Conhecimentos adquiridos no Módulo VII (Relação compreensiva e relação com o real)
Sinceramente falando, este módulo trouxe, na minha opinião, o conteúdo mais denso de todos. Mas depois de estudá-lo um pouco, passo a começar a compreender o motivo de ser encaixado no curso de psicanálise clínica. A psicanálise em boa parte trata-se de um ramo de estudo dentro da psicologia; a mesma traz uma série de estudos e teorias que propõe o entendimento de que muito daquilo que nós somos, somos não porque escolhemos ser, mas sim tendo em vista uma complexa estrutura que influencia o modo de sentir e enxergar as coisas; ou seja, grande parte do nosso eu reside no chamado inconsciente. São através de nossas experiências individuais que formamos nós mesmos, um ser intelectualmente único, que sente, enxerga e interpreta também de uma maneira única. O mundo é repleto de acontecimentos; todos objetivos; mas somos nós que através de nosso olhar procuramos dar sentido/coerência para os acontecimentos, interpretando-os como bons, ruins, felizes, tristes, neutros, etc...
Aquilo que compreendemos do mundo não é exatamente igual aquilo que ele nos mostra. Possuímos uma infinita limitação tanto intelectual quanto de nossos sentidos, que nos prende a uma porcentagem ínfima daquilo que entendemos por realidade. E creio que os estudos apresentados nesse módulo querem passar justamente esse entendimento; qual seja, de que não somos nada além de péssimas testemunhas oculares do acontecimento chamado universo. Que tudo aquilo que entendemos ser na verdade é apenas uma interpretação. O real está fora de nós e para tentarmos compreendê-lo precisamos interpretá-lo; e dessa interpretação vem toda uma imensa carga de subjetivismo, que por muitas vezes tem a tendência de distorcer o significado real do objeto avaliado (seja ele qual for).