Reflexão atual
Se retomamos a origem da psicanálise como nos conteúdos teóricos aqui apresentados, vemos que ela já nasceu da escuta de sofrimentos não compreendidos pela medicina tradicional na época. Freud foi além da explicação fisiológica e abriu espaço para entender a subjetividade, a história pessoal, os desejos reprimidos e até mesmo os traumas herdados.
No vídeo do material complementar, que trago aqui a este discussão: "Devemos conhecer primeiro os nossos buracos"
Hoje, no entanto, cabe a nós, psicanalistas que pensam em sua atuação, trazendo a prática e ao tratamento de pacientes no dia a dia, pensar:
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Será que, muitas vezes, nos afastamos dessa origem e caímos em julgamentos morais (como nos casos de ansiedade, TDAH, agressividade ou compulsões)?
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Não estaríamos também, como profissionais, atravessados por nossas próprias histórias emocionais - traumas, feridas profundas, padrões negativos, crenças limitantes, que podem obscurecer a escuta?
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Se Freud afirmava que o analista deve se submeter à própria análise para não projetar no outro, até que ponto ainda negligenciamos isso em nossa prática contemporânea?
O que não foi observado na origem da psicanálise, unindo a outras teorias modernas, mas que nossas leituras vibracionais e de inteligência emocional revelam, é que:
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O inconsciente não se expressa apenas em palavras, mas em campos energéticos, vibrações e sinais do corpo.
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O profissional de saúde mental ( psicólogo, psicanalista, terapeuta) pode — e talvez deva — ampliar sua escuta para incluir o não verbal, o energético e o emocional corpóreo, sob risco de reduzir o sujeito apenas ao simbólico.
A provocação que deixo a este fórum é:
1- Se Freud tivesse integrado a linguagem do corpo e da energia, como seria hoje a psicanálise?
2- A psicanálise nasceu da escuta do inconsciente e do não-dito. Como podemos manter essa origem viva, mesmo quando nossas emoções pessoais ou experiências de vida nos atravessam como analistas e que muitos não estão em sua essência e dependentes de fármacos?