Princípio da Imagem Pessoal segundo Sigmund Freud
Sigmund Freud abordou a questão da imagem pessoal como uma parte fundamental do funcionamento psicológico do indivíduo. Para ele, a forma como nos percebemos e queremos ser percebidos pelos outros está relacionada ao nosso inconsciente, às nossas emoções, desejos e conflitos internos. O princípio da imagem pessoal, sugere que cada pessoa constrói uma "máscara" ou fachada que reflete suas inseguranças, desejos e necessidades de aceitação social. Essa imagem não é apenas uma questão superficial, mas uma expressão de aspectos mais profundos do nosso inconsciente, que influenciam nossas ações, escolhas e a maneira como nos relacionamos. Além disso, Freud destacou que a busca por uma imagem positiva pode estar ligada ao nosso desejo de aprovação e ao medo do julgamento. Assim, a nossa apresentação ao mundo muitas vezes é uma tentativa de equilibrar esses aspectos internos, buscando uma harmonia entre quem somos internamente e como queremos ser vistos externamente. Um princípio importante que podemos extrair é a ideia de que a nossa imagem é uma forma de comunicação não verbal, que revela aspectos de nossa personalidade que talvez não estejam totalmente conscientes. Freud também destacou o papel do ego na mediação entre id e o superego. Assim, a construção da imagem pessoal pode ser vista como uma tentativa do ego de equilibrar esses elementos, apresentando uma versão de si mesmo que seja aceitável socialmente, ao mesmo tempo em que tenta satisfazer desejos internos. Por fim, os mecanismos de defesa, como a repressão, a projeção ou a racionalização, também influenciam como cuidamos da nossa imagem. Muitas vezes, podemos criar uma fachada que mascara inseguranças ou conflitos internos, buscando proteger nossa autoestima ou evitar julgamentos negativos.