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Que foi aprendido nesse tópico

A psicanálise era direcionada para compreender o comportamento patológico de pacientes históricos, a partir da observação clínica. Essa ênfase possibilitou o desenvolvimento do estudo do inconsciente, ao demonstrar que os sintomas desses pacientes, bem como suas inibições e hesitações sensoriais e motoras, não tinham a ver com a biologia, mas sim com o psiquismo.
A partir do desenvolvimento desse conceito, fundamental para essa escola, houve uma compreensão de que a subjetividade é perpassada pela geração de símbolos, que podem ser compreendidos a partir de um processo de interpretação dos fenômenos psíquicos por meio da escuta clínica.
Ao caracterizar a vida psíquica infantil, Freud apontou quatro fases do desenvolvimento: oral, anal, fálica e genital, que culminam na constituição do sujeito a partir da organização das pulsões, fragmentadas na vida infantil em um domínio genital na vida adulta. Tal processo resulta na compreensão, na fase genital, por meio do complexo de Édipo, da diferença sexual e do complexo de castração. Se, na fase pré-edipiana, as crianças de ambos os sexos eram psiquicamente indistintas, sua diferenciação deveria ser explicada, e não dada como preexistente. As crianças pré-edipianas apresentam toda a gama de atitudes libidinais, ativas e passivas, sendo a mãe o objeto de desejo. Do mesmo modo, a sexualidade da mulher tornava-se uma questão em pauta, visto que sua atividade libidinal era orientada para a mãe de forma ativa e agressiva. Ao alcançar a resolução do complexo, a libido e a identidade de gênero da criança estarão organizadas, de acordo com as regras da cultura a que pertence. Ou seja, ao longo desse período, a criança passará por um processo de compreensão do sistema sexual no qual está inserida e da importância da diferença sexual para o lugar que ocupará nas relações. Portanto, como aponta Couto (2017), o complexo de Édipo seria um mecanismo para a produção da personalidade. Nessa perspectiva, as fases do desenvolvimento seriam descritas nos primeiros meses de vida da criança como esquizoparanóide e depressiva. A fase esquizoparanóide diz respeito ao processo de relação com o seio materno entre gratificação e frustração, dado o aspecto inicial da amamentação e a relação amorosa e de cuidado inicial dispensada à criança. Com o desenvolvimento do ego, afirma Couto (2017), há uma mudança para a fase depressiva, em que a criança passa a introjetar o objeto em sua totalidade, diminuindo as ansiedades e sintetizando as emoções geradas anteriormente, quando emerge a culpa aos ataques dirigidos a esse objeto. O behaviorismo costuma ser apresentado a partir de dois importantes autores na constituição desse campo diverso: Watson e Skinner. Ambos propuseram perspectivas diferentes para a formação teórico metodológica do estudo do comportamento. Contudo, é a John Watson, em 1913, tributada a formação do behaviorismo como uma ciência psicológica, a partir da publicação da obra Psychology as the behaviorist views it (A psicologia como o behaviorista a vê) (BAUM, 2006). Schultz e Schultz (2002) comentam que as ideias behavioristas já vinham sendo desenvolvidas na psicologia e na biologia quando Watson fundou essa ciência. O mérito desse pesquisador foi reunir tendências que compuseram o debate da psicologia científica, como o mecanicismo e a tradição filosófica do objetivismo, a psicologia animal e a psicologia funcional. Por isso, o desenvolvimento do behaviorismo é fortemente influenciado pelo objetivismo, o mecanicismo e o materialismo, de tal forma que produz uma psicologia sem mente ou alma, que teria como objeto apenas o que poderia ser observado. A concepção de humano é associado à máquina, àquilo que pode ser decomposto e analisado à luz do método científico. A análise do comportamento se associa aos modelos metodológicos da pesquisa em ciências naturais, especificamente à pesquisa experimental em laboratório.