Conceituando Eu e Personalidade
Citação de Gustavo Tomasi | Mixsalive em outubro 24, 2024, 4:45 pmFreud, em O Ego e o Id, refere: “o eu é, primeiro e acima de tudo, um eu corporal; não é simplesmente uma entidade de superfície”. Ao nascer, o ser humano não possui compreensão dos limites do seu corpo, e as sensações internas e externas encontram-se em desordem. Na sequência de seu desenvolvimento, conforme a superfície do seu corpo define-se, inicia-se a constituição de seu esquema corporal e imagem corporal. Esta evolução ocorre num contato entre ele e o outro, em ordem dialética.
Conforme progride durante este período inicial de evolução, há o surgimento de um real insuperável, que marcará seu corpo e permanecerá durante toda a formação do aparelho psíquico: é a cisão, fenda, divisão, expressa por Freud pela palavra Spaltung. O sentido gerador deste fator está ligado às exigências pulsionais anteriormente satisfeitas por completo antes do nascimento, e a partir disto abruptamente rompidas ante às exigências da realidade, que interpõem limites ao existir. Neste sentido, o eu precisa lidar com ambas situações, internas e externas: fracassa, então, dividindo-se, e nesta falha que não será ajustada ou consertada formar-se-á um núcleo inacessível de caráter traumático onde se destinarão a formação dos sintomas e fantasias. Ou seja, a cisão, Spaltung, é a ruptura que original do aparelho psíquico, que determina lógica à divisão do inconsciente.
O rompimento com o narcisismo primário, o eu ideal, realizado pela criança ocorre quando ela necessita assemelhar-se ao ideal concebido fora dela, inevitável e irrealizável, projetado pelos pais nos filhos, sendo o perfeito ou o mais desejável possível. O eu-ideal baseia-se em imperativos de prazer, de deleite, enquanto que o ideal de eu firma-se em especificações sociais. “O narcisismo irá sinalizar que o eu se constitui alicerçado a um outro. Outro esse que, por seu intermédio, se institui e se forma a partir da imagem do outro, como um espelho (...). O narcisismo, em psicanálise, se refere, portanto, ao movimento da libido sobre si mesma, constituindo o eu como objeto e sujeito de investimentos.”
Uma vez estruturados o id, ego e superego, inicia-se a formação da personalidade. Para Freud, a personalidade se desenvolve por meio de cinco estágios – oral, anal, fálico, latência e genital – durante os quais as crianças enfrentam conflitos originados pelas demandas da sociedade e os próprios impulsos sexuais – nessas fases a sexualidade é relacionada com a experiência do prazer, mas não do prazer das relações sexuais da categoria genital. Esses conflitos, quando não solucionados em determinada fase, implicam numa fixação nesse estágio que persistem até a fase adulta.
O entendimento e o conhecimento dessa estrutura, com as experiências e dificuldades das etapas, podem indicar características específicas na personalidade adulta: a dinâmica que ocorre no desenvolvimento da personalidade e os conflitos enfrentados geram ansiedade. Para lidar com o desconforto e desprazer, Freud atribuiu esse processo aos mecanismos de defesa, operado pelo ego, que excluem da consciência os conteúdos indesejáveis, protegendo o aparelho psíquico. O ego movimenta esses recursos para suprimir ou dissimular a percepção de perigo interno, com estratégias de defesa inconscientes para minimizar a ânsia, alterando a percepção da realidade, encobrindo a fonte de arquejo de si mesmo. Os mecanismos utilizados são a repressão, regressão, deslocamento, racionalização, negação, projeção, sublimação e formação reativa, que podem ser utilizados de forma ampla e variada. Os indivíduos utilizam esses mecanismos de defesa em algum grau e, quando se tornam excessivos para esconder e re-canalizar os impulsos inconcebíveis, podem gerar transtornos mentais produzido pela ansiedade – que Freud denominou de “neurose”.
Freud, em O Ego e o Id, refere: “o eu é, primeiro e acima de tudo, um eu corporal; não é simplesmente uma entidade de superfície”. Ao nascer, o ser humano não possui compreensão dos limites do seu corpo, e as sensações internas e externas encontram-se em desordem. Na sequência de seu desenvolvimento, conforme a superfície do seu corpo define-se, inicia-se a constituição de seu esquema corporal e imagem corporal. Esta evolução ocorre num contato entre ele e o outro, em ordem dialética.
Conforme progride durante este período inicial de evolução, há o surgimento de um real insuperável, que marcará seu corpo e permanecerá durante toda a formação do aparelho psíquico: é a cisão, fenda, divisão, expressa por Freud pela palavra Spaltung. O sentido gerador deste fator está ligado às exigências pulsionais anteriormente satisfeitas por completo antes do nascimento, e a partir disto abruptamente rompidas ante às exigências da realidade, que interpõem limites ao existir. Neste sentido, o eu precisa lidar com ambas situações, internas e externas: fracassa, então, dividindo-se, e nesta falha que não será ajustada ou consertada formar-se-á um núcleo inacessível de caráter traumático onde se destinarão a formação dos sintomas e fantasias. Ou seja, a cisão, Spaltung, é a ruptura que original do aparelho psíquico, que determina lógica à divisão do inconsciente.
O rompimento com o narcisismo primário, o eu ideal, realizado pela criança ocorre quando ela necessita assemelhar-se ao ideal concebido fora dela, inevitável e irrealizável, projetado pelos pais nos filhos, sendo o perfeito ou o mais desejável possível. O eu-ideal baseia-se em imperativos de prazer, de deleite, enquanto que o ideal de eu firma-se em especificações sociais. “O narcisismo irá sinalizar que o eu se constitui alicerçado a um outro. Outro esse que, por seu intermédio, se institui e se forma a partir da imagem do outro, como um espelho (...). O narcisismo, em psicanálise, se refere, portanto, ao movimento da libido sobre si mesma, constituindo o eu como objeto e sujeito de investimentos.”
Uma vez estruturados o id, ego e superego, inicia-se a formação da personalidade. Para Freud, a personalidade se desenvolve por meio de cinco estágios – oral, anal, fálico, latência e genital – durante os quais as crianças enfrentam conflitos originados pelas demandas da sociedade e os próprios impulsos sexuais – nessas fases a sexualidade é relacionada com a experiência do prazer, mas não do prazer das relações sexuais da categoria genital. Esses conflitos, quando não solucionados em determinada fase, implicam numa fixação nesse estágio que persistem até a fase adulta.
O entendimento e o conhecimento dessa estrutura, com as experiências e dificuldades das etapas, podem indicar características específicas na personalidade adulta: a dinâmica que ocorre no desenvolvimento da personalidade e os conflitos enfrentados geram ansiedade. Para lidar com o desconforto e desprazer, Freud atribuiu esse processo aos mecanismos de defesa, operado pelo ego, que excluem da consciência os conteúdos indesejáveis, protegendo o aparelho psíquico. O ego movimenta esses recursos para suprimir ou dissimular a percepção de perigo interno, com estratégias de defesa inconscientes para minimizar a ânsia, alterando a percepção da realidade, encobrindo a fonte de arquejo de si mesmo. Os mecanismos utilizados são a repressão, regressão, deslocamento, racionalização, negação, projeção, sublimação e formação reativa, que podem ser utilizados de forma ampla e variada. Os indivíduos utilizam esses mecanismos de defesa em algum grau e, quando se tornam excessivos para esconder e re-canalizar os impulsos inconcebíveis, podem gerar transtornos mentais produzido pela ansiedade – que Freud denominou de “neurose”.
Citação de Ana Claudia Maria dos Santos Mahon em outubro 24, 2024, 10:27 pmO eu se resume a todas as realidades originárias é constituído num processo de encontro com dimensões de alteridade. É a parte do id que foi modificada pela a influência direta do mundo externo eque visa aplicar a influência da realidade .
O eu se resume a todas as realidades originárias é constituído num processo de encontro com dimensões de alteridade. É a parte do id que foi modificada pela a influência direta do mundo externo eque visa aplicar a influência da realidade .
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