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Quando o ego veste máscaras: defesas como forma de sobrevivência psíquica.

Na ótica psicanalítica, o ego é mais do que um mediador — é um criador de estratégias para suportar o que não se pode simbolizar. No caso de Laura, por exemplo, a inveja do irmão recém-nascido, socialmente inaceitável, é deslocada para um jogo imaginário onde ela se torna uma figura poderosa. Trata-se de um mecanismo de defesa: o deslocamento.

O ego, ao utilizar essa via, não nega o afeto, mas o transforma simbolicamente para preservá-lo do conflito. Assim como no recalque ou na sublimação, o inconsciente fala por outras vias. Cabe à análise escutar essas máscaras — não para removê-las abruptamente, mas para revelar o sujeito que, atrás delas, deseja existir de forma mais consciente