Vídeo "Quem somos nós" sob a ótica de Sigmund Freud
Citação de Luciana Laurentino Da Costa em novembro 11, 2023, 9:47 pmO vídeo sobre "QUEM SOMO NÓS?" pela ótica de Sigmund Freud, foi de extrema relevância ao conhecimento do módulo 1, pois podemos sedimentar o aprendizado, através da análise feita por Luiz Felipe Pondé, que fez uma excelente narrativa sobre os fatos históricos e as mazelas humanas, que até o presente momento da história, mesmo com o avanço tecnológico, ficou nítido que os conflitos existenciais, continuam na sua essência, sendo da mesma natureza. A humanidade continua sofrendo com os mesmos sintomas de momentos históricos anteriores. Hoje, continua sendo de suma importância, o tratamento psicanalítico, de modo a construir uma sociedade mais madura e consciente das mazelas humanas, de modo a atenuar o sofrimento humano e ampliar a visão, objetivando construir uma sociedade com mais maturidade emocional e sustentável. Sair da negação do sofrimento e dar luz ao que está no inconsciente. Registre-se, ainda, que no vídeo podemos ver a importância de viver o processo psicanalítico, que é longo, mas de extrema relevância ao bem-estar humano, ao invés de fazer uso de medidas pontuais, que só intensificam os conflitos existenciais ao longo dos anos de vida, como forma de resolução instantânea.
O vídeo sobre "QUEM SOMO NÓS?" pela ótica de Sigmund Freud, foi de extrema relevância ao conhecimento do módulo 1, pois podemos sedimentar o aprendizado, através da análise feita por Luiz Felipe Pondé, que fez uma excelente narrativa sobre os fatos históricos e as mazelas humanas, que até o presente momento da história, mesmo com o avanço tecnológico, ficou nítido que os conflitos existenciais, continuam na sua essência, sendo da mesma natureza. A humanidade continua sofrendo com os mesmos sintomas de momentos históricos anteriores. Hoje, continua sendo de suma importância, o tratamento psicanalítico, de modo a construir uma sociedade mais madura e consciente das mazelas humanas, de modo a atenuar o sofrimento humano e ampliar a visão, objetivando construir uma sociedade com mais maturidade emocional e sustentável. Sair da negação do sofrimento e dar luz ao que está no inconsciente. Registre-se, ainda, que no vídeo podemos ver a importância de viver o processo psicanalítico, que é longo, mas de extrema relevância ao bem-estar humano, ao invés de fazer uso de medidas pontuais, que só intensificam os conflitos existenciais ao longo dos anos de vida, como forma de resolução instantânea.
Citação de Renan Silva em novembro 12, 2023, 3:54 amUm mundo novo, problemas antigos: a sociedade atual a luz de Freud
"Histéricos e infantis", é assim que Freud descreveria as pessoas atuais, segundo Luiz Felipe Pondé, onde as pessoas conseguiram avançar tecnologicamente e alcançar certo conforto material, mas com relação a psique e sensação de felicidade e autorrealização, nunca antes fomos tão deprimidos e frustrados com nossas próprias vidas, onde Freud certamente teria a acrescentar sobre as causas desse fracasso mental.
Assim como Nietzsche e Schopenhauer, Freud também buscava entender o que estava por trás das motivações humanas, e daí inovou com o "inconsciente", com todo seu aglomerado de vontades e memórias, tudo ao mesmo tempo. Tornar um paciente mentalmente doente conseguir levar uma vida razoavelmente normal e simples já era uma vitória, isso porque psicanálise é antes de tudo "saber quem nós somos e com isso, saber o que é possível pra nós". Deixar de ser ignorante quanto aos seus próprios comportamentos e as causas deles, onde mesmo não mudando, pelo menos se aceitando e se adaptando.
A psicanálise a tratar problemas pra Freud, no curto prazo, é terminável (quem tem medo de dormir no escuro pode passar a dormir no escuro após tratamento psicoanalítico), mas no longo prazo não, pois sempre que você trata um problema, surgem outros no lugar.
"Muito mais do que prazer, o ser humano vive pela pulsão"
A teoria final de Freud, diferente da teoria do prazer (busca por prazer, responsável por mover o ser humano, preencher o id, dar motivos para a ação = motivação), ele na verdade vai passar a acreditar numa "Teoria da Pulsão": a pulsão quer sempre voltar pra uma posição anterior, regressiva, um estágio de prazer anterior ("quero voltar pra minha mãe", "pra minha família", "pro meu ex", "era bom quando eu não sabia disso", etc.), mas na verdade a pulsão mais primária quer levar o indivíduo a um estado inorgânico, de inanição mesmo, uma sensação uterina onde nada acontece e está tudo bem = útero, beirando a morte, ou mais especificamente a não-vida, isto é, a pré-vida, quando o indivíduo ainda não veio a ser quem ele é hoje. A pulsão de morte é então um desejo de voltar atrás onde não havia problemas, não havia dor. A pulsão então é um princípio para além do prazer, que se manifesta de maneira autodestrutiva, necessitando então de sublimação dessa tendência, tirando a repressão.
"Tirar todas as amarras, eliminar a repressão não é solução para as neuroses humanas"
Quem estiver achando que basta que seja eliminado os impeditivos (bloqueios e resistências) que impedem o paciente de realizar seus desejos sem ter problemas de culpa e julgamento (de si e dos outros) é o caminho para a solução de todo problema psíquico, está muito enganado. Devemos controlar nosso "Pathos" (do grego) em ordem de ser alguém convivível. Falando de forma direta, sair transando com todo mundo, saciando seus desejos pessoais e interiores, não vai resolver o problema da felicidade e satisfação humana. Por mais autoindulgente e sem julgamento consigo mesmo a pessoa seja. A problemática psíquica não se trata de mero problema de repressão.
Ao mesmo tempo de liberar a paixão humana não vai curar que os busca satisfazer, ser um indivíduo civilizado, regrado e certinho também não é a solução. Pra ser sincero, pra Freud não existe solução alguma para a existência e a psique humana, por ele era considerado um pensador trágico (de tragédias gregas, tal como o próprio Édipo que ele adotou).
"É sempre na infância. A resposta de nossas neuroses está sempre na infância."
Aquilo que será essencial na sua vida vai te marcar justo quado você não tem condições de avaliar. Por exemplo, quando o próprio Freud era pequeno viu ele e o pai sendo xingados por antissemitas, deixando o menino frustrado por toda a vida com o próprio pai e com as pessoas e consigo mesmo, por ser judeu. Porém, talvez aquele pai não tenha falado nada para evitar algo pior, tenha visto algo que o pequeno Freud não tinha visto pois era pequeno demais para entender como o mundo funciona, ações e consequências. A questão é: na mente da criança isso não faz diferença, pois ela é puramente emocional e incapaz de fazer um bom julgamento da realidade, carregando esse trauma, essa crença pro resto da vida. E isso é trágico, pois para Freud você não sai do seu trauma fundante, você apenas conhece a sua origem. Esses traumas são uma misturo de fatos reais com projeções pessoais e que no fundo não dá pra culpar ninguém. A verdade é que para a psicanálise, não existe cura. Não existe cura no sentido de tratar um elemento e ele sumir da sua vida, o que existe é no máximo uma aceitação e talvez uma adaptação dos elementos que você consegue lidar, com o epicentro com o qual você não terá condições de mudar (principalmente se tratando dos traumas fundantes). Sendo assim, pra Freud é possível chegar na velhice, depois de constante analise, e não repetir os mesmos erros com os filhos, que são a próxima geração.
"Histéricos e Infantis"
Para Freud, essa busca por felicidade e autorrealização através do prazer é simplesmente impossível, principalmente quando se projeta um determinado momento no tempo ("ah, quando alcançarmos tal coisas as coisas vão ficar boas" ou "quando chegar tal ano, tudo estará bem"). Não existem soluções definitivas no dicionário de Sigmund Freud, não importando o que façamos. Exemplo disso é com o tema principal: sexo. Nunca antes se falou tão abertamente de sexo, modos de fazer, quantidade de pessoas, tipos de indivíduos, etc., mas nunca antes tivemos pessoas tão frustradas com suas vidas sexuais, seja em quantidade (quantas vezes a pessoa faz), seja em qualidade (qual o tipo e nível de conexão que a pessoa atinge ao fazer). Falar o tempo todo sobre sexo, tirando suas amarras repressivas não foi o suficiente pra melhorar a saúde sexual da população geral, na verdade o efeito foi o contrário, tornando as relações mais líquidas onde o sexo já não é mais acompanhado de fidelidade, empatia e companhia, indo ao extremo de tornar a sexualidade como pauta de identidade e direitos políticos, eliminando todo o caráter prazeroso que possuia como válvula de escape, para quem o praticava. E essa projeção de depositar sua felicidade na realização disso geram pessoas imaturas e frustradas, tal como crianças.
"Eu não sou maluca e vou bater em quem disser o contrário viu!"
Vivemos numa cultura de pessoas que não querem tocar em seus buracos, estando dispostas a matar tudo aquilo que as queriam forçar a toca-las. Um mar de pessoas vivendo em negação. Essa tentativa contínua de negar o sofrimento e a dor é totalmente contra as ideias de Freud.
A análise da cultura contemporânea não dá certo porque ela é utilitarista: quer ver o ser humano feliz, as coisas dando certo, a todo custo, reduzindo mal estar e otimizando o bem estar humano. E com Freud não é assim que as coisas funcionam, nem sempre as notícias são boas. Na verdade, na verdade, a solução é descobrir que não há solução (Freud tinha uma visão trágica de mundo). Ao invés de se encarar que correr atrás do desejo nem sempre é bom, pois esse desejo é motivado por uma carência e essa carência é motivado pela pulsão de morte, a humanidade simplesmente optou por negar esse lado escuro e profundo da psique e buscou apenas focar naquilo que é colorido e brilhante, sem prestar atenção no que existe por de trás disso, as motivações e consequências disso, coisa que Freud sempre foi muito crítico.
Um mundo novo, problemas antigos: a sociedade atual a luz de Freud
"Histéricos e infantis", é assim que Freud descreveria as pessoas atuais, segundo Luiz Felipe Pondé, onde as pessoas conseguiram avançar tecnologicamente e alcançar certo conforto material, mas com relação a psique e sensação de felicidade e autorrealização, nunca antes fomos tão deprimidos e frustrados com nossas próprias vidas, onde Freud certamente teria a acrescentar sobre as causas desse fracasso mental.
Assim como Nietzsche e Schopenhauer, Freud também buscava entender o que estava por trás das motivações humanas, e daí inovou com o "inconsciente", com todo seu aglomerado de vontades e memórias, tudo ao mesmo tempo. Tornar um paciente mentalmente doente conseguir levar uma vida razoavelmente normal e simples já era uma vitória, isso porque psicanálise é antes de tudo "saber quem nós somos e com isso, saber o que é possível pra nós". Deixar de ser ignorante quanto aos seus próprios comportamentos e as causas deles, onde mesmo não mudando, pelo menos se aceitando e se adaptando.
A psicanálise a tratar problemas pra Freud, no curto prazo, é terminável (quem tem medo de dormir no escuro pode passar a dormir no escuro após tratamento psicoanalítico), mas no longo prazo não, pois sempre que você trata um problema, surgem outros no lugar.
"Muito mais do que prazer, o ser humano vive pela pulsão"
A teoria final de Freud, diferente da teoria do prazer (busca por prazer, responsável por mover o ser humano, preencher o id, dar motivos para a ação = motivação), ele na verdade vai passar a acreditar numa "Teoria da Pulsão": a pulsão quer sempre voltar pra uma posição anterior, regressiva, um estágio de prazer anterior ("quero voltar pra minha mãe", "pra minha família", "pro meu ex", "era bom quando eu não sabia disso", etc.), mas na verdade a pulsão mais primária quer levar o indivíduo a um estado inorgânico, de inanição mesmo, uma sensação uterina onde nada acontece e está tudo bem = útero, beirando a morte, ou mais especificamente a não-vida, isto é, a pré-vida, quando o indivíduo ainda não veio a ser quem ele é hoje. A pulsão de morte é então um desejo de voltar atrás onde não havia problemas, não havia dor. A pulsão então é um princípio para além do prazer, que se manifesta de maneira autodestrutiva, necessitando então de sublimação dessa tendência, tirando a repressão.
"Tirar todas as amarras, eliminar a repressão não é solução para as neuroses humanas"
Quem estiver achando que basta que seja eliminado os impeditivos (bloqueios e resistências) que impedem o paciente de realizar seus desejos sem ter problemas de culpa e julgamento (de si e dos outros) é o caminho para a solução de todo problema psíquico, está muito enganado. Devemos controlar nosso "Pathos" (do grego) em ordem de ser alguém convivível. Falando de forma direta, sair transando com todo mundo, saciando seus desejos pessoais e interiores, não vai resolver o problema da felicidade e satisfação humana. Por mais autoindulgente e sem julgamento consigo mesmo a pessoa seja. A problemática psíquica não se trata de mero problema de repressão.
Ao mesmo tempo de liberar a paixão humana não vai curar que os busca satisfazer, ser um indivíduo civilizado, regrado e certinho também não é a solução. Pra ser sincero, pra Freud não existe solução alguma para a existência e a psique humana, por ele era considerado um pensador trágico (de tragédias gregas, tal como o próprio Édipo que ele adotou).
"É sempre na infância. A resposta de nossas neuroses está sempre na infância."
Aquilo que será essencial na sua vida vai te marcar justo quado você não tem condições de avaliar. Por exemplo, quando o próprio Freud era pequeno viu ele e o pai sendo xingados por antissemitas, deixando o menino frustrado por toda a vida com o próprio pai e com as pessoas e consigo mesmo, por ser judeu. Porém, talvez aquele pai não tenha falado nada para evitar algo pior, tenha visto algo que o pequeno Freud não tinha visto pois era pequeno demais para entender como o mundo funciona, ações e consequências. A questão é: na mente da criança isso não faz diferença, pois ela é puramente emocional e incapaz de fazer um bom julgamento da realidade, carregando esse trauma, essa crença pro resto da vida. E isso é trágico, pois para Freud você não sai do seu trauma fundante, você apenas conhece a sua origem. Esses traumas são uma misturo de fatos reais com projeções pessoais e que no fundo não dá pra culpar ninguém. A verdade é que para a psicanálise, não existe cura. Não existe cura no sentido de tratar um elemento e ele sumir da sua vida, o que existe é no máximo uma aceitação e talvez uma adaptação dos elementos que você consegue lidar, com o epicentro com o qual você não terá condições de mudar (principalmente se tratando dos traumas fundantes). Sendo assim, pra Freud é possível chegar na velhice, depois de constante analise, e não repetir os mesmos erros com os filhos, que são a próxima geração.
"Histéricos e Infantis"
Para Freud, essa busca por felicidade e autorrealização através do prazer é simplesmente impossível, principalmente quando se projeta um determinado momento no tempo ("ah, quando alcançarmos tal coisas as coisas vão ficar boas" ou "quando chegar tal ano, tudo estará bem"). Não existem soluções definitivas no dicionário de Sigmund Freud, não importando o que façamos. Exemplo disso é com o tema principal: sexo. Nunca antes se falou tão abertamente de sexo, modos de fazer, quantidade de pessoas, tipos de indivíduos, etc., mas nunca antes tivemos pessoas tão frustradas com suas vidas sexuais, seja em quantidade (quantas vezes a pessoa faz), seja em qualidade (qual o tipo e nível de conexão que a pessoa atinge ao fazer). Falar o tempo todo sobre sexo, tirando suas amarras repressivas não foi o suficiente pra melhorar a saúde sexual da população geral, na verdade o efeito foi o contrário, tornando as relações mais líquidas onde o sexo já não é mais acompanhado de fidelidade, empatia e companhia, indo ao extremo de tornar a sexualidade como pauta de identidade e direitos políticos, eliminando todo o caráter prazeroso que possuia como válvula de escape, para quem o praticava. E essa projeção de depositar sua felicidade na realização disso geram pessoas imaturas e frustradas, tal como crianças.
"Eu não sou maluca e vou bater em quem disser o contrário viu!"
Vivemos numa cultura de pessoas que não querem tocar em seus buracos, estando dispostas a matar tudo aquilo que as queriam forçar a toca-las. Um mar de pessoas vivendo em negação. Essa tentativa contínua de negar o sofrimento e a dor é totalmente contra as ideias de Freud.
A análise da cultura contemporânea não dá certo porque ela é utilitarista: quer ver o ser humano feliz, as coisas dando certo, a todo custo, reduzindo mal estar e otimizando o bem estar humano. E com Freud não é assim que as coisas funcionam, nem sempre as notícias são boas. Na verdade, na verdade, a solução é descobrir que não há solução (Freud tinha uma visão trágica de mundo). Ao invés de se encarar que correr atrás do desejo nem sempre é bom, pois esse desejo é motivado por uma carência e essa carência é motivado pela pulsão de morte, a humanidade simplesmente optou por negar esse lado escuro e profundo da psique e buscou apenas focar naquilo que é colorido e brilhante, sem prestar atenção no que existe por de trás disso, as motivações e consequências disso, coisa que Freud sempre foi muito crítico.