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Desafio - Módulo III

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Na psicanálise, a abordagem para tratar um esquizofrênico que acredita ser o presidente envolveria uma exploração profunda do inconsciente do paciente, buscando entender as raízes dessa crença delirante. Embora a esquizofrenia seja principalmente tratada com uma combinação de medicamentos antipsicóticos e terapias psicossociais, a psicanálise pode oferecer uma perspectiva complementar ao tratamento, focando em aspectos inconscientes e experiências passadas. Aqui estão algumas maneiras teóricas de como a psicanálise poderia abordar tal caso:

  1. Exploração do Inconsciente: O analista tentaria entender os desejos, medos e conflitos inconscientes que podem estar contribuindo para a crença delirante. Poderia haver uma ligação entre essa delusão e desejos inconscientes de poder, reconhecimento ou controle.
  2. História Pessoal e Traumas: A psicanálise investigaria a história pessoal do paciente, procurando eventos traumáticos ou significativos na infância que possam ter influenciado a formação dessa delusão. Experiências de abandono, abuso ou negligência poderiam estar na raiz do desenvolvimento de tais crenças.
  3. Transferência e Contratransferência: Durante o tratamento, o terapeuta observaria os fenômenos de transferência (quando o paciente projeta sentimentos e atitudes sobre figuras importantes da sua vida passada no terapeuta) e contratransferência (as respostas emocionais do terapeuta ao paciente). Isso pode revelar dinâmicas emocionais importantes que influenciam o delírio.
  4. Simbolismo e Interpretação dos Delírios: A crença de ser o presidente pode ser interpretada simbolicamente. O terapeuta investigaria o que o "presidente" representa para o paciente – poder, controle, proteção – e como essas representações se relacionam com os conflitos internos e as experiências de vida do paciente.
  5. Construção de uma Narrativa Coerente: A terapia psicanalítica ajudaria o paciente a construir uma narrativa mais coerente e integrada de sua identidade e experiências, ajudando a diferenciar fantasia e realidade.
  6. Integração com Outros Tratamentos: A psicanálise seria vista como parte de um plano de tratamento integrado, trabalhando em conjunto com a medicação e outras formas de terapia, como a terapia cognitivo-comportamental, para fornecer um apoio abrangente ao paciente.

Vale destacar que a esquizofrenia é uma condição complexa e grave, e a abordagem psicanalítica deve ser utilizada com cautela e em conjunto com tratamentos médicos e psicoterapêuticos baseados em evidências. A colaboração interdisciplinar entre psiquiatras, psicólogos e terapeutas é essencial para proporcionar um tratamento eficaz e seguro para pacientes com esquizofrenia.

Pensar na sexualidade como a única função do organismo capaz de levar cada um além de si mesmo, numa busca constante de relação com a sua espécie propiciou a articulação de uma Teoria da Libido. Teoria da economia de nossos afetos. Teoria de como nos organizamos para alcançarmos aquilo que melhor pode satisfazer nossas pulsões e impulsos e proporcionar a busca da maior satisfação que possamos imaginar.
Mas há casos nos quais a libido parece ter abandonado os objetos e colocado o próprio Eu no lugar deles. O Narcisismo é essa forma particular de distribuir a libido e encontrar satisfação em si mesmo. A pessoa passa tratar o seu corpo com todos os mimos que normalmente seriam dirigidos aos seus objetos sexuais externos.
Você já parou para pensar que eventos tão comuns da vida humana, como a experiência da dor intensa de um órgão adoecido, ou, simplesmente, o estar dormindo, são estados mentais nos quais o retraimento do contato com a realidade é muito próximo do observado na esquizofrenia? A grande diferença entre um e outro é que naqueles o estado é temporário; enquanto, nessa última, seja relativamente permanente, com momentos de maior e menor intensidade.

Essa é a chamada fase narcisista. Após essa etapa o indivíduo deverá passar a investir sua libido em objetos externos. Na esquizofrenia, essa construção psíquica sofre abalos. O indivíduo poderá regredir, deixando de dirigir sua libido ao mundo externo, assim como apresentar megalomania, rejeição da realidade, etc...

Na esquizofrenia, a regressão da libido passa pelo narcisismo, dando origem aos fenômenos megalomaníacos, mas ela se estende ainda mais, e retorna ao auto-erotismo infantil, no mais “completo abandono do amor objetal.” (FREUD, [1911] 1996, p. 84)

Na questao o individuo esquizofrenico troca a libido por uma imagem fantaziosa no qual acredita ser.

Devemos analizar tambem a que esta imagem se relaciona no subconciente para podermos tratar e ir mais afundo na terapio sobre seus reflecos no subconciente.

Um filme bacana que retrata este "Espelho " é o FRAGMENTADO. Nele conseguimos entender a sibstituicoes em diversas personalidades e porque foram criadas.

Esquizofrenia assim como de tantas outras doenças mentais, tem sua origem ao longo da infância, constituindo-se a partir de falhas ocorridas nas primeiras relações objetais, cujos cuidadores manifestaram habilidades psicológicas e cognitivas pouco eficientes no atendimento às necessidades físicas e psicológicas da crianças.

Na esquizofrenia, ele postulou que essa energia se retirava dos objetos externos do mundo real e se voltava para dentro do ego, resultando em uma espécie de desligamento do mundo externo e uma retração para um mundo interno de fantasia e delírio.

1 R: Na esquizofrenia, ele postulou que essa energia se retirava dos objetos externos do mundo real e se voltava para dentro do ego, resultando em uma espécie de desligamento do mundo externo e uma retração para um mundo interno de fantasia e delírio.

 

2 R: - Uma hipótese que poderia ser considerada é a de que o eu se forma através de um processo de diferenciação e integração. Inicialmente, o bebê nasce com um estado de fusão indiferenciada com o mundo ao seu redor. Com o tempo, através de experiências de satisfação e frustração, o bebê começa a distinguir entre si mesmo e o ambiente. Esse processo é facilitado pelas relações com os cuidadores primários, especialmente a mãe, na teoria de Freud.

Além disso, o eu também se desenvolve em resposta às demandas e expectativas sociais. O indivíduo aprende a lidar com as exigências da realidade externa e a regular seus impulsos instintivos de acordo com as normas culturais e sociais. Isso envolve a internalização de regras, valores e ideais do ambiente social, contribuindo para a formação do superego.

 

Aparentemente, Freud se refere à Pulsão de vida e Pulsão de morte. Uma vez que está diretamente correlacionado á libido do ego e do objeto.

Talvez a falta da reconstrução da libido, o individuo possa ser afetado como consequência de trauma ou de alimentação deste ego, podendo até mesmo não ter uma referência para o desenvolvimento deste ego.

O mecanismo dito é a alteração da libido, o que causa uma alteração da percepção do indivíduo e ele busca outrab personalidade. O afastamento da libido do mundo externo tem como consequência duas possibilidades, a megalomania e hipocondria.

O que acontece à libido que foi afastada dos objetos externos na esquizofrenia?

Na esquizofrenia, a libido é afastada dos objetos externos e volta-se para o interior do eu, resultando em:

- perda de contato com a realidade, o indivíduo confunde a realidade com o imaginário.

-  sintomas comportamentais, neurológicos, positivos, negativos, cognitivos característicos da esquizofrenia.

 

Com base no que foi estudado sobre a constituição do eu, qual hipótese você poderia assinalar ou a que mecanismo Freud está se referindo? (Em relação a libido na esquizofrenia)

Freud se refere ao narcisismo como uma atitude originária do afastamento da libido do mundo externo e seu direcionamento ao eu. A esquizofrenia seria o modelo de narcisismo em alto grau, ou seja, o ego passa a ser o objeto do desejo pelo qual o esquizofrênico investe toda sua energia para obter o prazer.

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