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Três pilares no entendimento da condição humana

Esse módulo ensina sobre os desdobramentos até agora produzidos pelo cruzamento entre a Literatura, a Filosofia e a Psicanálise na tentativa de entender a condição humana, mas cada uma o faz de forma diferente aos olhos de Freud; o crítico literário, Terry Eagleton, e Jonathan Culler, teórico da Literatura.

Para Freud, a literatura, assim como os sonhos, revela desejos reprimidos e conflitos inconscientes por meio de símbolos e narrativas. Terry Eagleton amplia essa visão ao mostrar como a Literatura reflete ideologias e estruturas sociais ocultas, funcionando como um espaço onde a Psicanálise pode desvendar tensões profundas. Jonathan Culler, por sua vez, destaca que a Literatura não é apenas um reflexo do inconsciente e da sociedade, mas um sistema própria de linguagem, com regras e convenções que influenciam sua interpretação.

O módulo também mostrou os limites da Filosofia e da Psicanálise na análise literária. Segundo o material de apoio, a Filosofia, ao buscar conceitos universais, pode reduzir a literatura a uma simples ilustração de ideias, ignorando sua dimensão estética e emocional. Já a Psicanálise, ao focar no inconsciente, corre o risco de interpretar uma obra apenas como um sintoma psíquico, deixando de lado seu valor artístico e histórico. Como destaca Eagleton, nenhuma dessas abordagens pode esgotar o sentido da Literatura, que sempre escapa a definições rígidas e permanece aberta a múltiplas interpretações.

Aproveito a excelente oportunidade desse exercício, nesse curso incrível, para uma análise psicanalítica da obra "O mercador de Veneza" pela minha indagação do porquê teria Shakespeare submetido o mercador ao seu trágico fim.

Shakespeare viveu em uma sociedade cristã onde os judeus eram marginalizados. Sendo assim, tal obra já reflete esse preconceito, mesmo tendo criado Shylok (o mercador judeu) um personagem complexo, capaz de despertar ódio e compaixão. Seu discurso "Se nos espetais, não sangramos?", no que Freud diria ser um desejo reprimido de igualdade do próprio Shakespeare que, apesar de artista aclamado, não fazia parte da aristocracia, dependendo do favor de mecenas e do próprio público. Na obra, Shakespeare obriga o mercador judeu a se converter ao cristianismo. Aqui pode-se entender que o autor não quis confrontar seu incômodo com os valores dominantes.

 

Neste módulo entendo como sim, estão interligadas a filosofia, a psicanálise e a literatura. Mas não obrigatoriamente, a partir do fato que partem do pensamento. Nos três pilares encontro ambígua interpretação, por se tratar de uma objetividade que, ao meu ver, não pode ser impostas, pelo fato de ser a mente humana, infinitamente compreensível em sua totalidade. Quero mais.