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A imagem e o real

A unidade discute a relação entre a imagem e a realidade, com foco nos três registros da psicanálise de Lacan (imaginário, simbólico e real) e nos três paradigmas da imagem (pré-fotográfico, fotográfico e pós-fotográfico).

Os Três Registros da Psicanálise:

Imaginário: Está associado à imaginação e à faculdade de representar coisas no pensamento, independentemente da realidade. Corresponde ao ego e ao eu do sujeito, relacionado ao conceito de narcisismo e ao estágio do espelho de Lacan.

Simbólico: Baseado na linguagem e na estrutura, representa o espaço da lei e da cultura. Lacan o utilizou para se referir a um sistema de representação que se baseia na linguagem.

Real: É o que é impossível de ser simbolizado e representado, aquilo que escapa ao discurso. Não deve ser confundido com o conceito de realidade do senso comum.

Os Três Paradigmas da Imagem e sua Relação com os Registros da Psicanálise:

 

Paradigma Pré-fotográfico: Relaciona-se com o imaginário. Inclui imagens artesanais como desenhos e pinturas, que são ilusórias e míticas, e dependem da imaginação do artista. A relação entre o paradigma pré-fotográfico e o imaginário é idílica e conflituosa.

Paradigma Fotográfico: Relaciona-se com o real. Refere-se a imagens que têm uma relação dinâmica com o objeto, capturando um fragmento no tempo-espaço e revelando a impossibilidade de a imagem ser igual ao que registra.

Paradigma Pós-fotográfico: Relaciona-se com o simbólico. Abrange imagens sintéticas ou infográficas criadas por computador. Nessas imagens, a presença física do espectador ou do objeto não é necessária.

O texto conclui que a credibilidade de uma imagem é uma construção social e cultural que pode variar ao longo do tempo. A interpretação da imagem como "real" é contextual e relacional, e não uma correspondência objetiva com a realidade.