Terapia da criança
Klein direcionava seus estudos às crianças, a importância do acompanhamento cognitivo desde seu nascimento e o tratamento dos pais é o ápice de uma formação de personalidade e subjetividade de uma formação da psiquê humana e a facilidade de lidar com seus problemas cotidianos e com a sociedade.
O trabalho psicanalítico com crianças apresenta especificidades que demandam constante aprofundamento deste estudo.A presença dos pais desde o início do tratamento ,a escolha do psicanalista,a abertura para a escuta dos pais durante as entrevistas preliminares e o trabalho com os pais, quando for necessário, no decorrer do tratamento da criança, provocam um considerável movimento transferencial que não pode ser ignorado.A presença dos pais define uma especificidade dessa clínica,onde o manejo e a intervençao são necessários.O fato de a criança ser trazida à análise estabelece não apenas necessidade de reflexão sobre o lugar dos pais como também sobre o manejo de sua presença.É uma posição ética que sustenta o emaranhado que envolve a criança e seu sintoma exige um manjeo orientado pela concepção de sujeito e de insconsciente que embasa a escuta analítica( Faria2016).
Os fatos vividos por uma criança não são exatamente como poderiam ser testemunhados por adultos e sim consistem um conjunto formado pelas percepções da criança e o valor simbólico que se desprende do sentido que essas concepções assume para o narcisismodo sujeito.(Dolto2004).Segundo Mannonni(2004) esclarece que a criançaque é levada ao consultório do psicanalista está situada em uma família e carrega o peso da história de cada um de seus pais.Em função disso, compreendemos que o cerne do atendimento ás crianças vai muito além das dificuldades escolares,dos sintomas escolares e médicos,apesar de incluí-los.O trabalho do psicanalista com crianças, deve, primeordialmente estar orientado para a escuta do sujeito do inconsciente e apontar para os impasses que dificultam opossa ser suje desenvolvimento da criança.O processo analítico permite que a criança possa ser sujeito dos seus próprios desejos,desembaraços e não alienados aos fantasmas parentais.