Psicanálise x Behaviorismo
As escolas da psicologia psicanalítica e do behaviorismo representam dois modos radicalmente distintos de compreender o ser humano. Enquanto o behaviorismo, com raízes no positivismo, concentra-se no comportamento observável e mensurável, a psicanálise mergulha no inconsciente, nos desejos recalcados e nas experiências subjetivas.
O behaviorismo, representado por autores como Skinner e Watson, considera o comportamento humano como resultado de estímulos e respostas condicionadas, eliminando qualquer especulação sobre processos mentais internos. Já para Freud, a ação humana é marcada por conflitos psíquicos, formações inconscientes e mecanismos de defesa — o que não é visível, mas deixa marcas.
O ponto mais interessante é perceber como cada escola propõe uma clínica diferente: o behaviorismo foca em modificar comportamentos disfuncionais por meio de reforço, enquanto a psicanálise visa a escuta e interpretação dos sentidos ocultos nos sintomas.
Ambas as abordagens têm seu valor, mas o que mais me chamou atenção foi como a psicanálise, mesmo sendo uma teoria centenária, continua desafiando a ideia de que o ser humano pode ser totalmente compreendido apenas pelo que faz — e não pelo que sente ou reprime.