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RELAÇÕES ENTRE LITERATURA, PSICANÁLISE E FIOLOSOFIA

A literatura está intrinsecamente ligada à filosofia, à psicologia e à psicanálise. Desde o primeiro documento literário, a Bíblia, encontramos razões suficientes para pensar os meandros, as questões ligadas às vicissitudes da alma e, por que não afirmar, a preocupação em descrever, compreender e dar sentido às manifestações da realidade psíquica, ainda que o foco seja moral e religioso, restrito desse modo a algo estabelecido por preconceitos. No entanto, vai depender do modo como se lê um texto repleto de metáforas e ensinamentos.
As relações entre psicanálise, filosofia e literatura iniciaram-se nos textos de Freud. Este, no decorrer da sua obra, faz inúmeras citações de escritores e filósofos. A absorção da filosofia pela psicanálise tem adquirido especificidade na atualidade. Lacan teve papel fundamental no diálogo entre psicanálise e filosofia. Ele integrou a filosofia em suas ideias e muitas destas se tornaram presentes na filosofia. Muitas questões filosóficas dialogam com a teoria psicanalítica em seus aspectos essenciais. A psicanálise enseja a busca de espaços de pensamento que ela e a filosofia dialogam. Não se deve separar de forma radical psicanálise e filosofia. A literatura, por exemplo, sempre esteve presente no horizonte dos estudos filosóficos e psicanalíticos. Ela também tem o papel de recepção das ideias filosóficas.
Cada escritor de sua forma revela em sua produção literária a cultura, os valores da sociedade e sua própria constituição psíquica, o que se constitui em uma das ferramentas para a psicanálise entender as manifestações do inconsciente. A literatura em seus diversos gêneros fornece elementos adjutórios a compreensão da psique humana. Existe um parentesco entre literatura e inconsciente. A literatura mostra aquilo que muitas vezes é difícil expressar cientificamente. Consegue tornar concreta a experiência do inconsciente que é fugaz.