RELAÇÃO COMPREENSIVA E A RELAÇÃO COM O REAL
FORMAÇÃO EM PSICANÁLISE CLÍNICA
ALUNO: Aylton Batista de Oliveira
RELAÇÃO COMPREENSIVA E A RELAÇÃO COM O REAL
Há um debate antigo da relação entre a imagem e real. O uso exagerado das redes sociais tem favorecido que o debate sobre este tema volte à tona. O real está para além do indivíduo, pois é, a constituição da ordem material do mundo, assim sem o real é a construção social da existência das coisas materiais do mundo.
Está é uma das formas de pensar o real e a imagem, a partir de uma concepção social, cuja realidade é representada pela imagem. Então a imagem é uma das muitas maneiras de expressar o pensamento e criar a nossa relação com os outros. Há muitas formas para expressar os pensamentos, portanto muitas formas de ver, caracterizar, representar essa relação. Assim o ato de ver e o que já foi visto é processual e relacional e pode ser compreendido de forma diferente por indivíduos diferentes.
Neste estudo aprendemos a diferenciar o imaginário, do simbólico e do real no campo da psicanalise. Também foi estudado sobre os três paradigmas da imagem com os registros da psicanálise. E ainda vimos como interpretar a imagem como representação ou aproximação do real.
A imagem é marcada pelo olhar de cada sujeito que a observa e a contempla, pois, através do olha temos a produção dos sentidos sobre a imagem e sobre o real que ela representa.
Ao longo do tempo a imagem foi caracterizada através de três paradigmas, que foram sistematizados por Jacques Marie Émile Lacan, psiquiatra e psicanalista francês que trouxe grandes contribuições para a psicanálise, e para isto, retornou a fonte do pai da psicanálise, Sigmund Freud, fazendo uma releitura de suas obras. Foi através da análise da obra de Freud que Lacan desenvolveu os seus registros do: Imaginário, simbólico e real.
Os três paradigmas da imagem sistematizados e registrados por Lacan, que são: imaginário, simbólico e real, a partir das análises dos estudos freudianos, caracterizam o funcionamento estrutural psíquico
Os três paradigmas podem ser resumido de maneira bem simples como segue:
Paradigma Pré-fotográfico – que é o imaginário, são a imagens artesanais, tais como o desenho, a pintura e a gravura.
Paradigma Fotográfico – o que é o real, são as imagem que têm uma relação dinâmica com o objeto que tomam posse, trazendo de alguma forma um rastro, uma pista do objeto indica.
Paradigma Pós-Fotográfico – e o simbólico, ~soa as imagens sintéticas oi infográficas, as quais são realizadas por meio de computação.
Para Santaella e Noth há quatro níveis de que depende o processo de signos ou linguagem:
- Meios de produção.
- Meios de conservação.
- Meios de exposição e difusão
- Meio de recepção
Referindo a linguagem da imaginação esses níveis são: à percepção, à contemplação, a observação e a fruição, respectivamente
Para um grupo de autores esse panorama esses paradigmas apontam que há semelhanças entre três paradigmas e os três registros psicanalíticos da imagem. Vejamos:
Pré-fotográfico – é o imaginário.
Fotográfico – é o real.
Pós Fotográfico ´é o simbólico.
Dentro de diferentes culturas é possível encontrar diferentes formas de observar uma mesma imagem, assim como de indivíduo para indivíduo uma mesma imagem pode ter diferentes formas de leitura. Os padrões que caracterizam uma imagem mais real são contextuais, relacionais e variam conforme o tempo e o espaço, o sujeito que vê a imagem, a interação entres sujeitos, e entre outros elementos, vão refletir entre imagem e real é importante para evitar julgamentos prévios e atitudes incoerentes. Esse pensamento é importante para trabalhar a relação do eu com o outro, o meu olhar e o olhar do outro, tendo como resultando uma forma mais ética e democrática diante do que está sendo visto na mídia.