Psicologia Social
Assim como o presente envolto por diversas camadas exigia ferramentas diferentes para ser desvendado, a Psicologia Social também requer diversas abordagens teóricas para acessar a complexidade da relação entre indivíduo e sociedade. Cada camada da embalagem representa uma perspectiva teórica, com ferramentas próprias, que auxiliam na compreensão dos fenômenos sociais e subjetivos.
A Psicologia Social do senso comum, por exemplo, lida com os comportamentos visíveis, mais fáceis de serem desembrulhados, assim como o plástico filme da metáfora. Já a Psicologia Social crítica e a Psicologia Sócio-Histórica exigem instrumentos mais potentes — como o serrote — para romper as camadas mais espessas do sujeito, abordando os processos de alienação, ideologia e formação da consciência.
A Psicologia Social norte-americana, por sua vez, tende a focar em variáveis individuais, utilizando instrumentos analíticos mais pragmáticos e quantitativos. Já as vertentes latino-americanas resgatam a totalidade da experiência social, o papel do contexto e da historicidade.
A metáfora do presente nos ensina que não há uma única ferramenta ou teoria capaz de dar conta da complexidade humana. O valor está em saber qual instrumento utilizar para cada camada. Assim, ao integrarmos as diferentes matrizes teóricas, somos capazes de desembrulhar o presente da realidade social com mais profundidade, criticidade e compromisso ético.