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Psicanálise e Behavorismo: estudos do inconsciente e do comportamento humanos

A psicanálise e o behaviorismo são duas escolas distintas da psicologia que estudam o comportamento humano sob perspectivas muito diferentes. A primeira, fundada por Sigmund Freud, tem como objeto de investigação o inconsciente, nas motivações internas e na análise subjetiva do sujeito; o behaviorismo, criado por John B. Watson, concentra-se no estudo científico e observável do comportamento, baseado em estímulos externos e respostas mensuráveis.  A psicanálise busca promover mudanças através da conscientização das forças internas e traumas, já o behaviorismo busca modificar comportamentos por meio de reforço e punição. Ambas proporcionam um entendimento tanto dos processos mentais internos quanto das influências ambientais no comportamento humano.

Após a leitura cuidadosa dos textos fica clara a diferença entre essas duas teorias terapêuticas. A psicanálise, cujo fundador é Sigmund Freud, foi expandida por expoentes como Jacques Lacan, Melanie Klein e Winnicott.  O foco da psicanálise reside no inconsciente (memórias, desejos e conflitos reprimidos) que, segundo Freud, exerce profunda influência sobre pensamentos e comportamentos conscientes. Logo, percebemos que a psicanálise ocupa-se com o subjetivo, o interior do sujeito que não é indivíduo, pois tem corpo alma e espírito. A psicanálise procura a promoção do autoconhecimento desse sujeito, a fim de dirimir seu sofrimento emocional, pela compreensão das raízes de seus problemas.

O behaviorismo, que tem como mentor John B. Watson,  diferentemente da psicanálise, se apresenta como um conjunto de teorias e técnicas, para explicar e intervir sobre o comportamento. Tal comportamento é adquirido através de respostas a estímulos sugeridos pelo ambiente e apreendidos ao longo do desenvolvimento dos indivíduos. Enquanto psicologia científica foca somente o comportamento externo, aquilo que pode ser visto e mensurável, preterindo toda e qualquer pretensão subjetiva do sujeito.

Como vemos, ambas teorias são importantes e ajudarão bastante, quando usadas em harmonia para contribuição mútua. Não podemos desprezar os fatores internos da personalidade que são contribuidores para evidências de comportamento externos.

A principal diferença da psicanálise é behaviorismo reside no objeto de estudo:o interior subjetivo e não observável da psicanálise,contra o exterior e mensurável no behaviorismo

A psicanálise nos convida a olhar para o sujeito em sua singularidade, considerando vários aspectos, desde o inconsciente, passando por sua história e a linguagem como constitutivos da personalidade. Já o behaviorismo, direciona-se ao comportamento observável, entendendo o aprendizado pela relação entre estímulo e resposta. Embora partam de perspectivas distintas — uma voltada ao mundo interno e outra à objetividade experimental — ambas contribuíram para ampliar nossa compreensão do ser humano e seguem influenciando a prática clínica.

Ambas são teorias diferentes sob a análise. Enquanto uma foca no passado a outra foca no presente e nas respostas do presente.
No entanto, considerando que emoção, comportamento e inconsciente se interagem há a integralização de técnicas.

Assim, unir insights (compreensão do Eu, desejos, conflitos) com estratégias comportamentais (aprendizagem, reforço, regulação emocional). Com isso, permite um cuidado mais completo: o sujeito é ouvido, compreendido e apoiado na mudança prática e rápida de seus padrões.

Tenho um caso em que:
A menina está com quadro de ansiedade alto, autocobrança e a liderança com uma comunicação não assertiva e imatura.
Assim, tratei com o olhar completo sobre o quadro ( Trabalho X Pessoal), ouvi, compreendi, uni estratégias e entrei com regulação emocional, onde há comportamentos já sendo melhorados em apenas 4 semanas.
Entrei com técnicas além da psicanálise, com técnicas integrativas sobre outras estratégias de neurociência, introduzindo meditações, técnicas de escuta do corpo com respirações, registro de emoções, pensamentos diários. Ensinei a colocar limites com amorosidade a liderança.

Assim, As técnicas se unem mediante os insights, e fica a provocação para interação: como podemos usar o olhar do corpo, da energia e da emoção para enriquecer tanto a escuta psicanalítica quanto as intervenções comportamentais?  Em quais situações é mais útil explorar o olhar psicanalítico, e quando técnicas comportamentais podem ser mais efetivas quando o analista está presente consigo, antes do paciente em essência, do que só o olhar e o título?