Compreensiva e a Relação com o Real
Citação de Marco Antonio de Brito Machado em janeiro 26, 2025, 3:22 pm1. Registros do Imaginário, Simbólico e Real no Campo da Psicanálise:
- Imaginário: O registro do imaginário está relacionado com as imagens, as fantasias e os significados subjetivos que formamos a partir da nossa percepção pessoal e dos nossos desejos. De acordo com a Psicanálise, o imaginário envolve a maneira como o sujeito se vê no mundo e como as imagens externas se associam à sua própria constituição psíquica. O imaginário é essencialmente ligado à formação do "eu" e à identificação com imagens, sendo muitas vezes projetado em outros, criando uma relação entre o sujeito e o mundo exterior.
- Simbólico: O registro simbólico está relacionado à linguagem, às normas sociais e culturais, e à forma como o sujeito se insere na ordem simbólica da sociedade. É o campo dos significados compartilhados e das leis que regulam o comportamento e as interações sociais. Em termos psicanalíticos, o simbólico é fundamental para a constituição do sujeito, pois é através dele que o indivíduo aprende a se comunicar, se identificar com outros e estabelecer sua posição dentro da sociedade.
- Real: O registro real, no contexto da Psicanálise, refere-se ao que está além da simbolização e da imaginação, aquilo que não pode ser totalmente representado ou expresso em palavras ou imagens. O real é o que resiste à linguagem e à imagem, o que não pode ser completamente apreendido pelo sujeito. Em relação à psicanálise, o real é muitas vezes associado ao trauma, aos desejos inconscientes e àquilo que está fora da compreensão consciente, algo que não pode ser totalmente simbolizado.
2. Relação dos Três Paradigmas da Imagem com os Registros da Psicanálise:
- Paradigma Pré-Fotográfico (Imaginário): O paradigma pré-fotográfico está relacionado ao imaginário porque antes da invenção da fotografia, as imagens eram predominantemente representações subjetivas, criadas a partir de símbolos e metáforas. O sujeito projetava suas fantasias e desejos nessas representações, e a imagem estava muito mais ligada à interpretação individual do que à tentativa de capturar uma realidade objetiva.
- Paradigma Fotográfico (Real): A fotografia está associada ao real porque ela representa uma tentativa de capturar o mundo exterior de forma objetiva e fidedigna. Embora a fotografia ainda esteja sujeita a interpretações subjetivas, ela visa representar o mundo tal como ele é, capturando um fragmento da realidade no tempo e espaço. Para a Psicanálise, a fotografia pode ser vista como uma forma de simbolização do real, mas sempre limitada pela natureza humana de percepção e interpretação.
- Paradigma Pós-Fotográfico (Simbólico): O paradigma pós-fotográfico, com o advento da manipulação digital de imagens, remete ao simbólico, pois as imagens podem ser manipuladas, distorcidas e reinterpretadas. A criação de imagens digitais que não correspondem mais diretamente à realidade objetiva reflete a capacidade humana de construir significados e interpretações simbólicas a partir de representações visuais. Esse paradigma é também ligado ao mundo da cultura, da linguagem e dos significados compartilhados.
3. Interpretar a Imagem como Representação ou Aproximação do Real:
A imagem, ao ser vista como representação do real, atua como um reflexo ou uma tentativa de reproduzir um pedaço da realidade. No entanto, como a Psicanálise nos ensina, essa representação nunca é uma cópia exata e sim uma aproximação do real. A imagem é filtrada pela subjetividade do sujeito, pelas normas culturais e pelos significados atribuídos ao que é visto. Isso significa que, mesmo que a imagem busque representar algo real, ela sempre será interpretada à luz do imaginário (subjetividade), do simbólico (códigos sociais e culturais) e do real (algo que nunca pode ser totalmente capturado ou compreendido).
Por exemplo, uma fotografia de um evento pode ser vista como uma aproximação do real, mas ela é também um produto da percepção do fotógrafo, das escolhas feitas ao tirar a foto, e do olhar do espectador, que pode atribuir diferentes significados a ela dependendo do seu contexto e da sua própria experiência. A imagem nunca é uma mera reprodução do real, mas uma construção subjetiva e simbólica que está sempre inserida em um campo de interpretações e representações.
Conclusão:
Portanto, as relações entre os registros da Psicanálise e os paradigmas da imagem nos ajudam a entender como a imagem não apenas reflete a realidade externa, mas também como ela é filtrada pela subjetividade humana, pelas construções simbólicas da sociedade e pelas dimensões do real que não podem ser completamente capturadas ou representadas. Isso faz com que a interpretação das imagens seja uma tarefa complexa, que vai além da simples observação e exige uma análise profunda dos elementos que a compõem.
1. Registros do Imaginário, Simbólico e Real no Campo da Psicanálise:
- Imaginário: O registro do imaginário está relacionado com as imagens, as fantasias e os significados subjetivos que formamos a partir da nossa percepção pessoal e dos nossos desejos. De acordo com a Psicanálise, o imaginário envolve a maneira como o sujeito se vê no mundo e como as imagens externas se associam à sua própria constituição psíquica. O imaginário é essencialmente ligado à formação do "eu" e à identificação com imagens, sendo muitas vezes projetado em outros, criando uma relação entre o sujeito e o mundo exterior.
- Simbólico: O registro simbólico está relacionado à linguagem, às normas sociais e culturais, e à forma como o sujeito se insere na ordem simbólica da sociedade. É o campo dos significados compartilhados e das leis que regulam o comportamento e as interações sociais. Em termos psicanalíticos, o simbólico é fundamental para a constituição do sujeito, pois é através dele que o indivíduo aprende a se comunicar, se identificar com outros e estabelecer sua posição dentro da sociedade.
- Real: O registro real, no contexto da Psicanálise, refere-se ao que está além da simbolização e da imaginação, aquilo que não pode ser totalmente representado ou expresso em palavras ou imagens. O real é o que resiste à linguagem e à imagem, o que não pode ser completamente apreendido pelo sujeito. Em relação à psicanálise, o real é muitas vezes associado ao trauma, aos desejos inconscientes e àquilo que está fora da compreensão consciente, algo que não pode ser totalmente simbolizado.
2. Relação dos Três Paradigmas da Imagem com os Registros da Psicanálise:
- Paradigma Pré-Fotográfico (Imaginário): O paradigma pré-fotográfico está relacionado ao imaginário porque antes da invenção da fotografia, as imagens eram predominantemente representações subjetivas, criadas a partir de símbolos e metáforas. O sujeito projetava suas fantasias e desejos nessas representações, e a imagem estava muito mais ligada à interpretação individual do que à tentativa de capturar uma realidade objetiva.
- Paradigma Fotográfico (Real): A fotografia está associada ao real porque ela representa uma tentativa de capturar o mundo exterior de forma objetiva e fidedigna. Embora a fotografia ainda esteja sujeita a interpretações subjetivas, ela visa representar o mundo tal como ele é, capturando um fragmento da realidade no tempo e espaço. Para a Psicanálise, a fotografia pode ser vista como uma forma de simbolização do real, mas sempre limitada pela natureza humana de percepção e interpretação.
- Paradigma Pós-Fotográfico (Simbólico): O paradigma pós-fotográfico, com o advento da manipulação digital de imagens, remete ao simbólico, pois as imagens podem ser manipuladas, distorcidas e reinterpretadas. A criação de imagens digitais que não correspondem mais diretamente à realidade objetiva reflete a capacidade humana de construir significados e interpretações simbólicas a partir de representações visuais. Esse paradigma é também ligado ao mundo da cultura, da linguagem e dos significados compartilhados.
3. Interpretar a Imagem como Representação ou Aproximação do Real:
A imagem, ao ser vista como representação do real, atua como um reflexo ou uma tentativa de reproduzir um pedaço da realidade. No entanto, como a Psicanálise nos ensina, essa representação nunca é uma cópia exata e sim uma aproximação do real. A imagem é filtrada pela subjetividade do sujeito, pelas normas culturais e pelos significados atribuídos ao que é visto. Isso significa que, mesmo que a imagem busque representar algo real, ela sempre será interpretada à luz do imaginário (subjetividade), do simbólico (códigos sociais e culturais) e do real (algo que nunca pode ser totalmente capturado ou compreendido).
Por exemplo, uma fotografia de um evento pode ser vista como uma aproximação do real, mas ela é também um produto da percepção do fotógrafo, das escolhas feitas ao tirar a foto, e do olhar do espectador, que pode atribuir diferentes significados a ela dependendo do seu contexto e da sua própria experiência. A imagem nunca é uma mera reprodução do real, mas uma construção subjetiva e simbólica que está sempre inserida em um campo de interpretações e representações.
Conclusão:
Portanto, as relações entre os registros da Psicanálise e os paradigmas da imagem nos ajudam a entender como a imagem não apenas reflete a realidade externa, mas também como ela é filtrada pela subjetividade humana, pelas construções simbólicas da sociedade e pelas dimensões do real que não podem ser completamente capturadas ou representadas. Isso faz com que a interpretação das imagens seja uma tarefa complexa, que vai além da simples observação e exige uma análise profunda dos elementos que a compõem.