Aprendizagens referentes ao Módulo VII: A imagem, os registros do imaginário e as formas de expressão típicas
Citação de ADRIANA IOKO OKADA DE BARROS em julho 27, 2022, 1:48 amA imagem é uma forma de expressão humana cuja percepção e interpretação está para além dos sentidos. Ela constitui também um olhar sobre o sujeito, o mundo e o real. Esse olhar, como você deve imaginar, é variável ao longo do tempo e também muda de acordo com espaço, sociedade, contexto, etc. Além disso, a imagem é ainda marcada pelo olhar do sujeito que a observa e a contempla, pois esse mesmo olhar é produtor de sentidos sobre ela e sobre o real que ela representa. A esse respeito, a caracterização da imagem ao longo do tempo, por meio dos três paradigmas da fotografia – pré-fotográfico, fotográfico e pós-fotográfico –, permite refletir sobre como as relações entre o sujeito e a imagem foram se estabelecendo.
Os registros do imaginário, do simbólico e do real, sistematizados por Lacan a partir das reflexões freudianas para caracterizar o funcionamento estrutural psíquico, são retomados na construção dos três paradigmas da imagem. Estes podem ser resumidos, de maneira bem geral, da seguinte forma (SANTAELLA; NÖTH, 1998):
- Paradigma pré-fotográfico: abarca as imagens artesanais, tais como o desenho, a pintura e a gravura.
-Paradigma fotográfico: refere-se às imagens que têm uma relação dinâmica com o objeto que retomam, trazendo de alguma forma um rastro ou uma pista do objeto indicado.
- Paradigma pós-fotográfico: engloba as imagens sintético.
Dentro desse panorama, esses autores apontam que há semelhanças entre os três registros psicanalíticos e os três paradigmas da imagem. Observe: ? Pré-fotográfico: está para o imaginário.
- Fotográfico: está para o real.
- Pós-fotográfico: está para o simbólico.
Quanto mais um aparelho ou máquina se aperfeiçoa no registro mimético dos objetos e situações, mais evidente se torna sua impossibilidade de ser igual àquilo que registra. Há um descompasso entre o ritmo do mundo, matéria vertente do vivido, e a capacidade do registro. A febre da vida não cabe em imagens. Sob as vestes da imagem, algo cai. Esse algo é o real, que insiste na sua irredutibilidade.
Nas sociedades ocidentais de maneira geral, as imagens se apresentam como formas de expressão típicas. Aliás, elas vêm constituindo novamente – novamente porque o uso das imagens é anterior ao das letras – um protótipo básico da comunicação.
A imagem é uma forma de expressão humana cuja percepção e interpretação está para além dos sentidos. Ela constitui também um olhar sobre o sujeito, o mundo e o real. Esse olhar, como você deve imaginar, é variável ao longo do tempo e também muda de acordo com espaço, sociedade, contexto, etc. Além disso, a imagem é ainda marcada pelo olhar do sujeito que a observa e a contempla, pois esse mesmo olhar é produtor de sentidos sobre ela e sobre o real que ela representa. A esse respeito, a caracterização da imagem ao longo do tempo, por meio dos três paradigmas da fotografia – pré-fotográfico, fotográfico e pós-fotográfico –, permite refletir sobre como as relações entre o sujeito e a imagem foram se estabelecendo.
Os registros do imaginário, do simbólico e do real, sistematizados por Lacan a partir das reflexões freudianas para caracterizar o funcionamento estrutural psíquico, são retomados na construção dos três paradigmas da imagem. Estes podem ser resumidos, de maneira bem geral, da seguinte forma (SANTAELLA; NÖTH, 1998):
- Paradigma pré-fotográfico: abarca as imagens artesanais, tais como o desenho, a pintura e a gravura.
-Paradigma fotográfico: refere-se às imagens que têm uma relação dinâmica com o objeto que retomam, trazendo de alguma forma um rastro ou uma pista do objeto indicado.
- Paradigma pós-fotográfico: engloba as imagens sintético.
Dentro desse panorama, esses autores apontam que há semelhanças entre os três registros psicanalíticos e os três paradigmas da imagem. Observe: ? Pré-fotográfico: está para o imaginário.
- Fotográfico: está para o real.
- Pós-fotográfico: está para o simbólico.
Quanto mais um aparelho ou máquina se aperfeiçoa no registro mimético dos objetos e situações, mais evidente se torna sua impossibilidade de ser igual àquilo que registra. Há um descompasso entre o ritmo do mundo, matéria vertente do vivido, e a capacidade do registro. A febre da vida não cabe em imagens. Sob as vestes da imagem, algo cai. Esse algo é o real, que insiste na sua irredutibilidade.
Nas sociedades ocidentais de maneira geral, as imagens se apresentam como formas de expressão típicas. Aliás, elas vêm constituindo novamente – novamente porque o uso das imagens é anterior ao das letras – um protótipo básico da comunicação.