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Verbo e Verdade

Chama muita atenção o esforço de Freud de entender a psiquê e o inconsciente humano, na tentativa de entender aquilo que faz o homem agir da forma que age e cujo direcionamento de ação não esteja no consciente. Sua ideia é trazer para a luz aquilo que está encoberto, na expectativa de que o conhecimento da “verdade” que conduz a ação de alguma forma possa ser apropriada pelo indivíduo, e ele tenha condições de sublimar comportamentos socialmente indesejáveis em comportamentos produtivos e agregadores de valor social.

Entende também a importância da palavra, da verbalização, neste processo de conhecer a si mesmo e compreender sua estrutura interna que o impele a agir.

Observa-se que a ideia de “conhecer a verdade” o a importância do “verbo” não são discursos novos – pelo contrário, a Bíblia já falava destes conceitos. O que difere Freud reside no fato de entender que a religião promovia uma renúncia do prazer nesta vida (prometendo o prazer/recompensa no futuro, no paraíso), enquanto a ciência, pelo conhecimento, permite sublimar aquilo que é indesejável e concede ainda algum grau de prazer na existência humana. Vale ressaltar que Feud é ateísta. Entende que é possível ao homem, por meio do conhecimento de si mesmo, de seu inconsciente, fazer escolhas que permitam ao indivíduo, dentro dessa realidade em que está inserido (também socialmente) ter uma vida razoavelmente satisfatória.