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Quando morre a criança interior?

E então, você acredita que a criança interior pode ser restaurada
Sim acredito
Não, não acredito
Fiquei confuso (a), logo não sei responder

Imaginemos o cenário de crianças com sonhos e perspectivas alimentadas pelos pais e em seguida quebrados na adolescência também por eles

Nascemos com anseios e desejos que muitas vezes nos acompanham por toda a vida, ser rico ou bem sucedido, viajar pelo mundo, ser famoso talvez, são pontos que na infância parecem mais possíveis e palpáveis que na vida adulta. Mas quando esses sonhos começa a se fragmentar e deixar de ser parte da realidade na maturidade?
O aparelho psíquico se torna fundamental na construção dos desejos e na manutenção do surreal. O equilíbrio entre a realidade e ficção passa a se tornar um pouco mais rígido e menos maleável.

Mas a pergunta é: Quando morre a criança interior?

A mente da criança no inicio da vida, se torna super suscetível às palavras vindas dos pais, como verdades absolutas. Mensagens positivas, e sonhos que parecem tão fáceis de serem realizados não as frustram no curto prazo quando por exemplo dizem que não podemos voar pois super-heróis não existem e tudo isso não passa de balela, pois conseguem fazer a manutenção dos mesmos sonhos, e só na vida adulta veem o quão aqueles sonhos eram fantasiosos e aparentemente inviáveis.

Com isso entende-se que os nossos pais, por muitas vezes na vida adulta nos comprimem numa bolha nos criando parte não apenas do NOSSO aparelho psíquico, mas também nos amarrando por uma linha à DELES. Os sonhos da criança interior morre a partir do momento que ela acredita que a possibilidade dos sonhos é inalcançável de alguma forma ou impossível, isolando estas "criança" de um adulto que desistiu pois abraçou a realidade alheia. Morre uma criança e nasce um velho cheio de medos e limitações, com conflitos mal resolvidos e medo do futuro.

Essa criança pode ressuscitar?

Sempre pode, o autoconhecimento e a compreensão das possibilidades se torna um elixir como num filme de ficção que faz os olhos brilhar e acreditar mais e mais na realização. O aprendizado da convivência do medo como parte de nós e da liberdade das crenças limitantes passa a dar lugar a uma nova criança sonhadora.

Mas se essa criança pode morrer e pode ressuscitar, então em partes podemos dizer que sempre fomos crianças?

Sim, crianças crescidas, as vezes incompreendidas e as vezes feridas com necessidade de colo e um balanço pelo adulto exterior.