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Psicanálise Um Caminho Para o Autoconhecimento

Passei a ter um amor pelo autoconhecimento por conta de uma necessidade própria, de momentos difíceis que passei, tanto comigo mesma, quanto com situações e pessoas. Crescemos em uma sociedade que se observada com atenção, desde os tempos primórdios, seu termômetro de crescimento e evolução sempre se deu por sua relação com o externo,  pelo ser, ter, possuir, uma identificação e uma medição, que não tem outra consequência se não o desastre e a catástrofe interior, pois o veículo que leva as pessoas as suas realizações que somos nós mesmos, é deixado no esquecimento, para seguir o curso da identificação com o externo, com o estereótipo, com a aparência,   negando a  si mesmo. Depois de algumas formações, workshops, imersões, e um bocado de livros lidos, eu entendi a importância de saber quem sou na minha essência de verdade, para além do que se vê, ou do que eu penso estar passando para as pessoas, o que muitas vezes não é a verdade de mim mesma,  o que penso,  o que sinto, o que quero fazer. Entendi que muitas vezes o que foi ensinado pelos nossos pais, professores, pela  sociedade, enfim, ainda que tivessem dando o seu melhor, na melhor das intenções, eles estavam passando suas crenças, sua forma de enxergar o mundo mediante suas experiências etc. Crenças que são as suas formas de enxergar o seus mundos, e assim  eles o  tem por verdade absoluta. Então eu entrei em um processo na busca da minha verdade, sim, eu falo da minha verdade porque cada um tem suas experiências, seus traumas, seus fantasmas, seus hábitos seus impulsos, e por aí vai. Eu queria saber o que estava por trás das minhas ações. E Freud, naquela época, pelo o que vejo, não diferente de muitas histórias, como a minha que citei, sofreu uma dor familiar,  claro que deve ter passado por várias experiências dolorosas, mas essa dor familiar foi o que levou a criar a Psicanálise, como também a sua observação dos comportamentos  dos seus pacientes. Pelo que observei nesses anos que estudei, a gente descobre um problema, busca a raiz dele, busca por cura, descobre essa cura,  e então a gente passa a observar a dor alheia e se compadecer dela, e por fim queremos nos capacitar mais para ajudá-las. O interessante de tudo isso, é justamente o que ocorre quando partimos para essa ação final a da  contribuição, praticamos de certa forma a Sublimação, pois aquilo que outrora nos torturava, agora nós forma nós ressignificamos e  transformamos tudo isso em uma força propulsora para ajudar outra pessoas. Pegando aqui uma frase do próprio Freud: "Se eu conseguir pegar um paciente em sofrimento e eu conseguir fazer com que ele ame e trabalhe razoavelmente,  eu já estou feliz". A psicanálise nos trás  a compreensão do que está por trás dos nossos comportamentos, os pensamentos inconscientes que nos levam a agir de forma que não controlamos e nem sabemos porque que tais comportamentos vem a tona. Fato é que no momento em que acessamos o conhecimento nós já temos ali uma vantagem, mas a transformação não vem exatamente ao acessá-lo, mas através dele e dá prática desse conhecimento, com repetição a cada dia, consistência, pouco a pouco vamos galgando essa transformação. Agora diante das situações temos a condição e as ferramentas para avaliar,  analisar, para então interpretar as coisas da forma correta,  e não de forma distorcida, pois em nossa mente os traumas nos perseguem como se fossem real, uma vez que o cérebro não distingue o real do imaginário, o que ocorre é uma retroalimentação do pensamentos repetitivos, que vão gerar sentimentos, emoções, gerando os comportamentos, que por sua vez vão desaguar nos resultados. Hoje em dia as pessoas vivem numa espécie de filosofia Hedonista, o prazer virou  necessário, importante e nele está o escape para resolução dos problemas, elas se perdem em seus instintos. O resultado que se tem é uma sociedade que está perdida dentro de si mesmo e não consegue se achar, quer negar a si mesmo, negar suas dores, fingir que está tudo bem, com várias lacunas a serem observadas e cuidadas, para aí então de fato sentirem o prazer real da vida, e não ficar vivendo de paliativos momentâneos. Quero finalizar a minha contribuição com a fala do Pondé: "O que tira você do sintoma não é negar o sintoma, mas ir ao coração do sintoma".

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Gleice Fagundes de Oliveira

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