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Aprendizado do Módulo - Psicanálise e Behavorismo

Nesse módulo, explorou-se a psicanálise na perspectiva de três autores: Freud, Klein e Lacan. Foi reforçado sobre a origem da psicanálise, no fim do século XIX, a partir do trabalho do neurologista Freud, sendo direcionada para compreender o comportamento patológico de pacientes, a partir da observação clínica, por meio da escuta, empregando esse método para atingir o inconsciente (memórias mais profundas). Freud e Klein divergiam, em alguns pontos. Klein propunha a possibilidade de se teorizar sobre o desenvolvimento libidinal desde o primeiro ano de vida. Lacan, não focava na criança, e, por sua vez, propôs outro caminho para pensar o sujeito, acrescentando a linguística, a lógica e a antropologia estrutural para a sua construção teórica. Para Lacan, o inconsciente era estruturado como a linguagem.

O behaviorismo, por ser formado por diversas perspectivas, recebeu diferentes avaliações, como reducionista, mecanicista, positivista, entre outros. Os principais autores na constituição desse campo diverso foram Watson e Skinner. No entanto, ambos propuseram perspectivas diferentes para a formação teórico-metodológica do estudo do comportamento. Porém, foi conferida a Watson, em 1913, a formação do behaviorismo como uma ciência psicológica.

A Psicanálise e o Behaviorismo são duas abordagens distintas que marcaram profundamente a compreensão do comportamento humano e da subjetividade no século XX. Enquanto a Psicanálise buscou investigar os processos inconscientes que estruturam o sujeito, o Behaviorismo desenvolvido sobretudo por John Watson e Skinner, centrou-se na observação objetiva do comportamento e nas relações entre estímulos e respostas. Freud inaugurou a Psicanálise ao propor que grande parte do funcionamento psíquico é inconsciente, isto é, inacessível de forma direta à consciência. Para ele, sintomas e sofrimentos psíquicos eram expressões de conflitos reprimidos, derivados de pulsões e experiências infantis. Sua técnica, baseada na escuta e na associação livre, visava trazer à consciência esses conteúdos recalcados, permitindo ao paciente lidar com eles de maneira menos patológica. Posteriormente, Melanie Klein ampliou o pensamento freudiano ao colocar a ênfase na análise das fantasias inconscientes e nas relações objetais precoces. Para Klein, desde os primeiros meses de vida, a criança elabora fantasias sobre seus cuidadores, que são internalizadas e passam a estruturar a forma como ela se relaciona consigo mesma e com os outros. Sua contribuição foi fundamental para a compreensão dos processos emocionais infantis e para o desenvolvimento da psicoterapia com crianças. Jacques Lacan, por sua vez, reiterpretou Freud à luz da linguística e da filosofia. Ele enfatizou que o inconsciente é estruturado como uma linguagem, ou seja, funciona por meio de significantes e de regras simbólicas. Para Lacan, o sujeito é marcado pela falta e pelo desejo, sendo constituído a partir de sua inserção na linguagem e no campo do Outro. Sua teoria trouxe novos entendimentos sobre a clínica, destacando a importância da palavra, do discurso e da posição do sujeito no laço social. Já o Behaviorismo surgiu em contraposição à introspecção da Psicanálise, defendendo que a Psicologia deveria ser uma ciência objetiva, centrada no que pode ser observado e mensurado. Watson inaugurou essa perspectiva, reduzindo o estudo do comportamento à relação entre estímulo e resposta. Mais tarde, Skinner desenvolveu o Behaviorismo radical, incluindo a noção de condicionamento operante: o comportamento é moldado pelas consequências que produz, como recompensas ou punições. Assim, em vez de recorrer ao inconsciente, o Behaviorismo busca explicar e modificar o comportamento por meio de técnicas de reforço e controle ambiental. Em síntese, Freud, Klein e Lacan, cada um a seu modo, exploraram os aspectos internos, inconscientes e simbólicos que estruturam a vida psíquica, enquanto o Behaviorismo se voltou para os aspectos visíveis e mensuráveis da conduta. Essas duas vertentes, embora divergentes em seus métodos e fundamentos, continuam influenciando de forma decisiva a prática clínica, a pesquisa e a reflexão sobre o ser humano.