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Conceito do Eu e da Personalidade

O eu se desenvolve desde ao nascer, ainda sem diferenciação dos limites do corpo, tendo as sensações internas e externas desordenadas. A estruturação do eu segue o processo pela definição da superfície do corpo, por intermédio do esquema e imagem corporal, desenvolvida em ordem dialética, que envolve sempre ele e o outro. Cabe destacar, também, um real insuperável na experiência inicial que marcará o corpo e permanecerá ao longo de toda a formação do aparelho psíquico. Quanto a personalidade, ela é desenvolvida e constituída pelas instâncias, a saber: id (inconsciente – repositório das memórias mais profundas – instintos – prazer); ego (consciente - controlador do id – se conecta com a realidade – possibilita o equilíbrio e a vivência em sociedade); e superego (atuante como juiz – indica as proibições e permissões – bloqueia os impulsos do id).

     No tópico em apreço: Conceito do EU e da Personalidade, pudemos entender um pouco mais sobre o processo de constituição do EU em Freud. O EU é uma instância complexa que se desenvolve a partir do ID (inconsciente), por sua interação com o mundo externo. Ele é o responsável por medir a realidade, as pulsões e os mandamentos do Superego. O EU não é totalmente consciente, possuindo elementos inconscientes. Funciona como o organizador dos processos mentais permitindo ao indivíduo relacionar-se com o mundo e consigo mesmo. Ele surge e se desenvolve da interação da pessoa com o seu ambiente. Como mediador procura o equilíbrio das demandas impulsivas do ID, os mandamentos morais do Superego e as exigências do mundo exterior, moldando a identidade do indivíduo, sua personalidade que é aquele modelo contínuo de como o ser se percebe na sua interação com o mundo. Personalidade esta que vai se formando através de experiências, identificações e as disputas entre as demais instâncias formadoras do sistema psíquico.

     Assim, a psicanálise, enquanto método de investigação e abordagem terapêutica se propõe a explorar o inconsciente, a fim de entender como os traumas e memórias reprimidas no passado influenciam os comportamentos atuais, oferecendo um certo grau de alívio ao indivíduo. Para tal, a psicanálise dividiu o sistema psíquico em três instâncias que se relacionam e interagem ente si: O ID que é o sistema originário da personalidade, sendo a instância inconsciente, depósito das energias psíquicas como as pulsões e os instintos e desejos e que é movido pelo prazer, estando presente desde o nascimento. Enquanto o EGO é o representante da realidade, preocupa-se com a segurança do indivíduo buscando o equilíbrio das demandas do ID, através das normas e padrões do mundo externo e os imperativos do SUPEREGO, ajudando a pessoa na sua integração social. O EGO é o EU do indivíduo, tomando decisões e controlando as ações em conformidade com a realidade e se desenvolve desde o nascimento. Já o SUPEREGO se desenvolve na infância quando a criança começa a guardar dentro de si as proibições dos limites e da autoridade imposta pelos pais, professores, tutores visando a adequação com a realidade. O SUPEREGO é como uma máquina geradora de conflitos internos, gerando a sensação de culpa, de pecado. Semelhante ao EGO, o SUPEREGO também possui aspectos inconscientes.

     Como vimos, há uma interdependência entre estes três sistemas formadores do conjunto psíquico, não podendo ser separados e funcionando harmoniosamente para o bom funcionamento mental da personalidade do indivíduo.

A estruturação do EU segue o processo pela definição da superfície do corpo por meio do esquema e imagem corporal