórico crítica: diferentes posturas teóricas estão envolvidas para uma melhor compreensão em torno da psicologia social que se delineia na atualidade, como o socioconstucionismo e a psicologia discursiva. Lança olhar sobre os atravessamentos que conduzem os acontecimentos e comportamentos através de vivencias sociais.

A psicologia social foi além das explicações reducionistas com abordagem nos fatores externos, que concebia o indivíduo como organismo que interage com um meio respondendo a estímulos e sendo modelado pelo mundo externo com explicações que se limitavam as questões neurológicas e psicológicas, tais explicações conduzem a naturalização dos comportamentos e  retiram a capacidade de criar e transformar.

O pensamento que compreende o indivíduo como criativo e transformador está incutido nas propostas da teoria das relações sociais, construindo uma abordagem a partir de analises do viés sociológico com ênfase na realidade social, deixando de lado a ciência mecanista e fazendo uso da ciência relativista.

ALGUMAS CORRENTES TEÓRICAS DA PSICOLOGIA SOCIAL E SEUS PRINCIPAIS PENSADORES.

Em Durkheim (1895), o conceito de representações coletivas fez da sociedade um corpo relativo e histórico. Para ele a representações derivam da relação e dos lações sociais, sendo assim o pensamento social atua sobre o pensamento individual, muitas vezes o influenciando.

Em Moscovici (1978), as representações puderam, sobretudo, abordar as práticas sociais, atribuindo sentido e retirando o viés irracional. É uma composição que o indivíduo faz para entender o mundo e para se comunicar, e dessa forma se expressar como uma teoria, se ocupa essencialmente com a interação entre sujeito e objeto. Se aproxima tanto como produto quanto como processo. Envolve dois processos formadores:

A ancoragem – envolve e integração cognitiva do objeto, tornando familiar o conceito ou objeto representado.

A objetivação – torna real um esquema conceptual, que se de uma imagem uma contrapartida material.

Em Lévy-Bruhl (1947), destaca-se o conceito de mentalidade primitiva, que articula as funções básicas do processamento cognitivo (memória, abstração, generalização e classificação) para a construção de representações coletivas. Apresentam condutas próprias e autônomas das leis da psicologia fundadas sobre a análise do sujeito individual.

Freud destaca a libido e o amor como forças que unem a massa, junto a necessidade que tem um indivíduo de um outro. Existe uma relação analógica entre o que se passou no individuo e o que se passou na constituição de uma massa, o que nos leva a pensar sobre o vinculo estabelecido entre a massa e o indivíduo.

Jung formulou uma teoria que incluía tanto inconsciente pessoal quanto o coletivo. O inconsciente pessoal é composto de memorias esquecidas, experiências reprimidas e percepções subliminares é semelhante ao conceito de inconsciente de Freud. O inconsciente coletivo, que resulta das experiências comuns a todas as pessoas, também inclui material de nossa genealogia pré-humana e animal. Jung sugeriu que existe um nível de imagens no inconsciente comum a todas as pessoas.

As representações sociais se constituem das construções dos sujeitos que possuem capacidade de criar e dar sentido aos estímulos que recebem do meio social em que se encontram, permitem o entendimento das questões mais simples e mais complexas e também o entendimento das questões mais complexas.

Podemos pensar na representação social como um mediador no processo de interiorização, ou seja, de tornar interno e individual o que esta posto na cultura e na sociedade, seja por materialidade ou de forma simbólica, buscando uma certa maneira de entender o sujeito em sua totalidade.

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Rogerio Martins Ribeiro

A Psicologia e a Psicanálise são dois campos diferentes, mas que compartilham o objetivo geral de compreender o comportamento, os pensamentos e as emoções. Ambos têm abordagens únicas e histórias de desenvolvimento que as diferenciam significativamente.

As matrizes são compostas por três psicologias:

A psicologia social psicológica que busca olhar para a forma como o sujeito interage com o mundo, com as emoções, as sensações e os comportamentos gerados da sua interação com o mundo.
A psicologia social sociológica busca compreender como um grupo interage entre si e com o meio em que está inserido, assim como os movimentos e conteúdos provindos dessa interação.
A psicologia social crítica ou histórico-crítica se posicionaria de forma mais analítica, busca compreender os movimentos que atravessam a relação que um grupo estabelece com outro grupo social.