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Um Olhar Psicanalítico e Comportamental

Diante da discussão clínica proposta em equipe, acredito que a construção de um plano de cuidado eficaz deve partir de uma escuta ampliada e de uma observação atenta, aliando o olhar psicanalítico à análise comportamental. Como profissional inserida em uma equipe interdisciplinar, proponho uma abordagem que considere tanto a dimensão subjetiva do sujeito quanto seus comportamentos observáveis no contexto social em que está inserido.

 

A Psicanálise nos oferece ferramentas para compreender os sentidos inconscientes presentes nas falas, sintomas e repetição de padrões. Ao escutarmos o sujeito em sua singularidade, podemos acessar os conteúdos latentes que influenciam suas escolhas, sofrimentos e resistências ao cuidado. Essa escuta deve ser ética, sem julgamento, e sustentada pelo tempo do outro, respeitando seus limites e seu desejo.

 

Por outro lado, o Behaviorismo nos permite identificar comportamentos disfuncionais e trabalhar com estratégias de modificação, baseadas em reforços e contingências, especialmente úteis para promover mudanças observáveis e práticas no cotidiano do sujeito. A análise funcional do comportamento pode nos ajudar a compreender quais fatores do ambiente mantêm determinadas respostas e como podemos intervir de maneira concreta.

 

Ao integrar essas duas abordagens, propomos uma escuta atenta ao conteúdo subjetivo, ao mesmo tempo em que observamos e intervimos sobre padrões de comportamento que impactam a qualidade de vida do sujeito. Essa proposta se alinha à lógica do SUS, que busca um cuidado integral e horizontalizado, onde o usuário é parte ativa na construção de seu próprio plano de cuidado.

 

Dessa forma, proponho que iniciemos o acompanhamento com entrevistas clínicas que permitam o livre discurso, seguidas de avaliações comportamentais que nos ajudem a compreender melhor os desafios do dia a dia desse sujeito. A construção do plano de cuidado será feita de forma conjunta, ajustando intervenções de acordo com as respostas e engajamento do usuário, sempre respeitando seu tempo psíquico e os reforçadores presentes em seu contexto.

Usamos a teoria  de Fred para saber o comportamento de casa pessoa, porque  cada um tem comportamento  individual e diferentes  assimilando o ambiente,  olhar  podemos também trabalhar com o ouvir o paciente  observar  o ego.