Forum

Please or Cadastrar to create posts and topics.

Resumo sobre o Ego e os Mecanismos de Defesa

Na Psicanálise, segundo Freud, o ego é uma das três instâncias psíquicas, junto com o id e o superego. Ele atua como um mediador entre os impulsos instintivos do id, as exigências morais do superego e a realidade externa.

Irei resumir a diante algumas funções do ego.

Mediação: Equilibra os desejos do id e as normas do superego.

Princípio da realidade: Regula impulsos do id, permitindo sua satisfação de maneira socialmente aceitável.

Autopreservação: Atua para garantir a sobrevivência e adaptação ao meio.

Defesas psíquicas: Usa mecanismos de defesa para lidar com conflitos internos e proteger a psique.

Identidade e Consciência: Organiza a percepção de si e do mundo, promovendo a construção da identidade.

O ego, portanto, é essencial para a estabilidade psíquica, garantindo a adaptação do indivíduo à realidade.

 

Sobre os Mecanismos de Defesa:

Os mecanismos de defesa são estratégias inconscientes usadas pelo ego para lidar com angústias e conflitos psíquicos. Alguns exemplos:

Repressão: Retira memórias ou sentimentos desagradáveis da consciência, mas eles continuam influenciando o comportamento. Exemplo: uma vítima de assalto esquece o ocorrido, mas sente ansiedade.

Regressão: Retorno a comportamentos infantis para buscar segurança. Exemplo: uma criança volta a urinar na cama com o nascimento de um irmão.

Formação reativa: Expressão exagerada de sentimentos opostos aos verdadeiros para reprimir emoções inaceitáveis. Exemplo: alguém odeia sua profissão, mas a elogia publicamente.

Identificação: Adotar características de alguém admirado. Exemplo: uma pessoa que fez tratamento dentário decide ser dentista.

Intelectualização: Isolamento dos afetos ao lidar com situações difíceis. Exemplo: médicos que tratam pacientes terminais sem se envolver emocionalmente.

Racionalização: Justificação lógica para atitudes inaceitáveis. Exemplo: um alcoólatra diz que bebe para lidar com a morte de um filho.

Projeção: Atribuir sentimentos próprios inaceitáveis a outra pessoa. Exemplo: alguém apaixonado por uma pessoa casada acredita que está sendo assediado por ela.

Introjeção: Incorporar valores ou normas externas. Exemplo: uma criança repreende outra por um comportamento perigoso, repetindo as orientações dos pais.

Negação: Recusa em aceitar uma realidade dolorosa. Exemplo: um alcoólatra que não admite sua dependência.

Isolamento: Dissociar pensamentos de emoções. Exemplo: um paciente terminal fala de sua doença sem emoção.

Dissociação: Separação de sentimentos contraditórios, podendo levar a personalidades distintas. Exemplo extremo: transtorno dissociativo de identidade.

Deslocamento: Transferência de sentimentos para outro alvo. Exemplo: alguém irritado com o chefe descarrega a raiva em um amigo.

Sublimação: Transformação de impulsos inaceitáveis em atividades socialmente aceitas. Exemplo: canalizar agressividade para esportes.

Idealização: Exagerar qualidades de algo ou alguém. Exemplo: idealizar um parceiro e desenvolver dependência emocional.

Fixação: Apego excessivo a um estágio do desenvolvimento. Exemplo: traços de personalidade influenciados por fases infantis (oral, anal, fálica).

 

Por fim, resumirei sobre a Identificação e Inserção do sujeito  em um grupo a partir de sua constituição psíquica e social.

A identificação é um processo psíquico pelo qual o sujeito assimila características de outra pessoa ou grupo, tornando-as parte de sua personalidade. Desde a infância, o indivíduo se identifica com figuras parentais e, ao longo da vida, amplia essas identificações para grupos sociais, culturais e profissionais. Esse processo é essencial para a inserção social, pois permite que o sujeito internalize normas, valores e comportamentos, possibilitando a convivência e a construção da identidade dentro de uma coletividade.